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Macapá, Amapá
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Doação de SangueCampanha “Doa Mulher” promovida pelo Hemoap termina hoje

O objetivo é conquistar a participação feminina em maior número, para que elas possam se tornar multiplicadoras no ato da doação. Esta campanha acontece mensalmente, em todo território nacional.

Por Ruanne Lima/jornal a Gazeta

Em todos os cantos do Brasil existem pessoas que necessitam de uma doação de sangue, mas infelizmente muitos não a recebem quando mais precisam. A causa dos baixos índices de doação é apontada pela falta de conscientização e conhecimento de alguns brasileiros. Pesquisas comprovam que apenas 1,5% da população doam sangue. Atualmente, juntando todos os principais hospitais do país, são necessários mais de seis mil litros de sangue, diariamente.

Desde ontem, o Instituto de Hematologia e Hemoterapia do Amapá (Hemoap), tem promovido a campanha “Doa Mulher”, que tem como objetivo conquistar a participação feminina em maior número, para que elas possam se tornar multiplicadoras no ato da doação. Esta campanha acontece mensalmente, em todo território nacional. A meta é atender 100 mulheres, ou conquistar 30% da população feminina do estado. O Amapá está em primeiro lugar no ranking de maior índice de doação feminina, com 35% da população local.

Segundo a coordenadora estadual da campanha, Doralice Guedes, é muito importante a participação da mulher, pois estatísticas comprovam que as mulheres são mais saudáveis e cuidadosas que os homens. “A mulher tem conquistado cada vez mais o seu espaço em todos os seguimentos da sociedade e, esta campanha quer justamente valorizar a participação feminina em um ato tão importante que é a doação de sangue”, destacou.

Maria da Luz tem 30 anos de idade e é doadora há mais de cinco anos. Ela afirma que doar sangue é doar vida e que qualquer pessoa pode precisar em algum momento de sua vida. “Ajudar as pessoas, sem se importar com raça, classe social, nível de conhecimento, é um ato de amor. Na minha família eu e meu irmão somos doadores”, afirmou.

A doação de sangue consiste em um ato voluntário de permitir a retirada do seu próprio sangue para beneficiar outras pessoas que precisam. Infelizmente ainda não foi encontrado nenhum substituto para o sangue, ou seja, é um tecido de extrema importância e valor. O indivíduo ao doar sangue não apresenta nenhuma manifestação corpórea. Os cuidados após a coleta são: evitar dobrar o braço pelo qual o sangue foi retirado, evitar esforço físico no dia da coleta, manter o curativo por até quatro horas, não fumar nas primeiras duas horas e não ingerir bebidas alcoólicas nas próximas doze horas.

A bolsa que recebe o sangue retirado é encaminhada ao fracionamento, onde será separada em até quatro componentes, como as hemácias, plasmas, plaquetas e fatores de coagulação, que em seguida são levados ao local onde serão armazenados até que sua utilização seja necessária. A campanha “Doa Mulher” termina hoje, e quem quiser ser doador pode ir até o Hemoap, no horário das 7h às 12h.

Legenda 1Doralice Guedes afirma que 35% das mulheres amapaenses são doadoras de sangue
Legenda 2: Maria da Luz é doadora há mais de cinco anos
Fotos: Ruanne Lima/a Gazeta

TJAP promove mais uma edição do Projeto Casamento Comunitário 2010

A Justiça do Amapá através do projeto “Casamento Comunitário” realizou 51ª edição e a 1ª a ser realizada no Município de Oiapoque. Tudo foi preparado com muito desvelo, dedicação e carinho. Afinal, a festa era dupla: o casamento de 61 casais e o aniversário de 65 anos da cidade.

As equipes entraram madrugada a dentro para deixar um ambiente que qualquer noiva sonhou. Os casais, vestidos como a ocasião exige, se mostravam nervosos, rindo à toa, procurando sempre o melhor ângulo para fazer a foto perto do bolo de casamento. O sol que estava sumido há algum tempo, resolveu aparecer com todo brilho que lhe é peculiar na fronteira do Brasil.
A cerimônia se realizou às marges do caudaloso rio Oiapoque, palco de tantas discussões, e que agora dava lugar à união, compreendida na sua expressão máxima. Por certo o explorador Vincent Pinzon jamais imaginou que ali, nas margens daquele rio, antes inóspito, iria se desenvolver uma civilização, que cinco séculos depois estaria em momento de festa por um casamento comunitário.

Ao som da marcha nupcial os casais adentraram para formalizar a união de tantos anos e dizer o tão esperado “sim”.Na ocasião o coordenador do Projeto Juiz Heraldo Costa ao dar início a cerimônia desejou felicidades aos noivos.

Até a última edição do Projeto, ocorrida no dia 21 de dezembro de 2009, no Município de Santana, foram oficializadas 8.820 uniões matrimoniais, sendo 4.764. A meta para o ano de 2010, é unir 1.760 casais, nos Municípios de Oiapoque, Cutias, Itaubal do Piririm, Ferreira Gomes, Vitória do Jari, Macapá e Santana.

O evento contou com o apoio do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), Governo do Estado do Amapá (GEA), Secretaria de Inclusão e Mobilização Social (SIMS), Ministério Público do Estado (MPE) e Prefeitura do Município de Oiapoque. (Fonte: Tjap)

Polícia faz cinco apreensões de crack em menos de uma semana

A Polícia Civil, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) e as unidades de bairro da Polícia Militar vêm otimizando a fiscalização sobre as áreas de tráfico de Macapá e Santana. Em cinco dias, foram feitas cinco apreensões e seis prisões em flagrante

A polícia tem feito rondas e ações constantes de buscas e apreensões de drogas e envolvidos no tráfico em diversos pontos de Macapá e Santana. As ações da PM são executadas em paralelo ao trabalho de investigação da Polícia Civil, que também vem monitorando as principais áreas de tráfico da capital. Só esta semana, o trabalho das duas policiais já resultou em cinco apreensões de crack e seis prisões em flagrante. Todos os envolvidos foram indiciados por tráfico ou associação ao tráfico e em seguida encaminhados à penitenciária do estado (Iapen).

A maior apreensão da semana é fruto de operação deflagrada pela Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), comandada pelo delegado Sidney Leite, com apoio operacional do Agrupamento Aéreo da Polícia Civil (GTA), coordenado pelo delegado Celso Pacheco. Mais de 600 gramas de crack, embalados em 12 papelotes prontos para comercialização, foram apreendidos, no bairro Perpétuo Socorro, na última quarta-feira (26) pela manhã. O ponto estourado fica em uma região conhecida popularmente como “Caesinha”.

Não é a primeira vez que a polícia realiza batida nessa área. Há bastante tempo, o intenso tráfico vem desafiando as autoridades e aumentando os índices de criminalidade no Perpétuo Socorro e bairros adjacentes. Nos últimos anos, cresceram os caos de assaltos a transeunte e furto à residência. Segundo a polícia, a maioria dos crimes é praticada por usuários de crack na busca pelo sustento do vício. As diligências desta quarta na “Caesinha” iniciaram por volta de 7h30 da manhã com a execução de mandado de busca e apreensão na casa de Josiel do Carmo Feitosa, que foi preso ainda pela manhã em área de ponte do bairro Pantanal, na zona Norte da cidade.

Josiel era considerado um dos principais traficantes da região da “Caesinha” e recebia grandes quantidades da droga para serem comercializadas. Há mais de um mês, a polícia vinha colhendo informações sobre ele através de investigadores. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) e as unidades operacionais também vêm otimizando a fiscalização sobre essas áreas de tráfico principalmente na capital Macapá. Em outra operação, uma guarnição do 1º Batalhão prendeu em flagrante no bairro do Zerão o Luan Cardoso Machado, de 19 anos, com dez pedras de crack.

Na última segunda-feira (24), o Batalhão de Operações Especiais apreendeu 28 pedras de crack em uma casa no bairro Pacoval. A operação foi deflagrada após uma denúncia anônima via Ciodes-190. Gilson da Silva Costa, de 29 anos, e Maria Renata Mendes, de 28, foram presos em flagrante na residência de número 841 na rua Mato Grosso por volta de 19h35.

Policiais do 4º batalhão da PM de Santana apreenderam durante uma perseguição de roubo 23 porções de crack. A central de operações de Santana recebeu denúncia sobre esconderijo de dois homens suspeito de assaltar uma empresária na saída de uma agência da Caixa Econômica Federal (CEF). No local citado na denúncia, Aldenor Ferreira dos Santos, 35 anos, foi flagrado durante averiguação e conduzido à 1ª DP onde foi enquadrado no art. 33.

Na última quarta (26), o mecânico Maicon Luis Ataíde Martins, de 19 anos, foi preso em flagrante no centro da cidade transportando 26 perdas de crack durante a madrugada. A guarnição comandada pelo sargento Rosivaldo do 6º Batalhão da PM foi acionada por volta de 1 hora após denúncia anônima via Ciodes sobre arrombamento de veículo na avenida Mendonça Furtado Esquina com rua Tiradentes. Durante averiguação nos suspeitos, o material foi localizado.

O crack é uma droga mortal que tem se alastrado rapidamente por todo o estado do Amapá. Ele é um derivado da planta de coca, feito a partir da sobra do refinamento da “Merla”, que é considerada o “lixo” da cocaína. O surgimento do crack se deu no início da década de 80. O fumo do crime se deu a partir da criação da base de coca batizada como livre. Atualmente, o consumo do crack no Brasil é maior que o da cocaína e da Maconha, por ser mais acessível e de baixo custo, todavia, seus efeitos duram menos. A ação estimulante do crack provoca a dependência física e a terrível ação sobre o sistema nervoso central e cardíaco provoca a morte.

Devido à sua ação sobre o sistema nervoso central, o crack gera aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão arterial, dilatação das pupilas, suor intenso, tremores, excitação, maior aptidão física e mental. Os efeitos psicológicos são euforia, sensação de poder e aumento da auto-estima. A dependência se constitui em pouco tempo no organismo. Se inalado junto com o álcool, o crack aumenta o ritmo cardíaco e a pressão arterial o que pode levar a resultados letais.

Funcionária de agência financeira perde R$ 20 mil em assalto

Bandidos armados estão agindo impunemente em frente às agências bancárias do centro da cidade. Na última quarta-feira (26), a funcionária de uma empresa financeira faria um depósito na Caixa Econômica Federal (CEF) por volta das 17 horas quando foi abordada por um assaltante. Segundo a polícia, R$ 20 mil foi o valor roubado pelos meliantes, que fugiram de moto.
A vítima foi seguida pelos dois elementos desde o seu local de trabalho até a agência da Caixa Econômica onde pretendia realizar o depósito. Eles anunciaram o roubo no momento em que ela se preparava para adentrar na agência. Um dos homens que trajava camisa social preta e calça jeans se aproximou e apontou a arma em direção da vítima, que não reagiu.

Segundo testemunhas, dois homens de estatura mediana e cor branca foram vistos fugindo em alta velocidade em uma moto Titam preta. A polícia não tem dúvidas de que os dois criminosos gozavam de informações privilegiadas sobre a movimentação de valores da agência BV financeira. A ocorrência foi repassada às viaturas de área do 6º Batalhão e do Batalhão de Radiopatrulhamento (BRPM) através do Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciodes), mas ninguém foi preso. Até agora, a polícia não tem pistas dos criminosos.

Tjap promove ação “Sábado Também é Dia de Conciliar”

A Justiça do Amapá através do Juizado Especial Central da Comarca de Macapá levará atendimento aos jurisdicionados no dia 29/05 (Sábado), no horário de 8h às 13h. A ação dá sequência ao Programa “Sábado Também é Dia de Conciliar”, que estará desenvolvendo a 29ª edição. Os atendimentos serão realizados na Casa de Justiça e Cidadania, instalada na nova agência do SIAC/Super Fácil da Zona Sul.

A programação conta com a participação da Juíza Sueli Pini, servidores e estagiários/conciliadores (todos voluntários), e acadêmicos de Cursos de Direito das Faculdades desta Capital, que se disponibilizaram a participar do evento. Segundo informações da Juíza titular do Juizado, a procura pelos acadêmicos aumentou no momento em que, o Juizado decidiu instalar aproximadamente 150 (cento e cinquenta) audiências de Reclamações Cíveis.

Durante a ação também serão realizados serviços referentes ao registro civil (Programa “Eu Existo-Registro Civil pra todos), tais como: Registro Tardio de Nascimento, Retificação, Averbação, Transcrição, Reconhecimento Espontâneo de Paternidade, além da prestação de outros serviços jurisdicionais, culturais e sociais, inclusive a campanha “Eleições Limpas”, dando cumprimento à Recomendação nº 26 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A Juíza Suelli Pini informa às pessoas que requereram a emissão de carteiras de identidades para seus filhos nas edições anteriores, que os documentos já se encontram à disposição na Secretaria do Juizado Especial Cível Central

Operação Sentinela: Polícia Federal apreende menor com 4 quilos de cocaína

Macapá-AP: Na madrugada de hoje, 27/5, Policiais Federais da Delegacia de Repressão ao Tráfico de Entorpecentes da Superintendência Regional do Estado do Amapá – DRE, efetuaram a prisão de um menor de 16 anos no porto de Santana (AP). Depois de dois meses de investigações, ocorridas durante a “Operação Sentinela”, os policiais federais descobriram que o menor havia tomado um barco em Santarém (PA) com destino a Santana (AP), transportando entorpecentes para abastecer traficantes do Amapá. Quando o barco chegou a Santana na madrugada de hoje, o menor, natural de Abaetetuba (PA), foi apreendido por Policiais Federais com cerca de 4 quilos de pasta base de cocaína.

A “Sentinela” é uma operação permanente da Polícia Federal, em âmbito nacional, com o objetivo de combater o tráfico de armas e entorpecentes, nos estados brasileiros fronteiriços. Segundo investigações policiais, a droga é oriunda da Bolívia, tendo entrado pelo país pelo Mato Grosso, passado pelo Pará e chegado ao Amapá, quando foi apreendida. O entorpecente foi pesado e periciado pela Polícia Federal, tendo em seguida sido encaminhado à Delegacia do Menor de Macapá, juntamente com o adolescente apreendido para a realização dos procedimentos legais.

Comunicação Social da Superintendência da Polícia Federal no Amapá

Extra! Tragédia em Mazagão: um morto e pelo menos 5 feridos em acidente

Por volta de 5 horas da manhã deste domingo (23), um comboio de 5 motocicletas provocou grave acidente que tirou a vida da jovem Kelly Carvalho Tenório, de 21 anos, no município de Mazagão. O comboio trafegava por um trecho escuro próximo a comunidade de Anauerapucu, quando invadiu uma ponte desativada. As cinco motos caíram em sequências uma por cima da outra na ribanceira, e Kelly Carvalho, passageira do suposto namorado, quebrou pescoço e morreu na hora. Segundo informações policiais, a jovem morava na avenida Mauro Nascimentos, 610, bairro do Muca. quatro vítimas estão internadas no HE de Santana e uma veio para Macapá em estado mais delicado.

Família Konishi: Assassino ardiloso pede perdão em tom “frio”

O vídeo com o depoimento foi umas das provas que suscitou maior interesse durante a coletiva. Em um trecho dele, Wellington pediu perdão por sua atitude psicótica. Ele disse que tinha respeito por Carol e adorava Vitória como uma irmã

A Promotoria de Investigações Cíveis e Criminais (Picc), a Polícia Civil e os Peritos da Polícia Técnico-científica (Politec) reuniram a imprensa, na manhã de ontem (21), para apresentar o resultado da primeira fase do inquérito policial que apura a morte da Família Konishi. Em um dos trechos do depoimento, Wellington Raad, réu confesso, diz que está arrependido e chega a pedir perdão a deus e à namorada de Marcelo, Daniele Nascimento, 20 anos, pelos assassinatos. De acordo com a polícia, ele não revelou os motivos da chacina.

Os delegados, Celson Pacheco e Alan Moutinho, acompanhados do presidente do inquérito José Roberto Prata e do promotor de justiça Flávio Cavalcante, da Picc, exibiram slides detalhados com os principais pontos da investigação. Um vídeo também exibido com trechos do depoimento de Wellington Luis Raad Costa, de 19 anos, mostrou o momento em que o réu se declara culpado pela morte de Caroline Camargo Rocha Passos, 32 anos, Vitória Konishi, 11, e Marcelo Konishi, 19, na noite do dia 10 deste mês.

O vídeo com o depoimento foi umas das provas que suscitou maior interesse durante a coletiva. Segundo o promotor, Flávio Cavalcante, todo o interrogatório do então suspeito, Wellington Raad, foi gravado com o consentimento do próprio acusado e na presença de seus advogados. A exibição ocorreu em função de recente reportagem veiculada em um jornal local que tentou macular o trabalho da polícia e do Ministério Público. O jornal reproduziu trechos do depoimento oficial do pai adotivo do assassino, Aldo do Espírito Santo, e especulou que Wellington poderia não ter confessado os crimes.

Polícia estudou a sequência das mortes

No dia 11 de maio, o Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciodes) registrou a primeira ligação por volta de 10h17 oriunda do bairro Jardim Equatorial. A ocorrência foi repassada às viaturas de área da Polícia Militar, Polícia Civil e Politec que constaram os três corpos na casa 226 da rua João de Castro Sussuarana. Caroline Camargo, Marcelo e Vitória, estavam mortos em um dos quartos da casa a golpes de faca.

A elucidação da dinâmica do crime é fruto de intenso trabalho dos grupos especializados da Polícia Civil (DCCP, DECIPE, NOI, GTA), Picc e a Politec. A promotoria informou que o adolescente foi o primeiro a ser morto. Através da mancha de sangue em um dos travesseiros de Marcelo, a perícia deduziu que ele tenha sido atacado quando estava deitado e sozinho com o algoz.

Atraída pelo assassino, Caroline Camargo foi a segunda vítima a ser abatida. Delegado explicou que a advogada foi atacada pelas costas com golpe preciso, que lhe tirou todos os movimentos. O golpe atingiu a coluna cervical lesionando a medula óssea, que provocou a perda das reações. A lesão também justifica a posição em que o corpo foi encontrado. José Roberto Prata informou que Vitória foi morta no quarto da mãe. A menina não ouviu ruídos porque estaria usando fone de ouvido como de costume. A empregada da família confirmou que as duas facas encontradas na cena do crime são da própria residência. Uma delas foi usada contra Marcelo e Carol, e a outra contra a vida de Vitória Konishi. A menina empreendeu maior resistência e chegou a lutar pela vida, disse o delegado.

Criminoso tentou criar álibi

Além do carro da vítima, desapareceu da casa um celular e o Playstation que Marcelo havia ganhado do pai. O celular de Marcelo foi deixado no local do crime propositalmente, segundo Prata, para criar um álibi perfeito. Depois do crime, até momentos antes dos corpos serem encontrados, Wellington efetuou várias ligações para este celular na intenção de criar o álibi caso viesse a ser visto como suspeito. No dia 17 de maio, a polícia e o Ministério público realizam buscas franqueadas por Aldo Do Espírito Santos, no quarto do suspeito. Foram localizados na gaveta da cômoda, um microchip de celular e um adaptador. Ao restaurar a memória, que havia sido deletada pelo assassino, a polícia encontrou um vídeo de Caroline em momento de alegria com o marido, professor Pedro Rocha. O vídeo foi gravado na praça beira-rio, na cidade de Macapá, no início deste ano. Foram restaurados também outros arquivos pessoais e músicas que pertenciam a Vitória.

Wellington passou de melhor amigo da família para principal suspeito do crime em questão de horas. Pessoas próximas da família começaram a ser ouvidas no inquérito ainda na terça (11). Após o depoimento de Daniele Nascimento, namorada de Marcelo, a promotoria conseguiu chegou a Wellington. Ele passou a ser ouvido na quarta-feira (12), dois dias após o crime, quando foram constatadas as lesões na palma da mão esquerda, braço e barriga. Diante dos ferimentos, a polícia achou conveniente submetê-lo a uma série de exames detalhados de lesão corporal e papiloscopia. No dia 13, Raad confirmou ao promotor Flávio que esteve na casa na noite do dia 10.

Cai por terra o latrocínio

Nos desdobramentos em buscas por provas, o celular de Vitória, o Playstation e outros objetos foram encontrados em uma caixa de gordura na avenida 1º de maio, próximo à residência onde moram os familiares de Wellington. Cai por terra a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte). Na sexta-feira (14), quatro dias após o crime, a perícia emite boletim informativo confirmando que o resultado dos exames preliminares comprovou as impressões digitais do acusado idênticas aos fragmentos deixados na parede da cozinha da casa de Carol. Wellington foi considerado dono da mancha de sangue na parede da cozinha próxima ao estojo de facas.

A confissão e Wellington

A polícia e a promotoria, de posse da prova técnica, representaram pela custódia preventiva do principal suspeito pelo triplo homicídio. Na noite do dia 14, Wellington foi submetido a intenso interrogatório na presença de advogados, promotores e delegados, que em busca da confissão atravessaram a madrugada. Por volta de 1h30 já do dia 15, o réu começa a confessar que matou Marcelo, Carol e Vitória, sozinho. Na mesma ocasião, ele fala de seu respeito pela advogada Caroline Camargo e sua adoração pela menina Vitória, que lhe tratava como irmão. Sobre Marcelo, Wellington falou que se tratava de “um amigo excepcional, que esteve sempre disponível”, declarou o réu.

Em dado momento, Luis Raad afirmou que se sentia arrependido pelos crimes quando a promotoria e delegados tentavam aguçar as emoções do assassino, que se manteve o tempo inteiro frio. Perguntado repetidamente se havia matado Carol, Marcelo e Vitória, o estudante diz em tom “seco”: “fui eu”, pelo menos três vezes no trecho exibido pela Picc. O réu confesso pede perdão a Daniele Nascimento, 20 anos, namorada grávida de Marcelo Konishi. “Que Deus me perdoe”, completou.

Wellington demonstra comportamento sádico

Foi durante este depoimento que o jovem pediu para ser levado até o local do crime na tentativa de lembrar detalhes sobre a dinâmica do crime. No decorrer do inquérito, a polícia concluiu que o objetivo dele era unicamente saciar o prazer pelo cenário macabro. Na noite do dia 10, Wellington não havia contado a ninguém sobre a chacina. Segundo sua versão, ele teria ido à residência das vítimas, mas ficou por alguns minutos e depois retornou a sua casa, onde tomou banho e em seguida saiu para jantar com a namorada de iniciais J. B. e uma terceira pessoa. Os três foram a uma praça do bairro Buritizal na rua Santos Dummont. Segundo ele, o crime ocorreu após as 23 horas.

A namorada de Wellington e a amiga que o acompanhavam notaram cheiro forte de sangue que exalava de seu corpo. Indagado,“Que pitiú forte de sangue é esse?”, Wellington mentiu dizendo que se feriu em confronto com um assaltante. A mesma versão foi dada à polícia nos primeiros depoimentos. Na praça em torno da caixa dágua do bairro Buritizal, Wellington pergunta aos companheiros se poderiam comer seus sanduíches em suas casas, pois não se sentia bem. Ao adentrar no carro do assassino, a namorada percebe no banco de trás a mochila que seria de Vitória. Wellington a repreende dizendo: “Larga isso aí que não é meu”.

A namorada e a outra testemunha que os acompanhava nesta noite disseram que encontram Raad por volta de 23 horas, e ainda confirmaram pela cor e pelo modelo que o celular achado em via pública pela polícia era o mesmo que Wellington manuseava na noite do crime. A partir destes depoimentos ocorridos no dia 17, a promotoria começa e a entender que a chacina ocorreu entre 20h e 22h30 da noite de segunda-feira (10), e não na terça como se achava.

Detalhes como o cheiro de sangue no corpo de Raad, a mochila e o celular de Vitória dentro do carro comprovam que o maníaco matou a família e em seguida saiu para comer sanduíche. Segundo os delegados, o criminoso chegou a oferecer o celular de “Vivi” para a namorada como presente, mas ela se recusou a aceitar. A polícia também investigou a relação entre dois filmes locados pelo assassino com a chacina da família Camargo. Um deles é o sangrento, “Jogos Mortais VI”, retirado em nome do réu dois dias antes do crime.

Wellington Raad Costa, 19 anos, foi indiciado como incurso no artigo 121 (homicídio qualificado), perpetrado com emprego de tortura e meio cruel, traição e recursos que tornaram impossível a defesas das vítimas, combinado com os artigos 61, inciso II, letra “h” (contra criança). O estado tem por obrigação assegurar e preservar a integridade física do réu antes e após o julgamento. O motivo do triplo assassinato continua um mistério. Para a sociedade, restaram apenas especulações.

Mãe joga bebê de oito meses em lixeira no São Lázaro

Um policial afirmou que a criança nasceu com todo o corpo perfeitamente formado e pode ter morrido por asfixia. A mãe pode responder por infanticídio

Uma moradora do São Lázaro teve uma surpresa ontem (19) pela manhã ao encontrar o corpo de um bebê recém-nascido na lixeira de uma vila na rua José Lino dos Santos. A criança nascida com aproximadamente oito meses estava dentro de uma sacola preta junto com o lixo doméstico e material de higiene. Segundo a polícia, o bebê pode ter sido abandonado ainda vivo no local. Por enquanto, a suspeita recai sobre uma estudante de 21 anos, que está desaparecida. Um inquérito policial será instaurado para apurar possível infanticídio.

Policiais ainda não têm certeza se o feto foi deixado com vida na lixeira e se havia sinais de violência no corpo. Alguns moradores disseram que a mãe esteve no local durante a manhã, mas teria fugido ao ver a situação se agravar. Até o final da tarde de ontem (19), a polícia não havia localizado a infratora identificada como Lucineide Tolosa. Em poucas horas, a polícia de homicídios levantaram uma hipótese com base em indícios encontrados no quarto da jovem e depoimentos de vizinhos.

Rosania Maciel Tolosa, de 45 anos, mãe desta jovem, disse que a filha não estava grávida e teria passado a noite dormindo em sua companhia. Rosania também relatou que ouviu gritos e choro de mulher durante a madrugada em frente à vila. Em seguida, ela teria avistado dois homens correndo. Esta versão apresentada por Rosania não convenceu a Polícia Civil que está à procura de Lucineide para que seja submetida a exames na Politec. Um policial afirmou que a criança nasceu com todo o corpo perfeitamente formado e pode ter morrido por asfixia. Se capturada e comprovada a maternidade, a estudante pode ser indiciada por infanticídio ou crime de aborto, dependendo do laudo pericial.

A proprietária da vila foi quem achou o corpo por volta das 8h30. Ela afirmou que havia cachorros e urubus tentando revirar a sacola. Ao se aproximar sentiu odor “estranho” e bastou ver uma das pernas da criança para acionar a Polícia Militar. Uma guarnição do 2º Batalhão chegou ao local e providenciou o isolamento da área até final dos trabalhos de investigação e remoção do feto. A Polícia Técnico-científica (Politec) também periciou o quarto onde a suposta mãe da criança morava e o banheiro coletivo da vila, onde moradores encontraram grande quantidade de sangue.

Peritos encontraram próximo à janela do quarto da suspeita vestígios semelhantes aos que foram encontrados na sacola com o corpo do bebê. Um material semelhante a uma placenta foi encontrado no quintal da casa ao lado e também será periciado. O feto foi levado para o Departamento Médico Legal (DML) para conclusão de exames e necropsia.
Abortos e Infanticídio

Existem dois tipos de aborto: espontâneos e provocados. Os abortos espontâneos são aqueles que devido à causas muito variadas de natureza biológica implicam na involuntária interrupção da gravidez, o que em geral acontece nos primeiros 3 meses de gestação. Os abortos provocados, como a própria palavra se refere, é aquele onde a gravidez é interrompida de forma intencional, utilizando-se para tal, diversos meios como instrumentos metálicos, sucção ou aspiração do útero e ingestão de substâncias químicas. Aborto não pode ser confundido com o infanticídio. Neste caso, trata-se da morte de um ser já formado após o seu nascimento.

MP-AP consegue na Justiça o fornecimento de remédios a jovem em Laranjal do Jari

O adolescente sofre de epilepsia e faz uso contínuo dos remédios controlados que atuam no combate as crises convulsivas

Por Danielly Salomão/MP

Um Mandado de Segurança impetrado pelo Ministério Público Estadual, determinando que a Secretaria municipal de Saúde de Laranjal do Jari, forneça no prazo de cinco dias, os medicamentos Depakote 500mg e Oleptal 300mg a um adolescente portador de epilepsia, foi deferido liminarmente pelo juiz de Direito Naif José Maués.

De acordo com o promotor de Justiça Vinicius Carvalho, que atua no município, a decisão reconheceu a omissão ilegal do secretário municipal de Saúde em fornecer os medicamentos, já que o adolescente faz uso contínuo dos remédios para manter o controle das crises convulsivas. Segundo a Promotoria, a família não dispõe de recursos financeiros para a sua aquisição.

"Fui certificado nos autos que as crises de convulsão estão a afastar o menor da escola e se não tratadas imediatamente irão agravar o seu estado de saúde, comprometendo irreversivelmente seu rendimento escolar e suprimindo-lhe o direito de viver dignamente, tal como preconizado pelo art. 227 da Constituição Federal”, relata o juiz da 2ª Vara da Comarca de Laranjal do Jari.
“Em caso de descumprimento da decisão, o secretário e o Município de Laranjal do Jari incorrerão, solidariamente, em multa diária no valor de R$ 500 mil”, afirma o promotor.

Justiça aprecia ação da Associação dos Moradores do Quilombo do Curiaú

Fonte: Tjap

Na última 4ª feira, o Juiz de Direito Dr. Paulo César do Vale Madeira proferiu a sentença nos autos da ação declaratória de nulidade cumulado com pedido de indenização por danos morais, que tramita na 5ª Vara Cível da Comarca de Macapá, julgando parcialmente procedente o pedido inicial da Associação dos Moradores do Quilombo do Curiaú, contra cinco moradores daquela comunidade quilombola, os quais convocaram uma Assembléia Extraordinária para destituir a atual diretoria.

Por sua vez a Associação (ora autora) afirma que foi eleita regularmente para gerir a entidade no dia 06 de Abril de 2008, isso depois de ter passado um ano do término da gestão anterior.

Após frustrada a audiência de instrução designada pelo Juízo substituto, o Magistrado designou uma audiência na própria comunidade do Curiaú, onde representantes das partes e pessoas da comunidade foram ouvidas informalmente e manifestaram suas opiniões sobre o caso, logo em seguida os autos foram conclusos.

Na sentença proferida, o Juiz Paulo Madeira entendeu que a Assembléia Geral realizada no dia 25 de Julho de 2009 foi inteiramente irregular, e que foi de encontro ao Art. 27 do Estatuto da Associação dos Moradores do Curiaú e, principalmente, o Art.5º, LV, da Constituição Federal, e também compreendendo que não foram provados os danos materiais e morais requeridos, julgando procedente, em parte, o pedido para declarar nulos todos os atos de destituição da Diretoria da entidade, a contar do Edital de Convocação do dia 15 de Julho de 2009.

Audiência pública para detectar os problemas das comunidades no município de Santana

Local: Escola Estadual São Benedito (Travessa L8, nº 5. Bairro Fonte Nova. Entre Av. São Paulo e Av. Santana).

Data e horário: 20 de maio (quinta-feira) às 17h.

O Ministério Público do Estado do Amapá realizará audiência pública para ouvir as reivindicações dos cidadãos referentes às problemáticas do município que receberá as ações do programa MP Comunitário. Na ocasião estarão presentes cidadãos e lideranças comunitárias, representantes do governo e prefeitura, membros e servidores do MP-AP.

Conheça o MP Comunitário

O MP Comunitário é uma iniciativa do MP-AP que está em sua terceira frente de trabalho. O programa atendeu em março os bairros adjacentes ao Cidade Nova I, e no mês de abril as comunidades próximas ao bairro Brasil Novo, formando mediadores comunitários e instalando centros de mediação onde são atendidos os cidadãos dispostos a resolver conflitos e disputas judiciais através da conversa e acordo.

Após a audiência pública os promotores, mediadores e voluntários atenderão a comunidade durante todo o mês de maio, fazendo o trabalho de mediação comunitária. Durante este período será iniciada a terceira turma do curso “Solução de conflitos e mediação”, aberta para toda a comunidade. O curso tem por objetivo formar mediadores voluntários para atuarem no centro a ser instalado em Santana.

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Estado do Amapá

Moradora encontra feto em lixeira no São Lázaro

Um feto de oito meses foi encontrado nesta manhã em uma lixeira no bairro São Lázaro. Este é o segundo encontro macabro em menos de duas semanas na rua José Lino dos Santos. A Polícia Civil já descobriu quem deixou a bebê na lixeira. O corpo da criança foi encontrado por uma moradora que desconfiou da presença de Urubus na frente de sua casa e foi averiguar.

Assunto que me deixou intrigado

Assunto que me deixou intrigado tem a ver com um "SURTO". Isso mesmo!

Delegados e o promotor do "Caso Carol Camargo" surtaram diante das declarações de Eliete Borges à imprensa de que foi constatada a quinta impressão digital na cena do crime. Duas ideia me vieram à cabeça nesta história: a coletiva pode ter sido um mero jogo político para derrubar a pessoa de Eliete Borges. (Jogo de quem, não posso afirmar). Para quem não acompanhou, hoje os delegados Roberto Prata e Celso Pacheco, e o promotor Flávio, convocaram a impresa para desmentir a diretora da politec Eliete Borges, por suas recentes declarações sobre o "Caso Carol Camargo". Promotor classificou como leviandade a atitude de Eliete.

A segunda ideia sobre esse história é a seguinte: o grupo de investigação pretende fechar inquérito em muito breve (isso já foi anunciado pelo promotor). Mas eles provavelmente apontarão apenas um assassino: Wellington. No entanto, de uma hora pra outra, não mais que de repente, aparece uma intrometida dizendo que existe um segundo criminoso... É de tirar qualquer investigador do sério. Estaria alguém tentando mascar algo? Quem está com a razão? O promotor disse que apenas o presidente do inquérito pode falar oficialmente sobre o caso, mas que diabos fazia o delegado Paulo Cézar hoje na rádio falando por quase uma hora??? Rebate essa promotor...

Tratamento indigno

Excelente é o tratamento que "muito favorece" os jornalistas do Amapá na sede da Polícia Federal. Desde cedo esta terça, esteve em curso a “Operação Alça de Mira”, que prendeu 17 pessoas, enfim. Jornalistas ficaram horas ao relento a espera de um milagre e niguém veio prestar qualquer informação oficial. Por que isso só acontece no Amapá? Parabéns a esta instituição brilhante!! Continue assim!

Diretora da Politec é acusada de atrapalhar investigações

O grupo de investigação do “Caso Carol Camargo” reuniu a imprensa ontem no início da tarde para desmentir informações ditas por Eliete Borges – diretora-presidente da Polícia Técnico-científica (Politec) sobre fragmentos papilares de um quinto elemento que teriam sido encontrados na cena do crime. Segundo o promotor de justiça Flávio Cavalcante, da Promotoria de Investigações Cíveis e Criminais (Picc), do Ministério Público, as recentes declarações da diretora prejudicam o andamento do processo, tardando a elucidação do caso.

Algumas respostas ainda estão do rol de prioridades da Polícia Civil e Ministério Público Estadual. Por exemplo, que motivos levariam um jovem estudante universitário a cometer triplo homicídio? Ou quantas pessoas participaram do crime? Ontem (18) Flávio Cavalcante, acompanhado do presidente do inquérito, Roberto Prata, e do delegado Celso Pacheco (GTA), afirmou que Eliete Borges foi leviana ao prestar informações que acabaram por atrapalhar o inquérito.

Promotor Flávio frisou, ainda, que o grupo de investigação pretendia apresentar nesta sexta-feira (21) o resultado final das investigações. Flávio Cavalcante completou dizendo que apenas o presidente do inquérito pode dar informações oficiais sobre o caso, qualquer outra pessoa ou órgãos público não está autorizado a comentar a investigação. “As provas que forem apresentadas nesse momento vicia a investigação e prejudica os trabalhos”, disse o promotor.

Na manhã desta terça-feira (18), a Promotoria de Investigações Cíveis e Criminais (Picc) reuniu com peritos e delegados envolvidos no caso para cobrar uma retratação pública da diretora da Politec Eliete Boges, mas ela sequer compareceu à reunião. “Nós estamos surpresos com essas informações que foram divulgadas na mídia. Não sabemos de onde elas surgiram, mas sabemos que não partiram dos peritos. Falei com ela por telefone e pessoalmente marcamos uma reunião, pedimos que ela se retratasse. Mas ela não fez, e nós estamos desmentindo o que foi dito por ela”, explica Flávio Cavalcante.

Segundo delegado Roberto Prata, que preside o inquérito, as declarações causaram estranheza, já que não partiram dos peritos. “Peritos não confirmaram essa possibilidade de uma quinta impressão na casa. Muitas provas ainda estão sendo levantadas. Por isso não eles estão com a ideia fixa e concluída de quantas pessoas participaram do crime”, disse Prata.

Caso Carol Camargo: Fonte do MP reforça a tese de crime passional

Ontem (17) pela manhã, uma fonte ligada ao Ministério Público Estadual, que prefere não aparecer, reforçou a tese da chacina da família Camargo ter ocorrido por motivos passionais. Wellington Raad Costa, 18 anos, descrito por amigos como uma pessoa doce e sem maldades, teria conhecido Caroline Camargo, na Procuradoria Geral do Estado há alguns anos quando era estagiário de ensino médio na Promotoria da Infância e Juventude. A relação dos dois passou a se estreitar com o passar do tempo. Quando Carol passou a fazer parte do MP, Wellington já era estagiário e entregava muitos documentos no local de trabalho de Carol. "Foi como os dois se conheceram", disse a fonte.

Muito surpreende o fato do jovem amigo, companheiro e educado ter cometido tamanha atrocidade sem motivo aparente. Na época que os dois se conheceram, Caroline já era casada com o professor universitário Pedro Rocha, e mesmo assim permitiu que o jovem frequentasse a sua casa e estabelecesse relação de amizade com seus dois filhos: Marcelo Konishi e Vitória Konishi. Poucos dias antes do crime, o casal Caroline e Pedro havia passado por turbulência no relacionamento que levaram à separação. Ninguém sabe exatamente o motivo. Carol demonstrou a partir daí certo desânimo no ambiente de trabalho, mas sempre manteve postura profissional. Ela chegou a comentar com colegas sobre seus desentendimentos com o marido, mas sem expor os motivos.

Após a chacina, outra informação chocou a sociedade amapaense. Carol teria um caso com o jovem Wellington, que seria o pivô de suas brigas com o marido. Segundo funcionários do MP, a advogada dias antes do crime, havia voltado a demonstrar alegria por ter retomado seu relacionamento com o Pedro. Nesse momento o crime brutal acontece, e a reboque surge também a hipótese de crime passional. Mensagem na página de relacionamento “Orkut”, na internet, “Vivi Konishi” (Vitória) escreveu mensagem intrigante, que reforça ainda mais a tese.

A pergunta que intriga até a polícia: o que levou um jovem de boa índole a praticar tamanha barbárie. Por incrível que possa parecer, amigos de Wellington os descrevem como um adolescente amigo, companheiro, gente boa. A polícia ainda quer saber os motivos e a dinâmica do crime, mas Wellington ainda persiste na sua possível estratégia de defesa: “Não me lembro!”. No MP, ele era um rapaz esforçado, estagiário de nível médio com e simples função de entregar documentos à procuradoria onde Caroline trabalhava, mas com o passar do tempo se tornou intimo da família a ponto de cometer uma chacina. O jovem ex-estagiário do Ministério Público seria realmente uma pessoa tranquila?

Na última segunda-feira (17), veículos de imprensa divulgaram em caráter extraordinário a morte por suicídio do réu confesso. O boato era de que ele teria se enforcado na cela do complexo penitenciário do bairro Novo Horizonte, onde vem sendo mantido desde o último sábado (15). A Polícia Civil está investigando o caso, pois teria alguém jogado uma corda para o interior da cela. Amigos e familiares choraram em vão.

Wellington foi criado com o ex-jogador Aldo do Espírito Santo desde os três meses de vida. Segundo amigos, Wellington não era homossexual, assim como não tinha envolvimento amoroso com Caroline Camargo ou seu filho Marcelo. A polícia na pessoa do delegado Celso Pacheco não confirmou a informação especulada anteriormente em mídia impressa sobre crime passional, por envolvimento com Caroline, mas quem pode ter certeza se as únicas pessoas que podem dizer que SIM ou que NÂO são: Carol e Wellington?

Defasagem nos serviços de iluminação do Distrito do Sucurijú gera recomendação do MP-AP

A medida foi expedida pela Promotoria de Justiça da Comarca do Amapá após ação da Justiça Itinerante nas comunidades ribeirinhas do município

Em decorrência das irregularidades constatadas no sistema de distribuição de energia elétrica no Distrito de Sucurijú, no município de Amapá – AP, o Ministério Público expediu na segunda, 10, Recomendação à Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) para a substituição dos postes de madeira por concreto, bem como a substituição da fiação e melhora no serviço de manutenção.
A defasagem dos serviços de iluminação foi constatada pelo promotor de Justiça do Amapá, Anderson Batista, durante a Justiça Itinerante, que percorreu diversas comunidades ribeirinhas do interior do município, entre os dias 3 e 7 de maio.

Segundo o representante do Ministério Público, os postes de madeira e a fiação antiga comprometem a segurança dos residentes da vila. “Recomendei à CEA para que substitua os postes de madeira, já que aqueles estão quase caindo, colocando em risco a segurança da comunidade, bem como a substituição da fiação elétrica, pois já está deteriorada pelo tempo, e é imprópria para o funcionamento do moderno sistema eólico de produção de energia que encontra-se instalado no município”, justifica o promotor Anderson Batista.

A CEA recebeu o prazo de 30 dias para informar à Promotoria de Justiça do Amapá sobre as providências a serem tomadas, uma vez que já existe repasse de verba orçamentária pelo Governo do Estado para a aquisição e para a instalação de postes em concreto. O Distrito do Sucurijú está localizado às margens do Rio Sucurijú, a 120 km do município de Amapá e 220 Km da capital do estado. e possui cerca de 700 moradores. (Camila Ramos)

Operação Alça de Mira: Polícia Federal prende quadrilha de assaltantes em Macapá (AP)

Macapá-AP: Na manhã de hoje, 18.05.10, Policiais Federais da Superintendência Regional do Estado do Amapá (DPF), Policiais do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Estado do Amapá (BOPE) e Policiais Grupo Tático Aéreo da Secretaria de Justiça e Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Amapá (GTA) deflagraram a Operação Alça de Mira na cidade de Macapá, com o objetivo de prender a quadrilha responsável por recentes assaltos no Estado do Amapá.

Durante de dois meses de investigações empreendidas pela Delegacia de Combate ao Tráfico de Armas da Polícia Federal do Amapá, foi identificado o modo de operação da quadrilha: um grupo de presidiários internados no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (IAPEN) comandava o bando e determinava assaltos através do uso de telefones celulares. Do lado de fora as namoradas e companheiras desses presos eram responsáveis pela logística dos crimes, fornecendo armas e munições, escolhendo alvos, guardando o produto do crime, escondendo foragidos e arregimentando os executores. Por fim, um terceiro grupo de homens jovens executava os assaltos.

Terminada a fase de investigações, na manhã de hoje cerca de 85 Policiais Federais, Civis e Militares cumpriram 6 mandados de busca e apreensão e 11 mandados de prisão preventiva expedidos pela 4ª Vara Criminal de Macapá.

Todos os mandados de prisão foram cumpridos, sendo 4 dirigidos a criminosos já internados no IAPEN.

Além das prisões preventivas, foram realizadas mais 6 prisões em flagrante por posse de armas de fogo e entorpecentes, encontrados nas casas revistadas.

Os presos foram indiciados em diversos delitos, tais quais: roubo (art. 157 do Código Penal – 4 a 10 anos de reclusão), formação de quadrilha (art. 288 do Código Penal – 1 a 3 anos de reclusão), posse ilegal de arma de fogo de uso restrito (art. 16 do Estatuto de Desarmamento – 3 a 6 anos de reclusão) e posse irregular de arma de fogo de uso permitido (art. 12 do Estatuto do Desarmamento – 1 a 3 anos de detenção). (Ascom)
O saldo da Operação Alça de Mira foi:
- 17 prisões realizadas (9 mulheres e 8 homens, 11 preventivas e 6
flagrantes)
- 5 armas (2 pistolas e 3 revólveres) e 1 silenciador apreendidos
- cerca de 41.000 reais e cerca de 11.700 euros apreendidos

Da caixa de comentários:

Por Ádrea Bárbara em "Extra: Chacina Elucidada!!!!!":

"Li,comentários de certo(s) amigo(s) do rapaz que está sendo acusado de chacinar a família Camargo e, creio que não há como negar as provas periciais, muito mesmo demonstrar indignação por isso que ele está passando, sabe pq... Ele não se importou em acabar com uma família linda e destruir o que as pessoas cultivaram durante anos de suas vidas...É indignante, ver uma pessoa posar de "ai gente ele é meu amigo...me desculpe e blábláblá... Pois, eu gostaria que esse certo alguém pensasse mais sobre valores e do que se constrói a vida e quando alguém arranca a facadas e degoladas as vidas que nunca mais verão o sol e nem a brisa do vento em seus rostos... Infelizmente não teremos como vê-los sorrir, enfim... Então caro, guarde pra si comentários infundados, pois este participou de um crime bárbaro e não tem piedade de resguardar a preciosidade que Deus nos deu. Assim se é capaz de ser chamado de "amigo da família" desse jeito nunca mais (leu isso "nunca mais") terão "amigos"."

"Da caixa de comentários":

"É fato que as nossas Leis são arcaicas e precisam ser reformuladas. Mais neste País, só "ladrão de galinha vai para "atrás das grades". Quem tem dinheiro, arranja "enes" advogados para defendê-lo. A pena de morte só vai sobrar para os "PPP".

Prefeitura de Macapá capacita profissionais das Unidades de Saúde

Por Natália Platon/PMM

A Prefeitura de Macapá por meio da Secretaria Municipal de Saúde realiza capacitação para 60 profissionais que atuam nas Unidades Básicas de Saúde, com o objetivo de implantar no Município o Serviço de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual (SAVVIS), visando diminuir e eliminar o elevado número de violência sexual em Macapá.

Segundo a coordenadora do Núcleo de Acidentes e Violência do Município, Alba Calderaro, é importante que se integre cada vez mais a rede de atendimento à vítima de violência sexual. “Os laços com a pessoa vítima deste tipo de violência deve está cada vez mais forte, para que assim, este possa receber um atendimento completo em todos os níveis”, ressalta a coordenadora.

O evento acontece no período de 18 a 20 de maio e conta com palestrantes que fazem parte da equipe da Dra. Zélia Campos, coordenadora da SAVVIS de Manaus. Na ocasião, médicos das áreas de Pediatria e Ginecologia receberão palestra ministrada pelo Dr. Avelar Holanda, consultor do Ministério da Saúde.

A abertura da capacitação será nesta terça-feira, 18, às 8h, no SENAC, localizado na Avenida Henrique Galúcio, nº 1999. O evento é uma parceria entre a SEMSA e a Secretaria de Estado da Saúde, através do Grupo de Atividades e Monitoramento de Agravos por Fatores Externos – GAMAFE.

Cidadão Indignado

Vejam o que chegou por email:

Boa tarde! Estou indignado com o que aconteceu hoje a tarde (14/05/2010), na Loteria Mina da Sorte localizada na Av. Padre Júlio, próximo à praça Nossa Senhora de Fátima.

Um senhor da sociedade amapaense, visivelmente bêbado, queria pagar contas com seu cartão de crédito (alguém já viu alguém pagar contas em loteria com cartão de crédito?) e diante da negativa do caixa, este dito senhor (comunicador) simplesmente quebrou o vidro do caixa e insultou o rapaz com os mais variados palavrões possíveis e imagináveis, diante de uma platéia de pelo menos 30 pessoas (pobres mortais que somos!).

Simplesmente saiu do local caminhando como se nada tivesse acontecido e nós, que assistíamos a tudo, pasmos, fizemos vários chamados para o 190 antes que ele terminasse o show de insultos, mas nenhuma viatura apareceu. Estou indignado com a inconsequência do Senhor R. G (Não é Roberto Góes) diante da possível impunidade e com a ausência da polícia.

Vejam a "sagacidade" deste assaltante

No começo da tarde desta segunda-feira (17), policiais de Radiopatrulha chegaram a tempo de evitar a morte de um assaltante no bairro do Beirol. E. A. O., de 30 anos, foi preso e espancado por moradores revoltos com a onda de assaltos que atinge o bairro. O criminoso foi vítima da fúria popular depois de ameaçar com arma de fogo uma criança de 11 anos durante o assalto frustrado. O alvo dos bandidos foi um mercantil próximo ao Canal do Beirol, na rua Hamilton Silva.

Segundo a comerciante de prenome Adriana, o assaltante atrapalhado, no meio do roubo, deixou cair uma pasta contendo cópias de documentos pessoais como comprovantes de endereço, Carteira Nacional de Habilitação, identidade e CPF. Em seguida, ele fugiu em uma moto com toda a renda e algumas mercadorias. “Uns 10 minutos depois, ele voltou para pegar a pasta, dizendo que era vendedor e que tinha feito negócios com a dona do comércio. Ele só não sabia que eu era a dona. Ele disse que tinha esquecido uns documentos em uma pasta. Foi quando meu marido atacou ele”, conta a proprietária.

"Virou Moda"

O Complexo do Araxá definitivamente deixou de ser um ponto turístico. Afinal que turista seria louco o bastante para frequentar o lugar?

Na semana passada, donos de quiosques denunciaram os abusos que vêm sendo perpetrados por flanelinhas. Agora parece que "virou moda" encontrar corros roubados no estacionamento. No caso da família Camargo, o Renault Clio, que havia desaparecido da casa na noite da chacina, foi achado onde? No Araxá!

Neste sábado, um grande e audacioso assalto ocorrido na casa do empresário Nelton Salomão, rende à quadrilha mais de R$ 500 mil e o carro Pálio Weekend, que foi encotrado onde?? Araxá! A propósito, a zona Sul de Macapá vem sendo dominada pela violência, embora o esforço reconhecido da Polícia Militar.

Wellington: verdades e inverdades

Ainda não havia me deparado com caso mais brutal que o da "Família Camargo". Nos últimos 5 anos, uma história (trágica) não rendeu tantas especulações como esta chacina. Não sou de lançar mão da imparcialidade ou da verdade por mera especulação. O que faço é confiar em minhas fontes. Afinal se eu não confiar, quem fará??

Começamos com a divulgação da prisão. O que parecia ser a verdade absoluta, começa enfraquecer: Wellington era ou não homossexual?? Isso teria algo a ver com sua motivação??? E quanto a suposição feita hoje de que Wellington é adepto do Santo Daime??? Seria mais uma de tantas especulações?? Quem pode dizer que sim ou que não?

Quem o conhece o bastante para ter certeza de sua masculinidade, ou de sua espiritualidade? São perguntas que aguardam respostas verdadeiras. Mas quem as têm?? Jornalista apenas reproduz o fato, mas não cria a notícia. Neste caso, todos fomos jornalistas e especuladores. Todos fomos investigadores e até juizes.

Tartarugalzinho recebe nova unidade da Polícia Civil

Fonte: Ascom/Polícia Civil

Na sexta-feira (14), a população de Tartarugalzinho recebeu do Governo do Estado a unidade policial que atenderá aquela comunidade. O investimento no valor de 432 mil reais é resultado do Convênio 586, firmado entre Secretaria Nacional de Segurança (SENASP) e Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Estado (SEJUSP).

As dependências são climatizadas e a estrutura é toda adaptada para facilitar o acesso de portadores de necessidades especiais. “Tudo isso para dar um atendimento de qualidade à população de Tartaruagalzinho”, disse o Delegado-Geral da Polícia Civil, Paulo César Cavalcante Martins, que completou: “Demonstra a preocupação e o comprometimento do Governo do Estado com a segurança. Nós já tivemos inaugurações na capital e teremos outras inaugurações no interior”.

A delegacia do município atende tanto à população que vive na cidade quanto aos assentamentos rurais próximos, a média de registro é de 4 a 7 ocorrências diárias. A titular, delegada Elcira Beltrão, demonstrou sua satisfação com a nova estrutura: “Para nós, foi a melhor coisa que aconteceu. Agora nós temos melhores condições. Várias pessoas da sociedade já nos procuraram parabenizando pela nova estrutura que poderá melhor atender à população”.

O Prefeito Hildo Oliveira ressaltou a importância da parceria entre Governo do Estado e Prefeituras: “Para nós do município de Tartarugalzinho é um dia satisfatório de Alegria. É nesse convênio, nessa parceria, que nós queremos desenvolver o município de Tartarugalzinho”.

A comunidade também fez seu agradecimento: “Essa inauguração é importante para nos trazer mais segurança. O morador busca um atendimento não só por ser polícia, mas por ser um ambiente em que ele se sinta bem. E essa nova estrutura colabora com isso, está tudo muito moderno e bem adaptado. Pra trazer conforto não só para a população, mas também para os agentes que precisam disso para prestar esse atendimento pra gente”, disse a Presidente do Conselho de Segurança Comunitária, Renilde Ribeiro da Silva.

O Governador do Estado, Pedro Paulo Dias de Carvalho, fez questão de conhecer cada ambiente da delegacia e lembrou as inaugurações que estão por vir: “Esses investimentos estão acontecendo, não só aqui em Tartarugalzinho, mas em vários municípios. Hoje, nós temos o privilégio de entregar a Tartarugalzinho uma obra com todas as condições para que nossos profissionais possam dar um bom atendimento à população da Tartarugalzinho”.

A Diretora do Departamento de Polícia do Interior, delegada Sandra Dantas, falou sobre as próximas inaugurações previstas para o interior do Estado. “Nós estamos iniciando com a delegacia de Tartarugalzinho, que é uma delegacia ampla, bem estruturada, e vem a atender às necessidades da VEP (Vara de Execuções Penais). Em seguida, nós vamos inaugurar a delegacia de Pracuúba, Porto Grande e ainda temos a delegacia de Pedra Branca, ainda sem data para inauguração, mas prevista para a agenda deste ano”.

Na D.P. Tatarugalzinho, trabalham 17 policiais e os registros mais comuns são vias de fato, lesão corporal, violência doméstica e furto.

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Sobre Wellington Raad

"Não consigo acreditar. Somos amigos a muito tempo, estudamos juntos. Ele frequentava minha casa, conhece minha familia. Amo muito esse cara! meu pai do céu sei que só o senhor pode nos dar a resposta para isso tudo, pois sei que ambos os lados estão sofrendo e muiito, por isso nos ajude, para que isso termine. Sei que a dor continuará, mas só o senhor pode julgar... Força!

Boatos sobre Caso Carol Camargo

Gente, hoje recebemos uma ligação anônima informando que Wellington Luis Raad, assassino confesso da família Camargo, tentou se matar. Pelo que nós averiguamos, não passa de boatos. Um delegado garantiu que essa informação não é verdadeira. Procuramos a casa de custódia do bairro Novo Horizonte, onde ele está sendo mantido, e fomos informados de que Wellington está bem e com muita vontade de viver. Hoje pela manhã, um programa de rádio divulgou que alguém jogou uma corda dentro da cela de Wellington. Segundo fontes não oficiais, a pressão é grande para que ele cometa suicídio.

Estamos em um mundo competitivo. Prevalece a lei do mais esperto. Mas esperteza não é sinônimo de irresponsabilidade, sobretudo, no jornalismo. No Estado Democrático de Direito, três poderes ditam as normas: Legislativo, Judiciário e Executivo. Cada um tem seu papel dentro da sociedade. Muito se fala da mídia como o 4º poder ou até mesmo o 1º pela sua função fiscalizadora.


Se pensarmos dessa maneira, diríamos que nós jornalistas temos nosso papel na sociedade, assim como os três poderes constitucionais. Certamente, não nos caberia executar, nem legislar, e tão pouco julgar, pois a justiça já o faz. O jornalismo que julga dantes mesmo de alguém ser levado a júri é dito como Marrom. A postura se baseia na espetacularização e na banalização, ofende a honra e agride a moral alheia. Torna-se tão criminoso e nocivo à sociedade quanto o adolescente com problemas sociais.

Caso Konishi


Mais um crime sem respostas

Mesmo com a prisão do réu confesso, a Polícia Civil e a promotoria ainda não têm detalhes sobre como o crime foi executado, nem sobre a motivação do assassino

A polícia não soube traçar o perfil psicológico do criminoso, nem informou à sociedade quais os motivos que levaram o jovem Wellington Luis Raad Costa, de 18 anos, a matar uma família inteira. Na última sexta-feira (14), delegados e promotores chegaram ao réu confesso do triplo homicídio, no entanto, os pontos cruciais do crime que dizem respeito à dinâmica da chacina não foram elucidados. O mistério ainda ronda a morte da família Camargo, sobretudo, em relação aos detalhes dos últimos instantes de vida da família e à motivação do assassino. Wellington Raad alega que sofreu colapso de memória e não se lembra do que ocorreu dentro da residência na noite do crime. A reconstituição foi iniciada ontem pela manhã, mas o réu manteve a mesma postura de não colaborar.

A Polícia Civil e a Promotoria de Investigações Cíveis e Criminais (Picc) do Ministério Público Estadual pediram a prisão preventiva de Wellington Raad na última quinta-feira (13). A justiça acatou o pedido com base em parecer técnico da Polícia Científica (Politec), que comparou fragmentos papilares (impressões digitais) do acusado na cena do crime e constatou que ele esteve no local. O detalhe importante é que a marca na parede, deixada pelo assassino, continha além de suor, vestígios de sangue. Na sexta-feira (15), o jovem confessou à Picc ter matado a advogada Caroline Camargo Rocha Passos, de 32 anos, a menina Vitória Konishi, de 11, e o amigo Marcelo Konishi, de 17 anos, sem ajuda de ninguém.

O primeiro contato do suspeito com a investigação foi feito na última quarta-feira (12) pela promotoria. A conversa do acusado com o promotor Flávio Cavalcante ocorreu após o depoimento da namorada de Marcelo Konishi, que disse ter certeza de que Wellington foi a última pessoa a ter contato com as vítimas. A primeira conversa com o suspeito perdurou até altas horas da madrugada, mas não ajudou no inquérito. Questionado sobre a lesão da mão esquerda, o jovem afirmou que não se lembrava de nada. Os depoimentos foram acompanhados de perto pelo tio de Raad, ex-jogador Aldo do Espírito Santo, pela tia Tânia, e o advogado.

Confissão

Convencido de que o tio Aldo estaria ao seu lado durante o processo, e com a condição de não se exposto à imprensa, Wellington chamou seus familiares e advogado para fazer a primeira declaração de culpa, formalizada em seguida diante da promotoria. De acordo com o promotor, Flávio Cavalcante, o homicida afirmou que executou as três vítimas sem ajuda. A confissão reforça o resultado de exames preliminares realizados pelo corpo de papiloscopistas na cena do crime, mas levanta outras dúvidas sobre uma segunda pessoa envolvida no crime. Fragmentos digitais de outros indivíduos, além de Wellington, também foram colhidos pela perícia no quarto e estão sendo analisados. Pelo menos mais um forte suspeito existe no inquérito que será levado a diante pelos delegados e promotores.

Colapso de Memória

Roberto Prata afirmou que a partir dos laudos periciais resultantes de exames no quarto descobriu-se que o jovem esteve lá e seria o autor do crime. Wellington prestou declarações inseguras e duvidáveis nos três depoimentos oficiais à Picc. Até que no último, ele confessou, mas alegando ter sofrido um colapso de memória. O instante em que ele chegou à casa de Carol Camargo na noite do crime até o momento em que chegou a sua residência para dormir parece ter sido apagado. Mesmo com a prisão e a confissão, pontos chaves de interesse geral como o modo de execução e toda dinâmica na casa na noite do crime viraram uma incógnita, mas poderão ser revelados ou não durante as tentativas de reconstituição. A Polícia Civil através dos delegados Celso Pacheco, Roberto Prata e Alan Moutinho declara que o processo de investigação não se encerra com a prisão. “Serão encontradas respostas para todas as perguntas”, frisou Prata.

Linhas de investigação

O caso Konishi é visto como uma das mais árduas investigações dos últimos anos. O suporte técnico bem elaborado pela Politec é a única prova consistente que incrimina e sustenta a prisão de Wellington. Detalhes como o depoimento da namorada de Marcelo e a própria confissão não convencem a sociedade e não seriam consistentes no tribunal sem a parte pericial. O caso, embora difícil, começou a ser elucidado em menos de 72 horas após a descoberta do crime. A Polícia Civil e o Ministério Público uniram forças em várias linhas de investigação. O latrocínio foi a primeira hipótese sugerida devido ao desaparecimento de alguns objetos pessoais das vítimas. A vingança também foi especulada pelo número de golpes na menina que chegou a mais de 40. O latrocínio foi descartado quando a polícia encontrou o videogame de Marcelo no bueiro da avenida 1º de Maio, no bairro Buritizal.

Cena do crime

A perícia informou que a cena do crime foi mantida sob total isolamento durante todo o processo de colhimento de vestígios. De acordo com o perito, Emanuel Pena, novos fragmentos eram encontrados em cada visita ao local da chacina, por isso a necessidade de mantê-lo isolado. Promotor Flávio Cavalcante, da Promotoria de Investigações Cíveis e Criminais (PICC), Peritos Criminais, e os delegados Celso Pacheco (GTA), Roberto Prata (Homicídios), Alan Moutinho (DCCP) prometem responder a todas as perguntas sobre a execução.

O caso

A Polícia Civil começou a investigar chacina na manhã de terça-feira (11), quando tudo foi descoberto. O crime ocorreu na casa da família no bairro Jardim Equatorial. A polícia ainda segue na mesma linha de que mais de uma pessoa executou o crime. Durante depoimento, o acusado disse que chegou à casa de Carol por volta de 20 horas, mas ficou somente por meia hora no máximo e depois saiu. Nesse intervalo, ele teria ido tomar banho em seguida passeou com a namorada. Ele disse que dormiu quando voltou do passeio e algumas horas depois foi à casa de Marcelo em seu próprio veículo. Wellington se lembra de ter colocado música alta no carro e em seguida desceu para apertar a campainha. Pela manhã, a empregada da casa encontrou a tragédia consumada. Wellington acordara em sua residência com as mãos machucadas sem se lembrar dos momentos dentro da residência.

Paternidade

Wellington Raad é estudante universitário de faculdade particular, filho de grande empresário. Repreendido e expulso de casa pelos pais por suposta homossexualidade, ele procurou abrigo na casa da tia de prenome Tânia e do tio Aldo do Espírito Santo. Os dois o acolheram como se fosse filho legítimo e lhe deram casa, compreensão e conforto.

Dissemos aqui...

Antes da polícia chegar ao réu confesso, nós divulgamos artigo tratando sobre a personalidade criminosa. Falamos da possibilidade do assassino ter praticado violência gratuita, ou ainda sobre a possibilidade dele sofrer algum tipo de psicose. Após a coletiva de hoje, estou convicto de que o grupo que pesidiu este inquérito desconsiderou qualquer avaliação psicológica do rapaz por falta de "competência". Foi o único ponto que me interessei em comentar durante a coletiva, mas outro jornalista o fez. A Picc por sua fez mea-culpa dizendo que a avaliação do réu ainda será feita por profissionais da área.

Gente, uma matéria bem detalhada será postada mais tarde quando todos os jornais estiverem fechados. Por segurança, estou evitando ser copiado.

Criminoso é filho de ex-jogador renomado

O criminoso confesso, que está sob custódia da Polícia Civil, se chama Wellington. Ele é filho do ex-jogador de futebol Aldo do Espírito Santos, e também parente do jogador Bira. Depois de matar a menina Vitória, ele teri ficado com o celular dela, e passou a ser grampeado.

Horas antes de Marcelo morrer, a namorada Daniele ligou avisando que não dormiria lá, Marcelo então disse que estava com o "amigo" jogando video game. Foi daí que surgiu a suspeita. Como o pai de Daniele é policial militar, juntou as coisas e deu a pista para a elucidação do caso. Ele diz ter executado a família sonzinho porque gostava do garoto e não aceitava a gravidez de Daniele. Para não deixar rastro, ele teria decidido executar as duas.

As informações sãoo extra oficiais, mas foram prestadas por pessoa diretamente ligada às investigações.

Extra: Chacina Elucidada!!!!!

A Polícia Civil e Ministério Público acabam de anunciar coletiva neste sábado sobre a elucidação do triplo homicídio da família Camargo. O réu confesso já está sob custódia do MP. A pista foi dada por um policial militar que desconfiou do comportamento de um amigo de Marcelo Konishi. A informação é de que eles tinham um caso homossexual. Nesta sexta, ele foi preso e confessou o crime.

Nota de Pesar

As diretorias do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Amapá – Sindjor/AP -, e da Federação Nacional dos Jornalistas – Fenaj -, consternadas, cumprem a dura missão de comunicar com profundo pesar o falecimento do jornalista e advogado Odir Nascimento de Macedo, 71 anos, ocorrido na manhã desta sexta-feira, 14 de maio de 2010, em Belém. Como jornalista, advogado e político, Odir sempre foi muito combativo e defensor intransigente da liberdade de expressão. Ultimamente, Odir Macedo assinava à Coluna Gazetadas, no jornal A Gazeta. O velório acontece em Belém, onde ocorrerá o sepultamento.
Macapá, 14 de maio de 2010.

Volney Oliveira
Presidente do Sindjor/AP
Vice-Presidente Regional da Fenaj

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Por Paloma Lima "Delegado sustenta hipótese de vingança no caso Car...":

"Após essa terrível barbárie a família de Caroline Rocha, os políticos do nosso Estado deveriam tirar a bunda da cadeira e trabalhar em conjuto com os demais políticos do País, para colocar em vigor uma Lei a favor da Pena de Morte no Brasil, pois, só assim conseguiriamos punir criaturas desprecíveis como esses monstros da forma que eles realmente merecem e ainda acredito que a morte é pouco para tais criaturas!"

Campanha Paz na Família atende moradores das Pedrinhas

Ascom MP

O Ministério Público Estadual realiza a primeira etapa de 2010 da Campanha Paz na Família neste sábado (15) de 8h às 12h. O objetivo da ação é levar orientação, palestras e vários tipos de atividades que combatam a violência doméstica entre a comunidade. A campanha é coordenada pela promotora de Justiça Gláucia Porpino Crispino. Local: Escola Estadual Maria de Nazaré Pereira Vasconcelos (Rodovia Juscelino Kubitscheck, nº 372, Pedrinhas).

Em 2009, ano de início do Paz na Família, foram realizadas cinco ações com palestras e serviços às comunidades dos bairros do Congós, Perpétuo Socorro e Novo Horizonte. Devido ao desempenho do Ministério Público e parceiros da campanha, o trabalho de prevenção à violência doméstica foi reconhecido em Brasília no Ministério da Justiça e na Secretaria Especial de Políticas Públicas para as Mulheres, que inseriu o Amapá na política de defesa da mulher.

Serviços: Espaço infantil, certidão de nascimento, mediação familiar, atendimento social, atendimento jurídico, reconhecimento de paternidade, boletim de ocorrência, atendimento psicológico, massoterapia, verificação de pressão arterial, entrega de kits de prevenção à gravidez e auxílio família e orientações da Promotoria de Defesa da Mulher.

Denúncia grave

Neste exato instante, uma onda de violência e criminalidade atinge o Complexo do Araxá. Guardas Municipais são acusados de dormir no posto de serviço ao invés de patrulhar. Os guardas que estavam de serviço no Araxá na noite da chacina no bairro Jardim Equatorial não devem ajudar muito nas investigações da polícia. Segundo um dono de quiosque, eles não viram nada porque estava dormindo. O carro foi abandonado a poucos metros do posto de serviço da Guarda.

Justiça do Amapá retorna ao Distrito do Sucuriju após 10 anos

O Juíz da Comarca de Amapá, no período de 3 a 7 de maio de 2010, realizou a jornada itinerante ao Distrito do Sucuriju, comunidade ribeirinha localizada na costa do Estado do Amapá, a 120 Km de distância da sede do Município de Amapá, cujo acesso normalmente se dá exclusivamente por barco. A última visita da Justiça Estadual ao Sucuriju foi feita sob o comando do Dr. Valcir Marvulle, em 1998, quando se realizou naquela comunidade um casamento comunitário. Havia, portanto, uma grande expectativa da população em relação ao retorno do Judiciário.

A ação, que só foi possível graças ao suporte da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Amapá (TJAP) e do apoio da Administração do Município de Amapá, além dos colaboradores: Ministério Público do Estado, a Defensoria Pública, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, a POLITEC, o Conselho Tutelar do Município, a Secretaria de Saúde do Município, a FUNASA, o ICMBIO e o INSS.

Durante a jornada itinerante foram prestados diversos serviços sociais pelos órgãos participantes, tais como: recebimento de reclamações, audiências, atendimentos médico e odontológico, expedição de cédulas de identidade, inscrição para bolsa família e orientação quando ao seguro de pesca. Ao todo, foram atendidos cerca de 200 pessoas, número significativo levando-se em consideração que a população daquele distrito é de aproximadamente 700 habitantes.

Ao final da jornada foi realizada uma audiência pública com os habitantes da comunidade, os quais demonstraram sua satisfação em relação à ação, e apresentaram sugestões para a próxima jornada que deve ocorrer em novembro de 2010. A ação compõe uma iniciativa da política pública do Tribunal de Justiça do Estado do Amapá de estender ao máximo o acesso à justiça, levando esse serviço essencial às localidades mais distantes de sua área de atuação. (Tjap)

Juiz do Amapá é selecionado pela ENM para fazer mestrado em Portugal

Tjap

A Escola Nacional de Magistratura (ENM), por comissão de Alto Nível, escolheu nacionalmente dois Juízes, dentre os quais está, o Juiz de Direito Matias Pires Neto, titular da 4ª Vara Criminal de Macapá e membro da Turma Recursal dos Juizados Especiais do estado do Amapá, para fazer o curso de Mestrado na Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa, no período de outubro de 2010 a junho de 2011.

No ofício encaminhado ao Presidente do Tribunal de Justiça do estado do Amapá (TJAP), Desembargador Dôglas Evangelista Ramos e o Diretor Presidente da Escola Nacional de Magistratura, Desembargador Eladio Lecey, solicitando o deferimento de afastamento do magistrado para o curso, assim fez constar: “Ressalto que a escolha do referido Magistrado deu-se em processo seletivo amplamente divulgado para toda magistratura nacional e caracterizado pelos mais rigorosos critérios, em certame que integra a programação de intercâmbio entre as magistraturas do Brasil e de Portugal, no qual foram selecionados apenas 02 magistrados de todos os segmentos do Judiciário brasileiro”, relatou o Diretor Presidente da ENM.

O afastamento do Magistrado não importará em custo financeiro para o Tribunal do Amapá, vez que, assumidas pela ENM/AMB as despesas relativas ao transporte aéreo para a realização do curso, cuja bolsa é oferecida pelo convênio firmado com a Universidade Clássica de Lisboa. O pleno administrativo do TJAP, após ouvir a Escola Judicial do Amapá e a Corregedoria de Justiça, em sessão administrativa realizada em 12/05/2010, aprovou por unanimidade o afastamento do magistrado de suas funções, autorizando assim a participação do mesmo no curso.

Para o magistrado, a seleção para o mestrado representa o reconhecimento nacional da qualidade dos integrantes da magistratura amapaense. “É um orgulho muito grande para nós da Justiça do Amapá está inserido no resultado de uma seleção desse nível. E a possibilidade de cursar o mestrado significa visível melhoria na qualificação dos integrantes da magistratura do Amapá, com implicação direta na prestação jurisdicional o que credita principalmente ao Tribunal de Justiça do Amapá, sempre empenhado em garantir o melhor preparo de seus magistrados e serventuários, sempre preocupado em proporcionar uma melhor e célere entrega da tutela jurisdicional aos cidadãos deste Estado” disse o Magistrado.

Polícia desconsidera fator psicológico de criminosos

Artigo - Carlos Lima

Estudos sobre a personalidade criminosa mostram que psicopatas não precisam de motivos para matar. Quando dizem que são movidos por forças do além, o melhor a fazer é acreditar. O detalhe é que o “Além” é o interior da própria mente, e a força que os motiva é a psicose. Sobre a atrocidade recente que vitimou toda uma família na zona Sul de Macapá, o fator psicológico dos criminosos não é levado em consideração pelos investigadores. Delegados buscam incansavelmente por um motivo plausível, que tenha dado origem a atrocidade, mas esse motivo pode nem existir.

Três tipos de assassinos são estudados: os sádicos, que sentem prazer com a desgraça alheia e pela carnificina. Existem também os que acreditam estar livrando a sociedade de indivíduos com algum desvio de personalidade que fere os preceitos de moralidade. E por fim, os que sofrem de distúrbios mentais como alucinações, sensações de perseguição, voz sussurrando ao pé de ouvido, sintomas clássicos da esquizofrenia.

No segundo caso, as vítimas costumam ser homossexuais e prostitutas. O terceiro caso nós conhecemos recentemente na morte do cartunista Glauco, onde o criminoso sofria de alucinações e dizia ser a reencarnação de Jesus. Já o primeiro tipo citado é o que mais se aproxima da chacina da família Camargo. Os indivíduos agiram irrestritamente pelo sadismo por já terem um histórico de crimes bárbaros. Isso nos leva a concluir que são velhos conhecidos da polícia.

Alguns especialistas veem certa diferença entre o psicopata e outra classe de assassinos chamada de “condutopatas”. Estes últimos estariam incluídos em um caso de condutopatia, uma espécie de doença caracterizada por desvio de conduta, diferentemente da psicopatia, que está diretamente relacionada à psicose (sintomas de esquizofrenia, por exemplo). No caso, Caroline Camargo, a polícia analisa a hipótese de vingança pela forma cruel com que o homicídio foi executado, mas desconsidera o fator psicológico dos criminosos.

A carnificina armada no quarto da casa mostra perfil de criminoso atroz, diferente de alguém que mata para roubar, ou por mera vingança pessoal.

Todavia, a possibilidade que se encaixa perfeitamente nesse cenário brutal é o crime por encomenda. Até que a polícia descubra quem matou a família, se é que vai conseguir, irão surgir inúmeras suposições, e várias pessoas serão julgadas como mandantes pela opinião pública, porém a chance de alguém ter comprado a tortura e a morte dos três não pode ser vista como uma possibilidade a mais pela polícia. Esta suposição deve sim ser a principal linha de pensamento, neste momento.

Carlos Lima, jornalista, editor de polícia do jornal a Gazeta
Carloslima-dr@hotmail.com

Em vigor leis municipais de interesse da segurança pública

Ana Girlene

Em dezembro do ano passado, foi sancionado pela prefeitura de Macapá duas leis municipais de que visam prevenir a prática de crimes contra a pessoa e ao patrimônio.

A primeira trata-se da Lei nº 1750/2009 – PMM que proíbe o ingresso nos estabelecimentos comerciais públicos e particulares de pessoas utilizando capacete ou qualquer tipo de cobertura que oculte a face. Na justificativa, o vereador Marcelo Dias, autor do projeto, argumenta que boa parte dos assaltos na cidade são praticados por pessoas que escondem a identidade, especialmente fazendo-se passar por motoqueiros. Os donos de estabelecimentos deverão fixar placa no local fazendo menção à nova Lei. Aos que descumprirem haverá pagamento de multa, a ser estabelecida pela PMM por decreto de regulamentação.

Para o Delegado Titular da Delegacia de Crimes contra o Patrimônio - DECCP, Alan Moutinho, a ideia é excelente e bem vinda, embora veja dificuldades no seu cumprimento em razão da fiscalização e possíveis argumentos quanto a sua inconstitucionalidade. Ressalta, no entanto, que a contribuição do legislativo é relevante: “nossa experiência aqui na DECCP nos mostra que muitos dos roubos à mão armada são de fato praticados por pessoas que usam o capacete, e isso dificulta a identificação, visualmente pelas vítimas, e até mesmo nos locais que têm circuito interno”, disse.

A outra Lei nº1754/2009 – PMM dispõe sobre a obrigatoriedade de instalação e câmaras de vídeo e atendimento reservado nos caixas das agências bancárias e postos de atendimento. No parágrafo 1º, a Lei disciplina que o local onde os clientes ficam aguardando para fazer qualquer movimentação bancária deve ser protegido por vidro opaco, de forma que não haja contato visual. Sobre a segurança externa, a Lei obriga instalação de no mínimo três câmeras filmando a entrada e saída de pessoas. O monitoramento deve ocorrer 24 horas e as imagens salvas em lugar seguro, ficando disponível por um ano para as autoridades, especialmente policial.
Os bancos têm 120 dias para adequarem as agências às novas exigências da legislação vigente, sob pena de pagarem multa diária de R$200,00.

Justiça Criminal é a aprovada pelo Conselho Nacional de Justiça

Fonte: Tjap

A segurança pública é um benefício que alcança todos, por isso merece amplo debate. Nesse sentido, o Poder Judiciário está empenhado em discutir e promover ações que tornem a justiça criminal mais célere e efetiva. O CNJ quer explicar de maneira fácil e didática a lógica do sistema brasileiro de penas para que as pessoas que não são atores do direito também possam participar. Seja entrando na comunidade virtual Rede Jud, seja respondendo às enquetes.

A Rede Virtual do Judiciário (Rede Jud) está disponível. Cadastre-se na comunidade, ajude a construir soluções. A Rede Jud é um espaço on-line que promove o intercâmbio de informações, a participação em fóruns, blogs e enquetes para discutir temas, como a utilização de penas alternativas para crimes com penas pequenas; a eliminação do regime aberto, que exige casas-albergues para a acolhida dos presos no período noturno, pela prisão domiciliar condicionada ao uso de tornozeleiras eletrônicas; ou ainda sobre o pagamento de fiança com valores expressivos.

Essas medidas constam como parte do Plano de Gestão das Varas Criminais e de Execução Penal, elaborada por um grupo de trabalho composto de magistrados sob a coordenação do conselheiro Walter Nunes, com a participação da sociedade, por meio de consulta pública, presentado pelo ministro Gilmar Mendes à Câmara dos Deputados e ao Senado, em março.

Outras ações para 2010, considerado o ano da Justiça Criminal, são:

Alterações administrativas - Entre as medidas inclusas no plano que independem de aprovação legislativa para entrarem em vigor constam as resoluções normativas a serem editadas pelo próprio CNJ ou por outros órgãos do Judiciário. As propostas de resolução do CNJ tratam de medidas administrativas para a segurança e a criação do Fundo Nacional de Segurança do Judiciário; a documentação de depoimentos por meio audiovisual e audiências por videoconferência e a instituição de mecanismos para controle dos prazos de prescrição nos tribunais e juízos dotados de competência criminal.

Resolução conjunta - Está prevista para ser assinada entre o CNJ, o Conselho Nacional do Ministério Público, o Ministério da Justiça e a Defensoria Pública da União. A proposta prevê a utilização de sistemas eletrônicos para agilizar a comunicação das prisões em flagrante, especificando a forma como a comunicação entre os órgãos envolvidos será feita.

Voto dos presos provisórios - Outra proposta de resolução prevê o direito de voto para os presos provisórios. O tema já está em estudo no Tribunal Superior Eleitoral, que analisa a modificação da Resolução 22.712 do tribunal, para permitir que os presos provisórios tenham direito ao voto. De acordo com a proposta de resolução, os juízes eleitorais devem criar seções eleitorais nas unidades prisionais que tenham mais de 100 presos provisórios.

Alterações legislativas - Além das resoluções, o plano prevê ainda a sugestão de alterações legislativas que serão encaminhadas ao Congresso Nacional. Uma das propostas de alteração legislativa diz respeito ao monitoramento eletrônico para o cumprimento da pena em regime domiciliar. Essa alternativa seria utilizada para pessoas beneficiadas com o regime aberto, que geralmente trabalham durante o dia e à noite devem retornar aos albergues. Nesse caso, para que o detento possa cumprir a pena em regime domiciliar obrigatoriamente ele deve aceitar o monitoramento eletrônico.

Pagamento de fiança - Outra mudança legislativa seria a redefinição do papel da fiança no sistema processual, com a possibilidade de pagamento de fiança para crimes de toda espécie, "especialmente os mais graves e de ordem financeira". Há também a sugestão de criação de um sistema de proteção e assistência aos juízes em situação de risco e o apoio do CNJ ao Projeto de Lei 3.491, de 2008, que tramita na Câmara dos Deputados e prevê a criação de um Fundo Nacional de Segurança da Justiça Federal.

Incentivo fiscal para empresas - O plano de gestão prevê também que seja dado incentivo fiscal às empresas que contratarem presos e egressos do sistema penal. Essas empresas poderiam ter redução sobre as contribuições da folha de pagamento.

Plea bargaining - Está prevista nova redação ao Art. 89 da Lei 9.099/1995 para possibilitar a negociação da pena, conhecida nos Estados Unidos como plea bargaining. Com a alteração, o titular da ação, no caso, o Ministério Público, teria a possibilidade de suspender o processo e negociar a pena com o réu.

A INFORMATIZAÇÃO DO PROCESSO JUDICIAL - AGILIDADE E TRANSPARÊNCIA

Artigo * Rony Vainzof

Quantas vezes nós, operadores do Direito, já nos deparamos com afirmações e indagações sobre o Poder Judiciário, não só questionando a Justiça de uma forma geral, mas principalmente a morosidade e a transparência dos processos judiciais?

Em relação à Justiça, é nosso dever acreditar e transmitir para terceiros a credibilidade que o Poder Judiciário merece dentro do Estado Democrático de Direito, proclamado no primeiro artigo da nossa Carta Magna, tendo como princípios fundamentais a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho, da livre iniciativa e o pluralismo político.

Porém, talvez a resposta mais difícil seja como conciliar, principalmente, a dignidade da pessoa humana com a morosidade e a transparência dos procedimentos judiciais. E isso ocorre, fundamentalmente, em razão de não termos até o final de 2006 e início de 2007 nenhuma modificação significativa sobre esse aspecto.

Melhor explicando: até então, as únicas consideráveis alterações foram apenas nas tecnologias utilizadas para a elaboração das peças processuais e demais atos judiciais. Ou seja, se antes escrevíamos com penas de ganso uma petição, canetas de tinta um despacho, máquinas de escrever uma certidão, agora utilizamos os computadores para tais finalidades.

Percebe-se que para qualquer uma das tecnologias supramencionadas, até mesmo o computador, o procedimento burocrático de protocolizar uma petição, furar as folhas, numerá-las, autuar os autos, carimbá-los etc., sempre foi semelhante ou igual. Uma pesquisa do Sistema de Automação da Justiça (SAJ) concluiu que 70% (setenta por cento) do tempo de um processo é burocrático e, portanto, somente 30% (trinta por cento) nobre, com a elaboração de decisões, cotas, petições e outros.

Assim, visando justamente a modificação do procedimento e a celeridade dos processos judiciais, foi sancionada em Dezembro de 2006 a Lei n.º 11.419, que dispõe exatamente sobre a informatização do processo judicial.

Com base também na referida legislação, o Conselho Nacional de Justiça define a cada ano novas metas que invariavelmente, como ocorreu agora, em 2010, dispõem sobre a necessidade da celeridade e transparência no julgamento dos processos judiciais.
E, de fato, mencionadas metas são viáveis, pois a Lei 11.419/06 nos traz alterações importantes, conforme ressaltamos algumas a seguir:

· Possibilidade do uso do meio eletrônico na tramitação dos processos judiciais, comunicação de atos e transmissão de peças processuais;

· Assinatura eletrônica, com identificação inequívoca do signatário, para concretização dos atos processuais;

· As cartas precatórias, rogatórias e de ordem também poderão ser enviadas e cumpridas através dos meios eletrônicos;

· Acesso ao andamento do processo eletrônico e respectivos documentos através da Internet para as respectivas partes, advogados, sendo respeitados os casos que envolvam sigilo e/ou segredo de justiça;

· Segurança dos autos dos processos eletrônicos, que deverão ser protegidos por meio de sistemas de acesso e armazenados em meio que garanta a preservação e integridade dos dados.

Alguns resultados da informatização do processo judicial são perceptíveis, também de acordo com a pesquisa do Sistema de Automação da Justiça (SAJ):

· Uma árvore poupada a cada cento e setenta e dois processos digitais;

· 70% (setenta por cento) de economia em recursos com o processo digital;

· 70% (setenta por cento) de diminuição de espaço físico necessário para instalação de novas unidades judiciárias.

De fato, esse novo panorama mostra que estamos diante de um futuro promissor, com a prestação jurisdicional rápida, eficiente e de qualidade, de forma transparente através dos portais dos Tribunais, democratizando o acesso à Justiça, além de primar pela sustentabilidade, com a diminuição do número de papéis, por exemplo.

E tudo isso já é realidade: o Supremo Tribunal Federal já soma 1.012 advogados cadastrados com certificação digital aptos a peticionarem eletronicamente. Outras pesquisas mostram que o Superior Tribunal de Justiça e o Tribunal Superior do Trabalho, utilizando ferramentas eletrônicas, já conseguem votar em média 500 (quinhentos) processos em uma única sessão. Ainda, o referido STJ deverá se tornar o primeiro tribunal totalmente eletrônico do mundo até o final de março do presente ano, com a digitalização de todos os processos e arquivos físicos.
Portanto, estamos diante de uma quebra de paradigma, transformando séculos de procedimentos burocráticos em ágeis e transparentes trâmites eletrônicos. Esperamos, todavia, que os cidadãos possam reconhecer referidas mudanças e ter mais credibilidade no Poder Judiciário, bem como que os operadores do Direito e demais serventuários da administração pública saibam conciliar a utilização das novas tecnologias com segurança e o tempo nobre necessário que cada processo merece, para que sempre prevaleça a Justiça.

* Rony Vainzof é sócio do Opice Blum Advogados, Vice-Presidente do Conselho Superior da Tecnologia da Informação da Fecomercio e professor de Direito Eletrônico em diversas instituições de ensino.



Informações à Imprensa:

Delegado sustenta hipótese de vingança no caso Caroline Camargo

O delegado Roberto Prata disse que as câmeras de circuito fechado não captaram imagens por que eram apenas de fachada

Ontem pela manhã, a Polícia Civil reuniu a imprensa em entrevista coletiva para esclarecer alguns aspectos sobre a morte da advogada Caroline Camargo e de seus filhos, Marcelo e Vitória Konishi. Os delegados, Roberto Prata, da Delegacia de Homicídios (Decipe), o diretor do Departamento de Polícia da Capital, delegado Ernane Soares, e o diretor do Departamento de Polícia Especializada (DPE), delegado Ronaldo Coelho manifestaram com veemência o interesse de elucidar o caso sobre a chacina da família Camargo. O crime só foi descoberto na manhã desta terça-feira (11) e chocou a sociedade pelo modo cruel empregado pelos assassinos.

Na visão do delegado Ronaldo Coelho, o instinto cruel dos criminosos é visível na forma como foi encontrado o corpo da menina Vitória (Vivi) Konishi, que “teria sido assassinada com mais de 30 facadas”, especulou. Há também informações não oficiais de que ela teria sido degolada depois de ser torturada. Por enquanto, não está descartado o latrocínio, mas a polícia trabalha com várias linhas de investigação. O delegado Roberto Prata afirmou que toda a Polícia Civil (forças operacionais) está engajada na investigação. Ele reduziu o discurso afirmando que todos que tiveram recente contato com as vítimas são suspeitos até que se prove o contrário.

Ronaldo Coelho afirmou que a forma bárbara de execução levanta a suspeita de que os bandidos tenham perdido o controle da situação durante um possível roubo, ou ainda, leva a crer que o caso é mesmo de retaliação. O suposto acidente de trânsito provocado por Marcelo Konishi pode ter ligação com a chacina, mas ainda não há informações concretas. “A complexidade do caso não nos permite desconsiderar qualquer possibilidade”, disse Roberto Prata.

“Lei do Silêncio” prejudica investigações

Por enquanto, o que impera na rua João de Castro Sussuarana, bairro Jardim Equatorial, é a “lei do silêncio”. Autoridades policiais esperam conquistar a confiança dos vinzinhos, que ainda não estão dispostos a ajudar com a investigação. Delegado Prata fez um apelo à comunidade que colabore com denúncias através dos números 9126-4318 e 190. A identidade do denunciante será mantida sob sigilo absoluto. No dia posterior ao crime, um vizinho afirmou que ouviu leves ruídos vindos da casa da advogada, mas não soube identificá-los. O delgado da Homicídios ressaltou que alguns moradores tem atitudes suspeita por não colaborar da forma que espera a polícia. Alguns serão chamados oficialmente a depor.

Corpos serão enterrados em Tijucas (SC)

O corpo de Carol foi o primeiro a ser liberado pela Polícia Técnico-científica (Politec) no começo da tarde de ontem (12) em função de estar em estado menos crítico. O velório iniciou a partir de 14 horas na capela mortuária Santa Rita. Os corpos de Marcelo e Vitória, até o final da tarde ainda não haviam sido liberados para velório e translado para o estado de Santa Catarina, em Tijucas, cidade natal da família, onde os três serão sepultados.

O pai das crianças que mora no Japão deve acompanhar o enterro em Florianópolis. Segundo informações de parentes, além do marido que estava viajando a trabalho, o irmão de Carol também estava com chegada prevista para a madrugada de ontem (12). Carol Camargo nasceu na cidade de Tijucas, em Santa Catarina. No Amapá, se tornou assessora jurídica do Ministério Público e professora universitária. Muito querida pelos amigos, colegas de trabalho, alunos e ex-alunos, ela deixa profunda saudade e o sentimento de revolta pela circunstância cruel de sua morte e dos filhos.

Provas periciais devem acelerar inquérito

Com a liberação dos laudos técnicos, a Polícia Civil está certa de que poderá iniciar uma investigação mais detalhada com base em provas periciais. Indícios como as impressões digitais deixadas na arma do crime, em objetos no interior da casa e no veículo serão fundamentais para o caso. “Peritos estão trabalhando mais rápido possível”, frisou o delegado Prata. Fator inquietante para a polícia é o fato de todas as câmeras de monitoramento estarem desligadas, tornando ainda mais difícil a identificação dos criminosos. Pelo menos duas câmeras, estavam em posições estratégicas no dia do crime. Se estivessem ligadas mudariam todo o curso da investigação e o caso seria elucidado em menor espaço de tempo.

Na cena do crime foram confirmadas duas facas, sendo que uma estava com o cabo quebrado, reforçando a suposição de que ela teria sido usada na menina. Três facas, segundo a polícia, desapareceram da casa. Outra suspeição está relacionada a um possível envolvimento de conhecidos da vítima com o massacre, já que não houve arrombamentos na casa.

A menina Daniele, namorada de Marcelo, grávida de poucos meses, também está sendo ouvida, assim como as pessoas que tiverem contato recente com a família, a exemplo da empregada Mari Pinheiro de Moraes e o padrasto, professor Pedro Rocha, que vem de recente briga conjugal com a vítima. Boatos incluíram também um ex-namorado de Daniele no rol de pessoas que deverão ser alvos da investigação.

Três da mesma família são mortos em chacina na zona Sul




A polícia confirmou que tanto a advogada quanto os dois filhos foram mortos a facadas. O crime ocorreu entre 19 horas de segunda-feira e 7h da manhã de terça


A Polícia Civil investiga a chacina que ocorreu na noite de segunda-feira (10) no bairro Jardim Equatorial. De acordo com o delegado de polícia, Alan Moutinho, todos os rastros do crime levam à hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte). A ação misteriosa dos criminosos deixou três mortos da mesma família, dentre eles uma criança de 11 anos. A polícia acredita que pelo menos duas pessoas tenham executado a chacina entre 19h de segunda-feira e 7 horas da manhã de terça (11).


A cena macabra foi descoberta por uma funcionária da casa ao chegar por volta de 8h30 da manhã de terça. Segundo ela, o imóvel estava com a porta semi-aberta e sem o carro na garagem. Ao entrar, notou forte cheiro e rastros de sangue no caminho para o quarto. Nesse momento, a polícia foi acionada. Policiais militares providenciaram o isolamento da área até chegada da perícia e dos investigadores. Minutos mais tarde, foram confirmados três corpos no quarto com várias lesões de arma branca. Os cadáveres da advogada Caroline Carmargo Rocha Passos, de 32 anos, da filha Vitória Konishi, de 11, e do filho Marcelo Konishi, de 19, estavam no interior do quarto entre roupas e objetos.






Os cômodos da casa, sobretudo o quarto onde os corpos foram encontrados, estavam revirados. Alguns objetos como computadores e acessórios que haviam desaparecido foram encontrados no interior do veículo abandonado a cerca de dois três quilômetros do local do crime. A advogada, Caroline Camargo, estava no chão debruçada com o corpo sobre as pernas. Os outros dois estavam deitados ao lado com o peito para baixo recobertos de sangue. O chão, as paredes e os móveis também ensanguentados mostravam o grau de crueldade com que o crime foi executado.


De acordo com parentes, Carol Camargo era servidora do Ministério Público Estadual (MPE), onde prestou assessoria jurídica por vários anos. Recentemente, ela ministrou um curso referente ao projeto MP Comunitário do Ministério Público, no bairro Brasil Novo. O marido, professor Pedro Rocha, estaria de viagem ao Maranhão, e foi informado por telefone sobre a chacina. O crime espalhou ainda mais pânico pelo bairro Jardim Equatorial, que vive desde a semana passada uma onda de violência. O que mais impressiona a todos é o fato de haver um sistema de segurança na casa com monitoramento 24horas.



**Latrocínio é a principal linha de investigação da polícia


Investigadores da Polícia Civil, policiais militares e peritos tiveram acesso à cena do crime somente pela residência ao lado que também pertencia à vítima. Um tenente do Batalhão de Operações Especiais (Bope) informou que existem dois acessos ao interior do imóvel. A suspeita é de que os criminosos tenham entrado pelos fundos e fugido pela porta da frente no carro que pertencia à advogada.





O Renault Clio, vermelho placa NER 9160, foi encontrado abandonado no Complexo do Araxá por volta de 13 horas, com acessórios de informática e documentos pessoais da vítima. Para o delegado Alan Moutinho o que importa é a motivação dos criminosos que a priori remete ao latrocínio. “Por enquanto não podemos afirmar que se trata de roubo seguido de morte, mas tudo indica que sim. A possibilidade é grande. Estamos ainda trabalhando no caso, mas por uma série de fatores temos quase certeza”, declarou o delegado.



Investigadores tinham dúvidas se um dos cadáveres era mesmo da menina Vitória. O porte físico não condizia com a idade da garota. Só foi possível ter certeza depois que a namorava de Marcelo, Danielle Nascimento, de 20 anos, de quem a polícia suspeitava que fosse o corpo, compareceu ao local. Daniele, que é filha de um tenente da Polícia Militar, costumava dormir todas as noites com o namorado na casa da sogra. Tenente Nascimento disse que na noite anterior a mãe de Daniele havia lhe convidado para passar a noite juntas sem se dar conta de que estaria livrando a filha da atrocidade. Compareceram à cena do crime uma professora de Vitória Konishi, o procurador geral do estado, Iaci Pelaes, delegados, amigos e parentes da família, que fizeram o reconhecimento dos corpos.

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