Administrado por

Macapá, Amapá
DIRETO DA REDAÇÃO, junho de 2008 - ESTA PÁGINA NÃO POSSUI QUALQUER VÍNCULO COM O PROGRAMA ROTA 16 - msn: carloslima-dr@hotmail.com (esteja em contato com o jornalismo responsável)

Três da mesma família são mortos em chacina na zona Sul




A polícia confirmou que tanto a advogada quanto os dois filhos foram mortos a facadas. O crime ocorreu entre 19 horas de segunda-feira e 7h da manhã de terça


A Polícia Civil investiga a chacina que ocorreu na noite de segunda-feira (10) no bairro Jardim Equatorial. De acordo com o delegado de polícia, Alan Moutinho, todos os rastros do crime levam à hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte). A ação misteriosa dos criminosos deixou três mortos da mesma família, dentre eles uma criança de 11 anos. A polícia acredita que pelo menos duas pessoas tenham executado a chacina entre 19h de segunda-feira e 7 horas da manhã de terça (11).


A cena macabra foi descoberta por uma funcionária da casa ao chegar por volta de 8h30 da manhã de terça. Segundo ela, o imóvel estava com a porta semi-aberta e sem o carro na garagem. Ao entrar, notou forte cheiro e rastros de sangue no caminho para o quarto. Nesse momento, a polícia foi acionada. Policiais militares providenciaram o isolamento da área até chegada da perícia e dos investigadores. Minutos mais tarde, foram confirmados três corpos no quarto com várias lesões de arma branca. Os cadáveres da advogada Caroline Carmargo Rocha Passos, de 32 anos, da filha Vitória Konishi, de 11, e do filho Marcelo Konishi, de 19, estavam no interior do quarto entre roupas e objetos.






Os cômodos da casa, sobretudo o quarto onde os corpos foram encontrados, estavam revirados. Alguns objetos como computadores e acessórios que haviam desaparecido foram encontrados no interior do veículo abandonado a cerca de dois três quilômetros do local do crime. A advogada, Caroline Camargo, estava no chão debruçada com o corpo sobre as pernas. Os outros dois estavam deitados ao lado com o peito para baixo recobertos de sangue. O chão, as paredes e os móveis também ensanguentados mostravam o grau de crueldade com que o crime foi executado.


De acordo com parentes, Carol Camargo era servidora do Ministério Público Estadual (MPE), onde prestou assessoria jurídica por vários anos. Recentemente, ela ministrou um curso referente ao projeto MP Comunitário do Ministério Público, no bairro Brasil Novo. O marido, professor Pedro Rocha, estaria de viagem ao Maranhão, e foi informado por telefone sobre a chacina. O crime espalhou ainda mais pânico pelo bairro Jardim Equatorial, que vive desde a semana passada uma onda de violência. O que mais impressiona a todos é o fato de haver um sistema de segurança na casa com monitoramento 24horas.



**Latrocínio é a principal linha de investigação da polícia


Investigadores da Polícia Civil, policiais militares e peritos tiveram acesso à cena do crime somente pela residência ao lado que também pertencia à vítima. Um tenente do Batalhão de Operações Especiais (Bope) informou que existem dois acessos ao interior do imóvel. A suspeita é de que os criminosos tenham entrado pelos fundos e fugido pela porta da frente no carro que pertencia à advogada.





O Renault Clio, vermelho placa NER 9160, foi encontrado abandonado no Complexo do Araxá por volta de 13 horas, com acessórios de informática e documentos pessoais da vítima. Para o delegado Alan Moutinho o que importa é a motivação dos criminosos que a priori remete ao latrocínio. “Por enquanto não podemos afirmar que se trata de roubo seguido de morte, mas tudo indica que sim. A possibilidade é grande. Estamos ainda trabalhando no caso, mas por uma série de fatores temos quase certeza”, declarou o delegado.



Investigadores tinham dúvidas se um dos cadáveres era mesmo da menina Vitória. O porte físico não condizia com a idade da garota. Só foi possível ter certeza depois que a namorava de Marcelo, Danielle Nascimento, de 20 anos, de quem a polícia suspeitava que fosse o corpo, compareceu ao local. Daniele, que é filha de um tenente da Polícia Militar, costumava dormir todas as noites com o namorado na casa da sogra. Tenente Nascimento disse que na noite anterior a mãe de Daniele havia lhe convidado para passar a noite juntas sem se dar conta de que estaria livrando a filha da atrocidade. Compareceram à cena do crime uma professora de Vitória Konishi, o procurador geral do estado, Iaci Pelaes, delegados, amigos e parentes da família, que fizeram o reconhecimento dos corpos.

Visitante de nº