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Macapá, Amapá
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Igarapé das Mulheres

Ao redor de cada barco atracado no Igarapé das Mulheres, a visão se compara a de um lixão. Os cenários que mesclam sujeira, mau cheiro e miséria são bem semelhantes. O Igarapé das Mulheres exibe uma parte do maior rio do mundo, cheio de entulhos, que nenhum turista gostaria de ver. Sacos plásticos, latas, restos de comida, animais mortos, carcaças de navios. Tudo isso também é palco do lazer de crianças e jovens, que encontram, no cortiço, o que parece ser a única forma de diversão acessível: feliz banho feliz nas águas podres de lá.

Barqueiros são taxados como ‘sujões do Amazonas’

Macapá é provida de um local onde se faz embarque, desembarque e venda de variadas mercadoria e produtos. É por lá que os lícitos e ilícitos costumeiramente entram no Estado. As mercadorias geralmente vêm de localidades adjacentes ao Amapá, ilhas que nem se quer podem ser encontradas no mapa, segundo os próprios barqueiros. Os fazendeiros dessas pequenas ilhas do Estado do Pará costumam comercializar seus produtos naquela orla ‘negra’ de Macapá. Essa orla é historicamente e carinhosamente chamada de Igarapé das Mulheres. É lá que também mora, há muito tempo, um dos maiores problemas que o poder público amapaense está habituado a não enxergar. Comerciantes garantem que vez em quando, aparece alguém para falar de lixo ou meio ambiente. Mas as opiniões convergem na idéia de que essas tímidas campanhas de educação ambiental não têm qualquer efeito sobre os ‘porcalhões’ do IM. E a reportagem verificou ainda que a ausência de poder nesses casos também induz ao seguinte pensamento: “não se pode punir sem antes dizer que isso é crime”. Há quem aponte os barqueiros como os maiores ‘sujões do Amazonas’.

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