Ontem (17) pela manhã, uma fonte ligada ao Ministério Público Estadual, que prefere não aparecer, reforçou a tese da chacina da família Camargo ter ocorrido por motivos passionais. Wellington Raad Costa, 18 anos, descrito por amigos como uma pessoa doce e sem maldades, teria conhecido Caroline Camargo, na Procuradoria Geral do Estado há alguns anos quando era estagiário de ensino médio na Promotoria da Infância e Juventude. A relação dos dois passou a se estreitar com o passar do tempo. Quando Carol passou a fazer parte do MP, Wellington já era estagiário e entregava muitos documentos no local de trabalho de Carol. "Foi como os dois se conheceram", disse a fonte.
Muito surpreende o fato do jovem amigo, companheiro e educado ter cometido tamanha atrocidade sem motivo aparente. Na época que os dois se conheceram, Caroline já era casada com o professor universitário Pedro Rocha, e mesmo assim permitiu que o jovem frequentasse a sua casa e estabelecesse relação de amizade com seus dois filhos: Marcelo Konishi e Vitória Konishi. Poucos dias antes do crime, o casal Caroline e Pedro havia passado por turbulência no relacionamento que levaram à separação. Ninguém sabe exatamente o motivo. Carol demonstrou a partir daí certo desânimo no ambiente de trabalho, mas sempre manteve postura profissional. Ela chegou a comentar com colegas sobre seus desentendimentos com o marido, mas sem expor os motivos.
Após a chacina, outra informação chocou a sociedade amapaense. Carol teria um caso com o jovem Wellington, que seria o pivô de suas brigas com o marido. Segundo funcionários do MP, a advogada dias antes do crime, havia voltado a demonstrar alegria por ter retomado seu relacionamento com o Pedro. Nesse momento o crime brutal acontece, e a reboque surge também a hipótese de crime passional. Mensagem na página de relacionamento “Orkut”, na internet, “Vivi Konishi” (Vitória) escreveu mensagem intrigante, que reforça ainda mais a tese.
A pergunta que intriga até a polícia: o que levou um jovem de boa índole a praticar tamanha barbárie. Por incrível que possa parecer, amigos de Wellington os descrevem como um adolescente amigo, companheiro, gente boa. A polícia ainda quer saber os motivos e a dinâmica do crime, mas Wellington ainda persiste na sua possível estratégia de defesa: “Não me lembro!”. No MP, ele era um rapaz esforçado, estagiário de nível médio com e simples função de entregar documentos à procuradoria onde Caroline trabalhava, mas com o passar do tempo se tornou intimo da família a ponto de cometer uma chacina. O jovem ex-estagiário do Ministério Público seria realmente uma pessoa tranquila?
Na última segunda-feira (17), veículos de imprensa divulgaram em caráter extraordinário a morte por suicídio do réu confesso. O boato era de que ele teria se enforcado na cela do complexo penitenciário do bairro Novo Horizonte, onde vem sendo mantido desde o último sábado (15). A Polícia Civil está investigando o caso, pois teria alguém jogado uma corda para o interior da cela. Amigos e familiares choraram em vão.
Wellington foi criado com o ex-jogador Aldo do Espírito Santo desde os três meses de vida. Segundo amigos, Wellington não era homossexual, assim como não tinha envolvimento amoroso com Caroline Camargo ou seu filho Marcelo. A polícia na pessoa do delegado Celso Pacheco não confirmou a informação especulada anteriormente em mídia impressa sobre crime passional, por envolvimento com Caroline, mas quem pode ter certeza se as únicas pessoas que podem dizer que SIM ou que NÂO são: Carol e Wellington?