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Macapá, Amapá
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Embate Político

A reunião extraordinária da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, às 15 horas, corre o risco de virar um embate político entre senadores . De um lado estão os que defendem a política adotada pelo governo brasileiro de proteção ao presidente deposto por golpe militar em Honduras, Manuel Zelaya, e de outro os que criticam a forma como tem ocorrido esta proteção na embaixada. O chanceler brasileiro, Celso Amorim, confirmou participação na reunião para prestar esclarecimentos sobre o caso.

Diploma de Jornalista. Audiência Será na Quinta (1º)

Audiência será realizada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal para discutir a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece que o exercício da profissão de jornalista é privativo do portador de diploma de curso superior de Comunicação, habilitação em Jornalismo. A audiência será realizada amanhã (1ª) no Senado Federal, em Brasília.
A proposta foi apresentada depois que o Supremo Tribunal Federal (STF), em 17 de junho último, decidiu, por maioria de votos, que é inconstitucional a exigência do diploma de jornalismo e registro profissional no Ministério do Trabalho e Emprego como condição para o exercício da profissão de jornalista.

Mercado Jovem: Traficantes agem dentro de escola pública


Há duas semanas, a PF foi informada de que uma quadrilha composta por menores de idade vendia drogas dentro do colégio Amapaense.

Há alguns meses, a tradicionalidade de uma das principais escolas públicas de Macapá vem dando lugar aos atos de vandalismo e ao consumo de substâncias entorpecentes. Embora situado em pleno centro da cidade, o Colégio Amapaense tem fornecido um novo mercado consumidor, muito mais jovem e saudável, para a indústria do mal. Uma estudante de 17 anos foi expulsa depois de ser flagrada com maconha dentro da sala. A ousadia dos traficantes mudou a rotina de alunos e funcionários dessa escola. A diretoria teve que tomar medidas extremas para evitar a entrada de traficantes em suas dependências.
Há pouco mais de duas semanas, a Polícia Federal foi informada de que uma quadrilha comercializava substância entorpecente dentro da escola. Eles usavam o uniforme da instituição para ter acesso livre pelos corredores. O diretor informou, ainda, que a estrutura física do prédio vem sendo depredado por alunos classificados, por ele, como vândalos. Em uma semana, todos os interruptores do 2º e 3º andar foram sacados da parede e uma grade de ferro foi retorcida.
Em posse da droga
A estudante confessou ter comprado a droga de um garoto de 14 anos, estudante de uma escola púbica no Curiaú. A informação foi confirmada pelo diretor do Colégio Amapaense, Haroldo Freitas, na manhã de ontem com exclusividade a esta reportagem. Para inibir o consumo e a venda de drogas nos arredores e no interior do colégio, ele decidiu proibir a entrada do educando após o horário pré-estabelecido por turno. Ele justificou a medida, dizendo que o tumulto que se formava na frente da escola facilitava a passagem da droga.
De acordo com o diretor, suspeita-se que um reparador de carros seja o dono do produto ilícito. “Existe um homem que vem todos os dias e fica na frente da escola em atitude muito suspeita, e o garoto de 14 anos serve de avião, veste o uniforme da escola para ter livre acesso. Nós achávamos que isso nunca chegaria às escolas, mas acabou chegando. As Polícias, Federal e Militar, já estão cientes do problema e a escola está sob investigação, inclusive, com rondas constantes da PM”, disse Haroldo Freitas.
A medida administrativa
A partir da descoberta da droga e expulsão de uma estudante, os alunos não podem ter acesso à escola a partir de 07h45 no turno da manhã, 13h45 no turno da tarde e 20h30 no turno da noite. Segundo Freitas, muitos pais procuraram a direção a fim de reclamar sobre a medida adotada, mas sem saber da real situação vivida. “Nós adotamos isso para proteger nossos alunos e não prejudicá-los. Para os estudantes da noite, nós decidimos dar um tempo a mais, pois se trata de um turno diferenciado. A maioria deles trabalha durante o dia, e geralmente o patrão não deixa sair mais cedo, por isso, aplicou-se a medida de forma menos severa”, disse Haroldo.
Há cerca de três semanas, uma funcionária que controla a entrada dos alunos presenciou um adolescente fazendo a movimentação de entorpecentes da praça da bandeira até o muro da escola. Segundo ela, o meliante fez ameaças com gestos, caso o delatasse a alguém. Outro funcionário, que pediu para não ser identificado, disse que flagrou uma pessoa estranha dentro da escola com um papelote de substância. Ele chegou a retirar a droga do garoto, mas não conseguiu segurá-lo, em seguida o produto foi entregue à polícia.
“A descoberta foi feita há três semanas”, disse o diretor, “mas acredito que ocorria há bastante tempo. Não é de hoje que notamos o movimento de pessoas estranhas em atitudes suspeitas em torno do colégio, mas nunca achamos que fosse droga”, declarou.
Vandalismo
“A situação do Colégio Amapaense é muito mais complicada”, frisou Haroldo. “Como se não bastasse esse problema com droga, alguns vândalos, que eu prefiro nem chamar de alunos, estão depredando a estrutura elétrica do colégio. Eles começaram apagando as luzes de todo o prédio. Decidimos, então, colocar uma grade de ferro na caixa de disjuntores, mas eles forçaram até conseguir dobrar e desligar a energia do prédio”, ressaltou o educador, acrescentando que todos os interruptores do 2º e 3º andares foram arrancados das paredes. “Pela forma como o material foi sacado, pode ser que eles tenham usado facas ou qualquer objeto semelhante”, finalizou.
Arma de fogo na escola
Em Abril, a polícia apreendeu um garoto de 17 anos, residente no bairro do Congós, conhecido como Fofão. Ele foi denunciado pelos próprios alunos depois de ser visto portando um revólver calibre 32 dentro da sala de aula do Colégio Amapaense. A arma estava guardada dentro de uma mochila no momento da apreensão. Em alguns momentos Jeferson chegou a exibir o revólver para outros colegas de turma inclusive fazendo ameaças. Quem fez a denuncia foi um dos estudantes, que teria sido ameaçado por ele.
O menor disse à polícia que achou o revólver e só queria vendê-lo, e não tinha a intenção de cometer crime. Na ocasião, um policial afirmou que no caso de um “Pente Fino” em Escolas Públicas, muitos ilícitos viriam à tona, inclusive droga. A tese sustentou-se a partir dos últimos acontecimentos no Colégio Amapaense.

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