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Macapá, Amapá
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Hospital Alberto Lima: Polícia desmonta esquema de desvio de medicamentos


A quadrilha tinha todo um esquema montado para desviar e vender os medicamentos e agia a cerca de quatro meses.

O Núcleo de Operações e Inteligência da Polícia Civil do Amapá (NOI), em conjunto com a Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), prendeu na manhã de ontem (18) quatro pessoas acusadas de desviar e comercializar medicamentos do Hospital de especialidades Alberto Lima. Dentre os quatro acusados está um funcionário de serviços gerais e um chaveiro, que prestaram depoimentos e foram liberados. Outros dois foram autuados em flagrante pelo crime de Peculato e Formação de Quadrilha (Art. 312 e 288) e foram encaminhados ao Instituto de Administração Penitenciária do Estado (Iapen). Eles podem ser condenados a 12 anos de prisão.

Para os delegados responsáveis pelas investigações, a forma com que a quadrilha agia levanta, ainda, a suspeita de haver alguma ligação do grupo com furtos de equipamentos ocorridos no hospital em 2008 e em 2009. O funcionário Heveraldo Martins Nunes era quem cedia as chaves de acesso ao depósito para os demais comparsas. Alex França de Almeida e o Francisco Ivo Portela, encarregados pela distribuição, foram encaminhados ao Iapen por terem sido presos em flagrante ao realizar novo furto e tentar entregar os medicamentos em uma clínica no bairro do Trem. Segundo o delegado Ernane Soares, Titular do Núcleo de Operações e Inteligências (NOI), a quadrilha vinha sendo investigada a há cerca de um mês juntamente com seus receptadores. O delegado afirma que todos aqueles que faziam a receptação também irão responder a processo criminal.

A Polícia Civil informou que uma clínica e duas farmácias de Macapá compravam os remédios a preços muito abaixo do valor de marcado. Ernane declarou, ainda, que as duas farmácias sofreram, recentemente, intervenções da Polícia Federal na “Operação Tolerância Zero” de combate ao contrabando de remédios falsificados, que resultou na apreensão de duas toneladas de medicamentos falsificados. “Os responsáveis pela clínica localizada na Rua Leopoldo Machado, assim como, os responsáveis pelas farmácias serão chamados e indiciados”, frisou o delegado.

As investigações concluíram que os medicamentos eram desviados sempre fora do horário de expediente e nos finais de semana. A maior parte dos remédios foi apreendida em residências dos envolvidos, farmácias e em uma clínica. Sidney Leite afirmou que o valor total dos produtos é inestimável, já que o bando vinha executando o esquema há cerca de quatro meses. “Ontem, eles pegaram os remédios e foram vender em uma clínica que fica próxima do Macapá Shopping Center, e nesse momento foi feita a abordagem. Havia grande variedade de remédios, inclusive material de Raio X, remédios para diabete, agulhas, catéter e muitos outros”, declarou Leite.

Até a manhã de ontem, Francisco Ivo, Alex Almeida, Cláudio Henrique e Heveraldo Martins ainda estavam sob custódia da Polícia Civil na delegacia geral, Avenida Jovino Dinoá, bairro Central da Cidade. Pela parte da tarde, dois deles foram encaminhados à penitenciária e os demais foram liberados, mas podem ter prisão decretada a qualquer momento.

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