O Batalhão de Operações Especiais (Bope), em conjunto com Serviço Reservado de Inteligência da Polícia Militar e a Promotoria de Investigações Cíveis e Criminais (Picc) deflagrou, na manhã de quinta-feira (19), uma operação que resultou na prisão de dois traficantes que faziam distribuição de entorpecentes na cidade de Macapá. Quase quatro quilos de pedras de crack foram apreendidos, assim como, um colete balístico de uso restrito, supostamente furtado, balança de precisão, dezenas de celulares, documentos de terceiros, jóias e grande quantia em dinheiro.

De acordo com o major Rodney, comandante do Bope, os dois traficantes agiam em locais diferentes, mas trabalhavam em conjunto. Na manhã de quinta-feira, a operação iniciou depois que o Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciodes) recebeu uma denúncia anônima contra Wagner Batista Melônio, de 26 anos, que estaria transportando substância ilícita em um taxi Branco. Horas depois, equipes da Companhia de Rondas Táticas do Bope (Rotam), com apoio de outras unidades da Polícia Militar, localizaram o carro no estacionamento de um apartamento na avenida, Pedro Lazarino, bairro Buritizal.

Homens do Serviço Reservado de Inteligência entraram em cena e montaram campana por 12 horas até que outro suspeito se aproximou do veículo. O taxista, Elciney Santana Vales, 30 anos, escondia nos sapatos algumas porções de substância entorpecente e a chave de um dos apartamentos. Ao efetuar a busca dentro do imóvel, a polícia encontrou mais de 2 quilos e meio do mesmo material e prendeu o taxista em flagrante.

Em ato contínuo, equipes da Rotam se deslocaram ao bairro Infraero II, onde estaria o Wagner Batista Melônio. Com informações do infrator, Elciney, e de policiais a paisana, o Bope conseguiu chegar até a casa do Wagner e prendê-lo também em flagrante por estar em posse de aproximadamente 1 quilo de pedra de Crack em seu veículo, além de vários outros materiais de origem duvidosa. Os dois foram conduzidos ao Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) do Congós, por volta de 1 hora da madrugada e foram enquadrados no artigo 33, da lei antidrogas.

A Polícia acha que os locais (apartamento no Buritizal e a casa do Wagner no Infraero) serviam como ponto de distribuição da droga para demais traficantes e aviões. Segundo informações do Bope, o Wagner Melônio, já havia sido denunciado antes pelo mesmo crime, ocasião em que foi preso em uma operação da Polícia Federal no final de 2008. Ainda de acordo com o major Rodney, Wagner agia em Macapá há bastante tempo, utilizando um estabelecimento comercial para lavagem de dinheiro e comercialização da droga. Os dois já estão no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) desde a manhã de ontem. O major enfatizou sobre a importância da contribuição da população para o trabalho da Polícia Militar. “A gente costuma dizer que a Polícia não tem bola de cristal. Denúncias como essa são comuns. Há bastante tempo a população tem auxiliado e ajudado a prender esses infratores”, finalizou.