Garoto de 7 anos morre afogado em poço amazonas
Breno Pereira da Silva sofreu várias lesões, mas o laudo necroscópico atestou a morte por afogamento
Com a chegada das férias escolares, as crianças costumam passar mais tempo em casa enquanto os pais trabalham fora. Os acidentes domésticos e fatalidades como afogamentos e queimaduras ocorrem, na maioria dos casos, dessa maneira, no momento em que não há adultos por perto. Quando existe uma piscina ou um riacho próximo da residência, o perigo de acidentes é ainda maior e o cuidado deve ser redobrado. Segundo o Corpo de Bombeiros, crianças devem ser estimuladas a assumir responsabilidade por sua própria segurança e compreender os perigos de entrar em águas perigosas. Em Calçoene, foi registrada a primeira morte por afogamento em 2010.
No mês de dezembro, duas crianças morreram em escavações de uma fábrica de tijolos no bairro Paraíso em Santana. Na última quinta-feira (7), uma criança de 7 anos se afogou e morreu a cair dentro de um poço amazonas no município de Calçoene. Breno Pereira da Silva sofreu várias lesões pelo corpo, mas o laudo necroscópico feito pela Polícia-técnico Científica (Politec) de Macapá apontou a morte por afogamento.
Em 2009, foram registrados 63 óbitos por afogamento, 12 na capital Macapá. Breno é a primeira vítima fatal em 2010 no Estado. Segundo informações de Calçoene, a polícia já afirmou que o empresário dono da área onde ocorreu a tragédia será chamado para prestar esclarecimentos e pode responder por crime de homicídio culposo (sem intenção de matar), já que o poço amazonas estava destampado e oferecendo perigo. O corpo do pequeno Breno foi resgatado quase duas horas depois do seu desaparecimento pela equipe de Salvamento da Companhia daquele município. Ele já não apresentava sinais vitais.
Há menos de um mês, Willian Monteiro da Silva, de 9 anos, e sua irmã Karla Monteiro da Silva, de 10 anos, foram resgatados mortos de um lago artificial na área conhecida como Fábrica Olaria em Santana. De acordo com moradores, cinco crianças já morreram afogadas neste mesmo local. Até agora, nenhuma providência foi tomada a respeito do descaso. As duas últimas mortes deixaram os moradores do bairro Paraíso ainda mais revoltados. O caso segue a vista grossa.
Segundo o Instituto Brasileiro de geografia e Estatística (IBGE), afogamento é a segunda causa de morte entre crianças de 1 a 14 anos no Brasil, perdendo somente para os acidentes de trânsito. O Corpo de Bombeiros alerta que os riscos não são apenas para quem tem piscina em casa ou está passando férias em balneários. As crianças menores de 2 anos também podem se afogar na banheira, no vaso sanitário, em cisternas ou mesmo num balde cheio d’água. Para isso, o cuidado deve ser permanente.
