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Macapá, Amapá
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Delegacia de Entorpecentes: Preso traficante que abastecia Cidade Nova e Perpétuo Socorro

Segundo o delegado Sidney Leite, titular da DTE, o traficante recebia a droga em estado bruto, beneficiava e distribuía aos boqueiros.

Agentes da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) prenderam, no final da tarde de quinta-feira (15), o traficante, Francisco Monteiro de Araújo, de 49 anos. Segundo o delegado, Sidney Leite, titular da especializada, esse indivíduos é quem preparava a droga e distribuía por vários pontos de venda espalhados pelos bairros Cidade Nova I, II e Perpétuo Socorro. Na casa dele, havia quase 1kg de pasta à base de cocaína que estavam em pleno processo de arqueamento (preparo para a venda). Ele deve responder pelo crime de tráfico e preparo da substância (artigos 33 e 34 da lei de drogas, respectivamente).
Além de meio kg da droga beneficiada, a polícia apreendeu, ainda, materiais como Barrilha (químico utilizado para limpar piscinas), Solução de bateria, sacos plásticos, balança de precisão e roupas para a secagem do produto. De acordo com informações da DTE, o traficante já tem passagem pela penitenciária pelo mesmo delito, foi condenado e cumpriu três anos no regime fechado, depois foi solto e retornou para o mundo do crime. Em 2008, a Polícia Civil cumpriu outro mandado de busca e apreensão na residência dele, mas não conseguiu prendê-lo. Nessa ocasião, nenhum material ilícito foi localizado. Desde então, a Delegacia de Entorpecentes vem acompanhando toda a movimentação do infrator. Nos últimos 30 dias, após um período de qualificação, os agentes intensificaram as investigações até elucidar o caso.
A droga era beneficiada em uma casa na rua Ariosvaldo Coelho de Caxias, Cidade Nova I. Estima-se que o material apreendido renderia em torno de R$ 1.200, 00 para o criminoso. Metade da substância entorpecente foi atirada ao ‘lago’ pelo traficante no momento da batida policial. A polícia acha que aproximadamente 400 gramas da pasta se dissolveram em área de ressaca. As investigações concluíram que Francisco recebia a droga em seu estado bruto, fazia o arqueamento, embalagem e também distribuía em porções soltas aos boqueiros.
Dando lugar ao crack
Nos últimos anos, a ‘Merla’ vem substituída pelo crack. Delegado afirmou que traficantes estão preferindo trabalhar com o crack por se tratar de um processo de preparo menos trabalhoso. “Para fazer a Merla, é necessário que se tenha o mínimo de conhecimento sobre a mistura da substância bruta com a barrilha e a solução de bateria. Caso contrário, pode-se perder o material que tem alto custo para o traficante. Dependendo o lugar, ele pode adquirir 100 gramas por aproximadamente R$ 1.000,00, 1kg por cerca de 20 mil. Já o crack tem um processo mais simplificado, não sendo necessário o trabalho do “Químico”, função que exercia o Francisco. Basta cozinhar a pedra bruta de cocaína que ela vira crack. O custo é muito menor e o trabalho é mais simples”, explicou Sidney.
Continuidade
Francisco, vulgo “Chicão”, passou a noite na cela do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) do Pacoval seguiu na manhã para o Instituto de Administração Penitenciária do Estado (Iapen). Sidney Leite promete dar continuidade as investigações que estão em curso. A intenção é fechar outros pontos de venda de droga em Macapá e mandar mais traficantes para a cadeia. Para isso, ele fez uma qualificação de combate à lavagem de dinheiro fora do Estado e pretende derrubar mini-box e outros empreendimentos de fachada que funcionam como bocas de fumo.

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