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Macapá, Amapá
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Escuridão favorece consumo de drogas no Parque do Forte

Segundo a polícia, a escuridão é um fator crucial que pode estar favorecendo a ação dos bandidos no Parque do Forte

Alguns pontos turísticos da cidade de Macapá estão sendo ameaçados pelo aumento da criminalidade. O “Lugar Bonito” é exemplo disso. Desde o ano passado, a Polícia Militar vem tentando combater o consumo e tráfico de entorpecentes e os conflitos entre gangues rivais. Alguns pontos em especial como o Jardim de Inverno criado em uma das laterais da Fortaleza de São José de Macapá reúne todas as condições que favorecem o uso da maconha e outras drogas. A maior consequência de tudo isso é a sensação de insegurança das famílias que frequentam o local.

Incentivar o turismo e a cultura do Amapá. Essa foi uma das propostas apresentadas pelo governo com a conclusão de um dos mais audaciosos projetos paisagísticos. Quase 4 anos após a inauguração, o Parque do Forte, que foi carinhosamente batizado como “Lugar Bonito”, agora serve como ponto de devassidão e delinquência. Aspectos peculiares dificultam a ação da polícia e agravam o problema. Mesmo com o trabalho ostensivo da Polícia Militar do 6º Batalhão, é quase impossível impedir a ação oportunista dos usuários e até de traficantes.

Segundo a polícia, a escuridão é um dos fatores cruciais que pode estar favorecendo a ação dos bandidos no Parque do Forte. Uma das consequências disso é a sensação de insegurança que acaba afastando muitas famílias. O parque compreende uma área de aproximadamente 120 mil metros quadrados em torno da Fortaleza de São José. Para a o comando da PM, a extensão é outro aspecto que dificulta a repressão aos atos ilegais. Para o coronel, Edilelson, comandante do 6º batalhão, a PM busca intensificar o policiamento de quinta a domingo, que são os dias de pico, mas o esforço não supre a necessidade de inibir algumas práticas como o consumo de drogas. “A Polícia tenta controlar, mas a questão “iluminação” não contribui com o trabalho ostensivo”, disse o oficial.

Em 2009, o Parque do Forte apresentou altos índices de ocorrências relacionadas a rixas entre gangues. Recentes denúncias sobre a presença de pessoas armadas no logradouro chamaram a atenção da polícia novamente. Reclamações sobre arrombamentos de veículos também têm sido constantes em toda a extensão da orla. Algumas prisões e apreensões de droga foram feitas no ano passado, disse o coronel, frisando que faltam policiais para reforçar na fiscalização. “Mesmo com a necessidade de efetivo, estamos aplicando policiamento regular no parque. Todos os dias, uma viatura fica designada exclusivamente para aquela área com apoios em dias de maior movimento. A presença da polícia tem inibido os crimes de roubo, mas o consumo de substâncias ilícitas é difícil de combater por se tratar de uma área muito extensa e com baixa iluminação”, disse enfático.

Cerca de duas mil pessoas visitam de forma rotativa a área em torno da fortaleza em dias de grande movimento. A captura de alguns delinquentes foi possível somente após uma operação especial realizada pela PM, em 2009. “Nós encontramos certa dificuldade em combater o ilícito, pois com a aproximação da viatura, eles passavam para outro local e escondiam a droga. Tivemos que montar toda uma operação, inclusive com gravações de vídeo para chegar aos infratores”, esclarece o comandante. O funcionário público, Mauro de Souza, 42 anos, chega a pensar que todo o investimento do Governo do Estado não valeu a pena. “Se continuar dessa forma será mais um lugar esquecido, porque as pessoas não vão querer mais frequentar e muitos pais não deixarão que seus filhos frequentem”, alerta.

Atletas do futsal promovem tumulto e confusão na sede do Macapá Clube


Um dos motivos que gerou o protesto foi a prisão do técnico do time, Wilson Oliveira, mais conhecido como “Wilsinho”

Pelo menos dez jogadoras do time de futsal do Macapá Esporte Clube causaram tumulto e confusão na sede provisória do clube na avenida Procópio Rola, no Centro. A Polícia Militar teve que intervir, mas ninguém foi preso. De acordo com dirigentes, o protesto foi nervoso e agressivo à pessoa do presidente, Wilson Sena. Algumas atletas desferiram acusações e ofensas diretas a ele em razão da prisão do filho Wilson Oliveira, conhecido por “Wilsinho”, que é marido de uma das jogadoras e técnico do time. Ele foi acusado de planejar um assalto ao próprio pai na semana passada e está preso.

O Conselho de Representantes do Macapá convocou assembleia extraordinária, após este fato, e decidiu que o clube não deve participar de qualquer atividade esportiva local ou campeonatos nacionais. Conforme declarou um dos dirigentes, a decisão foi tomada mediante os acontecimentos que levaram o nome do Macapá às páginas policiais de jornais e telejornais. A jogadora, Débora das Neves, esposa de Wilsinho, foi quem liderou a confusão e disse ter sido ameaçada de morte com arma fogo pelo presidente. Jonhy Sena, filho do presidente, que esteve presente no momento da confusão, desmente a acusação e diz que tudo não passa de armação para desmoralizar o pai.

Débora disse à polícia que tentou conversar amigavelmente com Sena (pai), mas foi mal recebida. A polícia, com autorização do clube, fez buscas nas dependências e nos veículos estacionados à frente, e não localizou nenhuma arma de fogo. Segundo as atletas, o time representaria o Amapá no campeonato Master de Futsal em Piauí. A viagem está marcada para o dia 8 do próximo mês, mas para isso seria necessária a autorização e apoio financeiro do clube. O mesmo filho de Sena afirmou, ainda, que a indisponibilidade de verba também levou à decisão do conselho de privar o clube de todos os campeonatos. Ele frisou que a atleta Débora está sendo investigada pela Polícia Civil por suposto envolvimento com o roubo planejado pelo marido Wilsinho.


O presidente do clube foi vítima de um assalto na manhã do último dia 19 dentro da sede. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) conseguiu interceptar os assaltantes no bairro São Lázaro em rota de fuga. O empresário ficou surpreso ao descobri que um dos assaltantes era seu filho, Wilson Oliveira dos Santos, de 28 anos, mais conhecido por “Wilsinho”. Com eles foram encontrados R$ 5, 500 em dinheiro e talões de cheque da vítima. Wilsinho estava dirigindo um veículo da fuga no momento do assalto e durante a prisão. O comparsa Diego dos Santos Paraense, de 20 anos, foi quem coagiu a vítima e roubou quase R$ 6 mil. Ambos estão no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).

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