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Macapá, Amapá
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Mãe joga bebê de oito meses em lixeira no São Lázaro

Um policial afirmou que a criança nasceu com todo o corpo perfeitamente formado e pode ter morrido por asfixia. A mãe pode responder por infanticídio

Uma moradora do São Lázaro teve uma surpresa ontem (19) pela manhã ao encontrar o corpo de um bebê recém-nascido na lixeira de uma vila na rua José Lino dos Santos. A criança nascida com aproximadamente oito meses estava dentro de uma sacola preta junto com o lixo doméstico e material de higiene. Segundo a polícia, o bebê pode ter sido abandonado ainda vivo no local. Por enquanto, a suspeita recai sobre uma estudante de 21 anos, que está desaparecida. Um inquérito policial será instaurado para apurar possível infanticídio.

Policiais ainda não têm certeza se o feto foi deixado com vida na lixeira e se havia sinais de violência no corpo. Alguns moradores disseram que a mãe esteve no local durante a manhã, mas teria fugido ao ver a situação se agravar. Até o final da tarde de ontem (19), a polícia não havia localizado a infratora identificada como Lucineide Tolosa. Em poucas horas, a polícia de homicídios levantaram uma hipótese com base em indícios encontrados no quarto da jovem e depoimentos de vizinhos.

Rosania Maciel Tolosa, de 45 anos, mãe desta jovem, disse que a filha não estava grávida e teria passado a noite dormindo em sua companhia. Rosania também relatou que ouviu gritos e choro de mulher durante a madrugada em frente à vila. Em seguida, ela teria avistado dois homens correndo. Esta versão apresentada por Rosania não convenceu a Polícia Civil que está à procura de Lucineide para que seja submetida a exames na Politec. Um policial afirmou que a criança nasceu com todo o corpo perfeitamente formado e pode ter morrido por asfixia. Se capturada e comprovada a maternidade, a estudante pode ser indiciada por infanticídio ou crime de aborto, dependendo do laudo pericial.

A proprietária da vila foi quem achou o corpo por volta das 8h30. Ela afirmou que havia cachorros e urubus tentando revirar a sacola. Ao se aproximar sentiu odor “estranho” e bastou ver uma das pernas da criança para acionar a Polícia Militar. Uma guarnição do 2º Batalhão chegou ao local e providenciou o isolamento da área até final dos trabalhos de investigação e remoção do feto. A Polícia Técnico-científica (Politec) também periciou o quarto onde a suposta mãe da criança morava e o banheiro coletivo da vila, onde moradores encontraram grande quantidade de sangue.

Peritos encontraram próximo à janela do quarto da suspeita vestígios semelhantes aos que foram encontrados na sacola com o corpo do bebê. Um material semelhante a uma placenta foi encontrado no quintal da casa ao lado e também será periciado. O feto foi levado para o Departamento Médico Legal (DML) para conclusão de exames e necropsia.
Abortos e Infanticídio

Existem dois tipos de aborto: espontâneos e provocados. Os abortos espontâneos são aqueles que devido à causas muito variadas de natureza biológica implicam na involuntária interrupção da gravidez, o que em geral acontece nos primeiros 3 meses de gestação. Os abortos provocados, como a própria palavra se refere, é aquele onde a gravidez é interrompida de forma intencional, utilizando-se para tal, diversos meios como instrumentos metálicos, sucção ou aspiração do útero e ingestão de substâncias químicas. Aborto não pode ser confundido com o infanticídio. Neste caso, trata-se da morte de um ser já formado após o seu nascimento.

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