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Macapá, Amapá
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Jornal Tipiti segunda edição

Lixo Hospitalar é o tema principal da 2ª edição do jornal Tipiti projetado e desenvolvido por acadêmicos de Jornalismo da Faculdade Seama sob a coordenação da professora, Kelly Tork.

A Edição estará disponível ao público provavelmente no início das aulas em 2010.

O projeto é desenvolvido pelos acadêmicos: Walber Trindade, Ellen Moura, Layza Pereira e colaboração minha, Carlos Lima, na diagramação.

Afogamentos em Santana: Peripécias no Lago Olaria terminam em tragédia. Duas crianças morreram.


As crateras estão dentro de uma área onde se fabrica tijolos no bairro Paraíso em Santana. Segundo moradores, cinco crianças já morreram no local.
Os irmãos Willian Monteiro da Silva, 9 anos, e Karla Monteiro da Silva, 10, morreram na tarde da última quinta-feira (17) por volta de 15 horas. O trágico acidente ocorreu em uma das escavações existentes na área onde, há mais de dez, anos funciona a fábrica de tijolos Olaria no município de Santana. O Lago artificial é resultado da retirada de argila, matéria prima para a fabricação do produto, e ocorrência de chuvas. O lugar é conhecido como “Lago da Olaria” e de acordo com moradores, cinco crianças já morreram afogadas em menos de três anos neste local. Esse último fato aumentou a revolta dos moradores do bairro Paraíso, em Santana.

Os corpos de Willian e Karla foram retirados da água cerca de uma hora depois do desaparecimento pela equipe de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros/5ª companhia. De acordo com relatório da equipe de paramédicos, foram feitas várias tentativas de reanimação cardiorrespiratória, que não surtiram efeito. A ambulância foi acionada antes mesmo da localização dos corpos. Conforme disse o tenente Marques, responsável pela operação, a equipe não teve dificuldade para encontrar as crianças, mas ambos não apresentavam sinais vitais.
O resgate dos corpos
Conforme relatado no boletim de ocorrência do Corpo de Bombeiros, Willian e Karla estavam com as pupilas dilatadas e abdômen rígido por consequências do afogamento, não sendo possível reanimá-los. Segundo informações da 9ª companhia, que também atuou no resgate, o lago media entorno de 4 metros de profundidade. O primeiro corpo foi retirado da água cerca de 10 minutos após os primeiros mergulhos. Karla foi a última a ser encontrada, por volta de 15h30. Ela também não apresentava sinais vitais. Em seguida, eles foram levados ao Hospital de Emergência de Santana (HES) onde aguardaram o procedimento de praxe. Os corpos foram encaminhados para o Departamento Médico Legal (DML) em Macapá para realização de exame necroscópico. Algumas horas depois foram confirmadas as mortes por afogamento.

Garoto de 12 anos salva amiga da morte

“Puxei ela pelos cabelos, quando vi que ela estava afundando”. Um garoto de 12 anos identificado como Walace disse ao Corpo de Bombeiros que nenhuma das crianças conhecia o local do acidente. Segundo ele, a situação foi muito rápida e só teve tempo de salvar um dos amigos, a menina de 11 anos identificada como Camila. Ao todo, quatro crianças faziam parte do grupo. Walace disse, ainda, que assistiu a morte dos colegas, Willian e Karla, sem poder fazer nada.


2º Tenente Marques, do Corpo de Bombeiros, disse estar surpreso com as condições de insegurança da fábrica. Ele frisou que as grandes escavações sofrem inundações e tomam profundidades em épocas chuvosas, aumentando ainda mais o risco de fatalidades. A área permanece 24 horas com os portões aberto sem qualquer controle de acesso. Uma parte do terreno não é devidamente cercada e possibilita e invasão de crianças e jovens. Além disso, casas ocupam as margens das crateras, sem que haja qualquer cerca de proteção. Uma vala de aproximadamente 3 metros de profundidade por 60 de extensão foi aberta, há alguns meses, e preocupa os moradores.


A reportagem registrou o momento em que outras crianças brincavam às margens de um dos canais como se nada tivesse acontecido. Um funcionário da fábrica, que não quis se identificar, contou que o proprietário tentou impedir a entrada de crianças fechando um buraco que havia no muro, mas não houve resultado.


A tia dos garotos mortos, Ana Rita Monteiro, 44 anos, afirmou que a família não sabia sobre as peripécias no lado Olaria. Ela afirmou que se sente indignada com a negligência por parte dos responsáveis pela fábrica e que as crateras representam insegurança aos moradores há bastante tempo. “Cinco crianças já morreram nesse mesmo local”, ressaltou.


Preço de combustíveis: Por enquanto, recomendação do Ministério Público continua a ser ignorada

O aumento injustificável dos preços dos combustíveis no Estado levou a Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor, a expedir uma recomendação, no início da semana, para que os proprietários de postos reduzissem imediatamente o preço do álcool, da gasolina e do diesel. Os empresários deveriam retornar aos valores anteriormente praticados. Mas até o final desta sexta-feira (18), a ordem não havia sido cumprida.

A Lei Federal 8078, de 11 de setembro de 1990, considera o aumento do preço de produtos ou serviços, sem justa causa, como prática abusiva. “Os fornecedores têm liberdade para fixar o preço do produto ou serviço oferecido aos consumidores, mas que devem, ao mesmo tempo, demonstrar sob quais fundamentos objetivos está alicerçado o ajuste”, afirmou o promotor de Justiça, Alcino Oliveira de Moraes.

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