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Macapá, Amapá
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Garoto de 12 anos salva amiga da morte

“Puxei ela pelos cabelos, quando vi que ela estava afundando”. Um garoto de 12 anos identificado como Walace disse ao Corpo de Bombeiros que nenhuma das crianças conhecia o local do acidente. Segundo ele, a situação foi muito rápida e só teve tempo de salvar um dos amigos, a menina de 11 anos identificada como Camila. Ao todo, quatro crianças faziam parte do grupo. Walace disse, ainda, que assistiu a morte dos colegas, Willian e Karla, sem poder fazer nada.


2º Tenente Marques, do Corpo de Bombeiros, disse estar surpreso com as condições de insegurança da fábrica. Ele frisou que as grandes escavações sofrem inundações e tomam profundidades em épocas chuvosas, aumentando ainda mais o risco de fatalidades. A área permanece 24 horas com os portões aberto sem qualquer controle de acesso. Uma parte do terreno não é devidamente cercada e possibilita e invasão de crianças e jovens. Além disso, casas ocupam as margens das crateras, sem que haja qualquer cerca de proteção. Uma vala de aproximadamente 3 metros de profundidade por 60 de extensão foi aberta, há alguns meses, e preocupa os moradores.


A reportagem registrou o momento em que outras crianças brincavam às margens de um dos canais como se nada tivesse acontecido. Um funcionário da fábrica, que não quis se identificar, contou que o proprietário tentou impedir a entrada de crianças fechando um buraco que havia no muro, mas não houve resultado.


A tia dos garotos mortos, Ana Rita Monteiro, 44 anos, afirmou que a família não sabia sobre as peripécias no lado Olaria. Ela afirmou que se sente indignada com a negligência por parte dos responsáveis pela fábrica e que as crateras representam insegurança aos moradores há bastante tempo. “Cinco crianças já morreram nesse mesmo local”, ressaltou.


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