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Macapá, Amapá
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Polícia procura genro que matou o sogro

De acordo com a família, a vítima e o assassino se davam bem até o último desentendimento entre o casal.

O crime aconteceu por volta de 20 horas do último domingo (08), na avenida, Glicério de Souza Figueiredo, bairro Novo Horizonte. A vítima, Joaquim Furtado da Silva, de 49 anos, foi assassinado pelo próprio genro, Nilton Farias Campos, 32 anos, ao tentar defender a filha durante uma briga entre o casal. O acusado fugiu e ainda não foi capturado.

O desentendimento começou por motivo fútil, disse a filha da vítima. “Nilton sempre foi um homem violento, mas não a ponto de matar ou de puxar faca pra alguém. Nós começamos a discutir e do nada ele apareceu com a faca na mão e veio pra cima de mim. Meu pai se meteu na minha frente e a facada acertou nele”, disse Regina Furtado, mulher do acusado.

De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, o autônomo foi vítima de um golpe no peito e outro no abdome e morreu a caminho do hospital. Nilton Campos, conhecido como “Pupunha”, ainda atingiu a esposa nos dois braços e empreendeu fuga. A perícia chegou ao local do crime às 22 horas, quase duas horas depois do fato. Policiais foram até a casa dos pais e de parentes do infrator, mas não o encontraram. Segundo Regina, ele era casado a mais de 13 anos com Regina e teve dois filhos nesse casamento.

O casal tem dois filhos e vivia junto há 13 anos. Regina disse que nunca esperava essa reação do marido, mas confessou que ele sempre foi violento e agressivo. Segundo ela, o ato extremo do marido não foi motivado por ciúme ou raiva do pai. “Nunca dei motivo para que ele sentisse ciúmes de mim. Meu pai nunca tratou ele mal. Os dois até se davam bem”, afirmou. “Hoje sinto muito raiva, muito ódio, quero que ele pague pelo que fez. Meu pai não merecia isso, sempre foi uma pessoa calma, bebia, mas era muito tranquilo. Para ele, ninguém tinha defeito, mesmo que fosse marginal. Uma pessoa que passeia com uma faca por todos os lados não está com boas intenções, por isso que ele deve pagar. Já fomos com a polícia, na casa dos parentes dele no Jardim e no Ipê, mas ele não estava”, desabafou.

Polícia Militar planeja operações de combate ao tráfico no Muca

“A briga por espaço e a busca pelo poder faz com que os traficantes se matem. O que ocorre é uma espécie de vingança privada”, diz o comando.

Segundo o comandante do 1º Batalhão da PM, Coronel Menezes, o bairro do Muca tem a história marcada pelo tráfico, mas apenas 1% daquela comunidade não presta”. No final de semana, cinco homicídios foram registrados na capital do Estado, dois deles ocorreram essa região. Para o comandante, o Muca se compara aos demais bairros em termos de quantitativo de ocorrências, mas tem um diferencial que é o número elevado de mortes. Para ele, maioria dos assassinatos tem como pano de fundo o tráfico de drogas. Mas a Polícia Militar planeja operações especiais para conter a onda de violência e a guerrilha entre traficantes rivais.

“A briga por espaço e a busca pelo poder faz com que os traficantes se matem. O que ocorre é uma espécie de vingança privada. Quando ocorre algum assassinato, eles saem em busca de descobrir quem foi e acabam acontecendo mais mortes”, disse coronel.
Segundo informações do sargento Alencar da Companhia de Radiopatrulha (CRPM), a Ponte do Rona, localizada no bairro do Muca foi local de mais um homicídio brutal nesse final de semana. O jovem de 17 anos identificado como Charley Ferreira Soares, vulgo “Nanei”, foi executado com um tiro pelas costas por volta das 17h30 desse domingo. Ele foi socorrido e levado ao H.E, mas veio a óbito. O acusado, segundo o sargento, é conhecido como Bruno, vulgo “Louro”, que está foragido.

O comandante do batalhão afirmou ainda que, “mortes são sempre impactantes, porém o bairro do Muca ainda acompanha aos demais bairros de Macapá em termos de quantitativo de ocorrências. Ma se o poder público agir em conjunto, unindo todos os órgãos de segurança, incluindo a Polícia Civil, o trabalho fluiu de maneira melhor. O que acaba com a história do Muca é 1% da comunidade que não presta”, finalizou Menezes.

Às 6h40 da manhã de domingo, o adolescente, Andioleno Paulo de Lima, 17 anos, que residia no Muca, deu entrada no hospital de emergência vítima de pauladas. Quase cinco horas depois, ele veio a óbito. Segundo a polícia, um indivíduo conhecido como “Maycon Retalhado" é acusado pelo crime. De acordo com testemunhas, ele também feriu a facadas o Maicon Almeida Santos, de 18 anos, e se evadiu.

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