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Macapá, Amapá
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Pane dificulta trabalho das delegacias

Boletins de ocorrências são entregues, geralmente, após 24h reclama a população

Por Wellington Costa

Foto Jorge Jr.

De acordo com denúncias de populares, o sistema operacional de registros de boletins de ocorrências (B. O) dos Ciosp’s (Centro Integrado de Operações de Segurança Pública), estaria fora do ar, constantemente. Eles denunciam ainda a demora para a entrega do B. O., onde estariam aguardando até o dia seguinte para fazerem a retirada.

“Caso a pessoa precise registrar um boletim, a indicação é esperar a volta do sistema. Em casos de o sistema estar funcionando, populares são orientados a retornarem após 24h para fazerem a retirada do boletim de ocorrência”, reclama um morador que não quis se identificar.

Procurada para mais esclarecimento, a assessoria de imprensa da Delegacia Geral de Polícia, diz que o problema é de procedência do Prodap (Processamento de Dados do Amapá), órgão que gerencia a rede do Estado, e não dos Ciosp’s.

“É claro que a população vai colocar a culpa das delegacias, pois muitos não sabem que o sistema de registros da polícia é gerenciado via on-line, pelo Prodap. Se o sistema não funciona de forma adequada é devido as constantes panes no sistema de armazenamento de dados do Prodap”, afirma Olavo Fagundes, assessor de imprensa da Civil.

“Porém o problema não é de hoje”, afirmam moradores que precisaram se dirigir até um Ciosp para o registro de ocorrência. Eles registraram também o sucateamento de computadores nos Centros. “Na sala onde fiz o B. O. tinha vários computadores que não funcionavam, além de muita gente aguardando para ser atendida e poucos funcionários”, disse outro morador.

Tentamos entrar em contato com a assessoria do Prodap para obter informações sobre a questão relacionada ao gerenciamento do sistema on-line de registro de boletins de ocorrências, mas a instituição ainda não deu uma posição sobre o problema.

Volta às aulas com queda no preço do material escolar


Apesar da proximidade do início das aulas, a procura pelos materiais ainda é tímida

Por Wellington Costa
Foto Jorge Jr.

O início das aulas do segundo semestre está chegando, e os pais com o mesmo dilema: como gastar menos com material escolar. De acordo com comerciantes e população amapaense, o preço dos produtos de papelaria sofreu diminuição, se comparado com os valores do início do ano.

Percorremos algumas papelarias e importadoras do centro comercial de Macapá e verificou que os preços variam conforme a marca. Os itens com ilustrações de desenhos famosos, astros do cinema ou grupos musicais são os mais caros. Cadernos de 10 matérias custam o mínimo de R$ 4, caixa de lápis com 12 cores pode ser adquirida por R$ 1,35, porém os preços variam de loja para loja. Os produtos considerados mais caros continuam sendo os fichários, onde os preços variam de R$ 12 a R$ 65 e as mochilas que são vendidas de R$ 10 a R$ 220.

Os principais fatores que contribuíram para a queda no material escolar dizem respeito à renovação gradativa do estoque de mercadorias pelos estabelecimentos, principalmente nas importadoras, e a substituição de produtos de marcar mais caras por outros com preços em conta, ressaltam os lojistas.

Para a comerciaria Runenilda Matos, como há uma variedade de produtos, dá para comprar todos os itens da lista de material sem gastar muito.

Apesar da proximidade do início das aulas, o procura dos pais para a compra do material escolar ainda é tímida. Conforme a gerente de loja, Tatiane Campos, este quadro deve mudar na próxima semana, quando algumas escolas particulares já terão iniciado as aulas. “Como na maioria dos anos, o amapaense sempre deixa para fazer as compras na última hora. Alguns esperam o início das aulas para poder comprar os materiais”, disse a gerente.

Para atrair a clientela os comerciantes facilitam cada vez mais as formas de pagamento. A maioria oferece prazo de até três vezes no cartão de crédito e desconto de até 10% para as compras pagas à vista.

Comunidades quilombolas são vítimas de conflitos agrários


Em reunião com o MPE e instituições agrárias e de meio ambiente, um plano de ação foi discutido pelas comunidades

Por Wellington Costa
Foto Jorge Jr.


Aconteceu ontem pela manhã, no auditório do Ministério Público Estadual (MPE), um encontro das comunidades quilombolas das localidades de Igarapé do Lago e Ambé com o Incra, Imap, Secretaria do Afrodescendente (Seafro) e MPE, através da Promotoria do Meio Ambiente e Conflitos Agrários. O evento teve o objetivo de discutir um plano de ação que vise amenizar os conflitos nessas áreas.

Após a conclusão de um relatório sobre a situação nas localidades, feito pelo Ministério, ficou constatado que algumas pessoas estariam derrubando imóveis para a apropriação indevida da área. Foi constatada também a realização de queimadas e derrubadas de árvores nativas da região.

De acordo com informações da coordenadora nacional de quilombos no Amapá, Núbia de Souza, empresários de fora do Estado, donos de uma grande área localizada nas proximidades de Igarapé Mirim, estariam se apropriando de terrenos que se encontram nas extremidades da propriedade desses empresários.

Outro relato feito pela coordenadora diz respeito a uma cerca elétrica construída em um trecho do rio localizado no Ambé, vindo a impedir os moradores de pescarem e colocarem o gado para pastar próximo ao local, temendo a morte dos animais.


Segundo a Promotoria do Meio Ambiente e Conflitos Agrários, ficou acertado que o Incra e o Imap (Instituto de Meio Ambiente e Ordenamento Territorial) ficariam encarregados em coibir essas ações nas áreas quilombolas. Ao Incra/AP também cabe a missão de realizar um cadastramento das pessoas que habitam nas localidades do Ambé e de Igarapé Mirim, possibilitando um levantamento das pessoas que de fato tem direito à propriedade nesses locais.

Moradores denunciam poluição sonora de festas realizadas no Curiaú

De acordo com a associação de moradores do quilombo, as festas seriam uma afronta as tradições e a cultura do local

Por Wellington Costa

O barulho do alto volume das caixas de som em dias de festa, rompem as noites, madrugadas e a manhã dos moradores do Quilombo do Curiaú. Na comunidade, a poluição sonora afeta a vida de dos populares, principalmente daqueles que estão com a saúde debilitada, no caso de idosos, e até mesmo das mais novas.

Josineide Araújo, presidente da associação dos moradores do quilombo do curiaú, resume bem as queixas feitas pela comunidade. Ela reclama que ninguém ou pelo menos quem quer descanso, consegue conviver com o barulho nas imediações. “Os ‘festeiros’ não respeitam os horários e vivem realizando festas constantemente”.

Devido a continuação das festas, a Associação de Moradores do Curiaú entrou com uma ação judicial no Ministério Público pedindo a paralisação da realização dos eventos ou que um horário específico seja determinado. A ação ainda está sendo julgada.

“Inicialmente tentamos um acordo com as pessoas que desenvolvem esse tipo de evento na comunidade. No começo eles acataram a decisão, mas depois de um curto período de tempo, fizeram o contrário e até agora continuam com os eventos e até pior”, reclama Josineide Araújo.

De acordo com a associação, essas festas são realizadas por moradores que não residem no quilombo, além das festas não se enquadrarem com as tradições do quilombo, sendo uma afronta a cultura da comunidade.

Visitante de nº