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Macapá, Amapá
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Comunidades quilombolas são vítimas de conflitos agrários


Em reunião com o MPE e instituições agrárias e de meio ambiente, um plano de ação foi discutido pelas comunidades

Por Wellington Costa
Foto Jorge Jr.


Aconteceu ontem pela manhã, no auditório do Ministério Público Estadual (MPE), um encontro das comunidades quilombolas das localidades de Igarapé do Lago e Ambé com o Incra, Imap, Secretaria do Afrodescendente (Seafro) e MPE, através da Promotoria do Meio Ambiente e Conflitos Agrários. O evento teve o objetivo de discutir um plano de ação que vise amenizar os conflitos nessas áreas.

Após a conclusão de um relatório sobre a situação nas localidades, feito pelo Ministério, ficou constatado que algumas pessoas estariam derrubando imóveis para a apropriação indevida da área. Foi constatada também a realização de queimadas e derrubadas de árvores nativas da região.

De acordo com informações da coordenadora nacional de quilombos no Amapá, Núbia de Souza, empresários de fora do Estado, donos de uma grande área localizada nas proximidades de Igarapé Mirim, estariam se apropriando de terrenos que se encontram nas extremidades da propriedade desses empresários.

Outro relato feito pela coordenadora diz respeito a uma cerca elétrica construída em um trecho do rio localizado no Ambé, vindo a impedir os moradores de pescarem e colocarem o gado para pastar próximo ao local, temendo a morte dos animais.


Segundo a Promotoria do Meio Ambiente e Conflitos Agrários, ficou acertado que o Incra e o Imap (Instituto de Meio Ambiente e Ordenamento Territorial) ficariam encarregados em coibir essas ações nas áreas quilombolas. Ao Incra/AP também cabe a missão de realizar um cadastramento das pessoas que habitam nas localidades do Ambé e de Igarapé Mirim, possibilitando um levantamento das pessoas que de fato tem direito à propriedade nesses locais.

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