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Macapá, Amapá
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Catador de latinhas morre aos 70 anos vítima do trânsito

Por volta de 8 horas da manhã do último domingo, Juraci Teixeira dos Santos, 70 anos, catador de latinhas, morreu depois de ser atropelado por um veículo de placa NEU 5423, Saveiro Verde, que trafegava na contra mão. De acordo com populares, o condutor estava com visíveis sintomas de embriagues. Após a batida, ele empreendeu fuga em alta velocidade e por pouco não provocou outras tragédias.
A vítima foi socorrida por uma ambulância do Corpo de Bombeiros, mas morreu duas horas após os primeiros socorros. Segundo a Companhia de Trânsito (Citran), o condutor alucinado foi identificado como Everton Pereira Lopes. Ele teria abandonado automóvel em frente à casa de um parente e depois fugido. Jaraci morava na 5ª avenida do conjunto Hospital de Base, no bairro Buritizal. Ele é a 75ª vítima fatal do trânsito amapaense.

Pedófilo que fez sexo com garoto de 4 anos já está na cadeia

No sábado, por volta de 21h40, o Ronaldo de Lina Gomes, 29 anos, foi flagrado abusando sexualmente de um garoto de 4 anos.

Segundo o relatório da guarnição, às 21 horas, o infrator foi flagrado pelos pais da criança praticando a agressão sexual em sua casa na 4ª travessa do bairro.

Com a ajuda de vizinhos, Deemes , o pai, conseguiu prender o pedófilo e acionar a polícia. Ronaldo foi autuado em flagrante pelo crime de estupro e já está no Iapen.

Segundo os policiais, o maníaco praticou sexo anal com o pequeno Gean, de 4 anos, depois que conseguiu atrair o garoto para sua casa.

Os pais de Gean resolveram procurá-lo, pois notaram que ele havia desaparecido. Durante a busca, vizinhos de Ronaldo informaram que o garoto havia entrado na casa a aproximadamente 20 minutos.

Ao chamar pelo nome da criança, o menino acabou vindo com a roupa suja de sangue e chorando. Nesse momento, o acusado foi detido por moradores. O garoto sangrva na região do ânus e se queixava de dor.

Domingo sangrento no município de Santana

No domingo, dois casos repercutiram em Santana pela crueldade dos criminosos. No início da madrugada, uma jovem de 15 anos assassinou uma mulher a facadas no bairro central. Às 02 horas, um homem teve o braço decepado por bandidos.

Segundo a polícia, a adolescente teria agido por ciúme do ex-namorado com a doméstica Sonia Maria do Carmo Fonseca, de 40 anos. Esse é 13º homicídio praticado com arma branca no município de Santana.

Às 2 horas, o autônomo Marcos dos Santos Pantoja, 25 anos, foi agredido com várias terçadadas. Uma delas chegou a decepar o braço esquerdo dele que foi socorrido e teve que ser transferido para Macapá.

Os acusados estão presos!

DUAS TRAJETÓRIAS DISTINTAS

que mãos você gostaria que estivesse o Brasil? Qual o verdadeiro diploma que cada um tem e que conta para construir um país justo, soberano e humanista?

Nas horas mais difíceis se revela a personalidade – as forças e as fraquezas – de cada um. Os franceses puderam fazer esse teste quando foram invadidos e tinham que se decidir entre compactuar com o governo capitulacionsista de Vichy ou participar da resistência. Os italianos podiam optar entre participar da resistência clandestina ou aderir ao regime fascista. Os alemães perguntam a seus pais onde estavam no momento do nazismo.

No Brasil também, na hora negra da ditadura militar, formos todos testados na nossa firmeza na decisão de lutar contra a ditadura, entre aderir ao regime surgido do golpe, tentar ficar alheios a todas as brutalidades que sucediam ou somar-se à resistência. Poderíamos olhar para trás, para saber onde estava cada um naquele período.

Dois personagens que aparecem como pré-candidatos à presidência são casos opostos de comportamento e daí podemos julgar seu caráter, exatamente no momento mais difícil, quando não era possível esconder seus comportamentos, sua personalidade, sua coragem para enfrentar dificuldades, seus valores.

José Serra era dirigente estudantil, tinha sido presidente do Grêmio Politécnico, da Escola de Engenharia da USP. Já com aquela ânsia de poder que seguiu caracterizando-o por toda a vida, brigou duramente até conseguir ser presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE) de São Paulo e, com os mesmos meios de não se deter diante de nada, chegou a ser presidente da UNE.

Com esse cargo participou do comício da Central do Brasil, em março de 1964, poucas semanas antes do golpe. Nesse evento, foi mais radical do que todos os que discursaram, não apenas de Jango, mas de Miguel Arraes e mesmo de Leonel Brizola.

No dia do golpe, poucos dias depois, da mesma forma que as outras organizações de massa, a UNE, por seu presidente, decretou greve geral. Esperava-se que iria comandar o processo de resistência estudantil, a partir do cargo pelo qual havia lutado tanto e para o qual havia sido eleito.

No entanto, Serra saiu do Brasil no primeiro grupo de pessoas que abandonou o país. Deixou abandonada a UNE, abandonou a luta de resistência dos estudantes contra a ditadura, abandonou o cargo para o qual tinha sido eleito pelos estudantes. Essa a atitude de Serra diante da primeira adversidade.

Por isso sua biografia só menciona que foi presidente da UNE, mas nunca diz que não concluiu o mandato, abandonou a UNE e os estudantes brasileiros. Nunca se pronunciou sobre esse episódio vergonhoso da sua vida.

Os estudantes brasileiros foram em frente, rapidamente se reorganizaram e protagonizaram, a parir de 1965, o primeiro grande ciclo de mobilizações populares de resistência à ditadura, enquanto Serra vivia no exílio, longe da luta dos estudantes. Ficou claro o caráter de Serra, que só voltou ao Brasil quando já havia condições de trabalho legal da oposição, sem maiores riscos.

Outra personalidade que aparece como pré-candidata à presidência também teve que reagir diante das circunstâncias do golpe militar e da ditadura. Dilma Rousseff, estudante mineira, fez outra escolha. Optou por ficar no Brasil e participar ativamente da resistência à ditadura, primeiro das mobilizações estudantis, depois das organizações clandestinas, que buscavam criar as condições para uma luta armada contra a ditadura militar. No episódio da comissão do Senado em que ela foi questionada por ter assumido que tinha dito mentido durante a ditadura – por um senador da direita, aliado dos tucanos de Serra -, Dilma mostrou todo o seu caráter, o mesmo com que tinha atuado na clandestinidade e resistido duramente às torturas. Disse que mentiu diante das torturas que sofreu, disse que o senador não tem idéia como é duro sofrer as torturas e mentir para salvar aos companheiros. Que se orgulha de ter se comportado dessa maneira, que na ditadura não há verdade, só mentira. Que ela o senador da base tucano-demo estavam em lados opostos: ela do lado da resistência democrática, ele do lado da ditadura, do regime de terror, que seqüestrada, desaparecia, fuzilava, torturava.

Dilma lutou na clandestinidade contra a ditadura, nessa luta foi presa, torturada , condenada, ficando detida quatro anos. Saiu para retomar a luta nas novas condições que a resistência à ditadura colocava. Entrou para o PDT de Brizola, mais tarde ingressou no PT, onde participou como secretária do governo do Rio Grande do Sul. Posteriormente foi Ministra de Minas e Energia e Ministra-chefe da Casa Civil.

Essa trajetória, em particular aquela nas condições mais difíceis, é o grande diploma de Dilma: a dignidade, a firmeza, a coerência, para realizar os ideais que assume como seus. Quem pode revelar sua trajetória com transparência e quem tem que esconder momentos fundamentais da sua vida, porque vividos nas circunstâncias mais difíceis?
Texto: Emir Sader

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