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Macapá, Amapá
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Desvio de conduta: Tiroteio entre policiais termina com três baleados na zona Norte

O algoz é o soldado da PM, Otemir, de Laranjal do Jari, que atirou em um segurança e em um cabo da Companhia de Radiopatrulha.

Na madrugada do último domingo (13), uma troca de tiros que teve origem no interior de uma festa no bairro Novo Horizonte terminou com três pessoas feridas por disparos de arma de fogo. O algoz é um soldado da polícia militar de laranjal do Jari, que estava de férias em Macapá. Atualmente, ele está na enfermaria do Hospital de Pronto Socorro com a cabeça enfaixada e dois buracos de bala na perna esquerda.

Embriagado, ele arrumou confusão dentro da casa de shows e acabou expulso pelos seguranças. Revoltado, puxou o revólver e disparou quatro vezes contra o chefe de segurança da casa. A Polícia Militar foi acionada e um cabo da Companhia de Radiopatrulha Motorizada (CRPM) também foi baleado no braço.

O soldado, em seguida, foi alvejado duas vezes na perna por outros policiais e acabou preso em flagrante. O soldado que foi identificado pelo seu nome de guerra da corporação (Sd. Otemir) foi levado às 3 horas ao Hospital de Emergência de Macapá onde permanece internado. De acordo com alguns policiais militares, existem registros de outros desvios de condutas perpetrados pelo mesmo militar no município de Laranjal do Jari.

O chefe de segurança, Kelton foi atingido por quatro projéteis, dois na barriga, um no pé e outro na coxa, e até o final da tarde de ontem permanecia em estado delicado.

Soldado Otemir irá responder ao processo por tentativa de homicídio e se for condenado a mais de 4 anos de reclusão estará automaticamente expulso da Polícia Militar. Em outra circunstancia ele terá direito de defesa para evitar a expulsão.

Máfia do jogo do bicho: Dinheiro sujo pode ter financiado campanhas eleitorais e crimes de roubo

Pela documentação já analisada, a promotoria e a polícia descobriram que pelo menos 80 mil reais eram movimentados por dias nas centrais de jogo.

Cinco, dos oito manados de prisão expedidos pelo juiz, Marconi Pimenta, foram cumpridos durante a operação Arca de Noé do Ministério Público Estadual, por meio da Promotoria de Investigações Cíveis e Criminais (Picc), em conjunto com a Justiça, a Coordenadoria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Amapá, a Polícia Civil (GTA) e Batalhão de Operações Especiais (Bope). Cerca de 60 policiais estiveram envolvidos na força tarefa de combate à lavagem de dinheiro e corrupção. A informação da PICC sobre a verba movimentada pela quadrilha hierarquicamente organizada (mais de 2 milhões de reais ao mês), é de que ela tenha servido para financiar crimes de roubo e campanhas eleitorais de políticos amapaenses.

Foram apreendidas várias máquinas, cofres e toda contabilidade das centrais de jogo em Macapá. A verba sequestrada, cerca de 80 mil reais, serão devidamente analisados pela perícia contábil e a partir daí será possível afirmar com exatidão os valores movimentados pela organização. Para o delegado, Celso Pacheco, autor do inquérito, outros mandados de prisão podem sair no decorrer das investigações. Oito nomes já foram disponibilizados à imprensa de pessoas que estão com o passa porte carimbado para o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). Segundo informações do delegado, dentre os presos está um policial civil que prestava serviços ilegais de segurança privada, e deve responder ao inquérito policial.

O procurador geral do Estado, Iaci Pelaes, disse que a operação foi realizada com inteligência e estratégia e planejada ao longo de três meses para alcançar “os cabeças” da organização. “Todos os computadores foram coletados e a rede de informação está em poder dos órgãos de inteligência. O sequestro de bens irá impedir o funcionamento das bancas espalhadas pela cidade, que também renderam prisões e termos circunstanciados. Acredita-se que a operação veio pôr fim às atividades do grupo, uma vez que a cúpula da organização foi alcançada”, afirmou.

A operação foi desencadeada no último sábado às 14 horas em vários locais da cidade, dentre eles as residências de diretores e empresários das centrais de jogo. Segundo Iaci Pelaes, por de trás do jogo do bicho, a quadrilha executava crimes de corrupção, prevaricação, posse ilegal de armas e munições de uso restrito, tráfico de influência, exercício ilegal de segurança privada e lavagem de dinheiro. Todos os documentos apreendidos estarão sob análise, mas pela documentação já analisada, a promotoria e a polícia descobriram que pelo menos 80 mil reais eram movimentados por dias nas centrais pela organização. “Após a perícia legal, será possível afirmar com respaldo técnico o valor movimentado por mês”, disse Iaci.

A relação a seguir é de pessoas que tiveram mandados de prisão expedidos: Aldenor José Guedes Bosques, Silvio de Aguiar Campos, Jorge Araújo da Cruz, Márcio de Albuquerque Barbosa, Fernando Brito dos Santos, Levi Miranda dos Santos, Cassiano Ferreira Monteiro Júnior, Servulo Barbosa da Silva. O delegado Celso finalizou dizendo que a máfia do jogo do bicho vai muito além do território amapaense e possui muitas ramificações no Estado do Pará.

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