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Macapá, Amapá
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Estelionatários agiam dentro de agência da Caixa em Santana

A última vítima perdeu cerca de R$ 200. O bando foi preso em flagrante e indicado por estelionato na 1ª DP de Santana. Dois já têm passagem pela penitenciária
Três homens foram presos em flagrante pela prática de estelionato em Santana. Eles vinham sendo investigados há mais de um ano pela Promotoria de Investigações Cíveis e Criminais do Ministério Público (Picc) por aplicar golpes contra aposentados correntistas da Caixa Econômica Federal (CEF). Segundo a polícia, eles se passavam por funcionários da agência, oferecendo ajuda, principalmente, aos idosos. A polícia está em poder de gravações que mostram que o bando vem agindo desde o ano passado sempre na mesma agência.

Na manhã do último sábado (4), policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e da Polícia Militar de Santana efetuaram a prisão dos três em flagrante quando aplicavam o mesmo golpe dentro da agência da Caixa na rua Salvador Diniz no centro comercial de Santana. Eles foram identificados como Paulo Diniz de Souza Brito, que já responde por crime de homicídio (art. 121), José Ferreira Dias Filho e Iranilton Pereira da Silva, que já responde pelo crime de furto qualificado (art.155). Com eles, a polícia apreendeu um veículo Siena e o dinheiro que já havia sido sacado da conta de uma das vítimas.

De acordo com os policiais, os três costumavam agir sempre antes do horário de atendimento interno. Eles se posicionavam como funcionários e escolhiam às vítimas aleatoriamente oferecendo ajuda para efetuar a operação bancária. Nesse momento, a pessoa era enganada e tinha todo o dinheiro roubado. “Se tornou fácil pra eles agir na Caixa Econômica, por isso vinham aplicando o golpe com frequência. A partir de reclamações dos clientes sobre sumiço de dinheiro das contas, a agência passou a monitorar a quadrilha através da promotoria de investigações”, explica um policial militar.

Outro tipo de golpe contra clientes da Caixa Econômica Federal vem sendo investigado pela Polícia Federal no Amapá. O alvo das investigações é uma quadrilha que vem obtendo empréstimos de Crédito Direto ao Consumidor (CDC) utilizando documentos fraudulentos. Segundo a PF, eles usam procurações em nome dos aliciados para se apropriar de valores oriundos de empréstimos.

As investigações do Grupo de Repressão a Crimes Financeiros (GRFIN) da Superintendência da Polícia Federal do Amapá revelaram que a quadrilha aliciava pessoas pobres com a promessa de empréstimos fáceis junto à Caixa. Depois de convencer as suas vítimas, os estelionatários forjavam contracheques e comprovantes de rendimentos, a fim de que fossem preenchidos os requisitos da CEF para se obter o empréstimo.

A polícia chegou a cumpriu seis mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal, nas cidades de Macapá, Porto Grande e Ferreira Gomes. Foram apreendidos diversos documentos que comprovavam a fraude, porém nenhum suspeito foi preso. As condutas dos investigados caracterizam o crime de estelionato qualificado (art. 171, § 3º do Código Penal), cujas penas variam de 1 a 5 anos de reclusão, aumentado de 1/3, pelo fato de ser a CEF uma das vítimas do crime.

Bairro Araxá: Assassinatos em série desafiam a polícia

Em três dias, a polícia registrou duas execuções à bala, somando três vítimas em menos de um mês. Mesmo com policiamento, os bandidos têm facilidade para agir

Mesmo com o policiamento intensificado, uma onda de crimes vem assustando os moradores dos bairros Araxá e Pedrinhas, na zona sul da cidade. São registrados em média de dois assassinatos por semana nessa região, que vive a problemática das gangues. Ontem (5) durante a madrugada, mais um crime brutal assustou aquela comunidade. “As brigas de gangues se tornaram parte da nossa rotina”, afirmou um comerciante. Em três dias, dois adolescentes foram executados à bala. Na maioria dos casos, os criminosos não são presos dentro do flagrante.

Daniel de Oliveira Morais, de 22 anos, foi a última vítima da violência no bairro. Ele foi baleado com tiro na cabeça por volta de 1h50 na rua Setentrional. De acordo com informações de testemunhas, os suspeitos são conhecidos por “Binho” e “Dadinho”, que até o fechamento desta edição não haviam sido presos. Dizem os moradores que este não é o primeiro crime praticado pela dupla. Na noite da última quarta-feira (1), outra pessoa foi morta a tiros por membros de gangue. Foi o segundo em menos de um mês. Leandro Silva e Silva, que morava na rua Setentrional, na divisa com o bairro das Pedrinhas, foi alvejado no peito. Ele chegou a ser foi levado ao hospital, mas não resistiu e morreu 20 minutos depois.

Em agosto, outra briga de gangues no Araxá terminou em morte. Ao final do confronto armado, o adolescente Daniel Nascimento Almeida conhecido por “Cebinho”, de 16 anos, tombou morto com um tiro na cabeça. Ele chegou a ser levado por uma guarnição da Polícia Militar para o hospital, mas não resistiu. Uma equipe da PM agiu rapidamente e prendeu um dos suspeitos.

Em junho, um tiroteio levou pânico aos moradores de uma área de ponte naquela região. Três jovens chegaram atirando a esmo, levando uma pessoa à morte. Este fato também foi classificado pela polícia como um acerto de conta motivado por rixa. Morreu com três tiros o Cleidivan Brabo dos Santos, de 18 anos. Parentes emocionados descreveram o desespero da mãe diante do corpo do jovem ensanguentado. Eles afirmaram que estes mesmos assassinos estão envolvidos em um homicídio que ocorreu durante uma micareta na orla de Macapá este ano.

O crime que mais chocou os moradores foi o assassinato brutal do adolescente Thiago Shalon Guimarães, de 17 anos, no bairro Araxá. A polícia informou que, pelo menos, seis tiros acertaram no crânio, costas, peito e rosto da vítima. O adolescente foi morto na rua Setentrional por volta de 1 hora quando retornava na companhia de amigos para a casa onde morava na Passagem das Graças. Até hoje, os assassinos continuam na impunidade.

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