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Macapá, Amapá
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POLICIA FEDERAL PREENDE ASSALTANTE DOS CORREIOS

MACAPÁ-AP – Em menos de 24 horas, Policiais Federais da Delegacia de Combate ao Crime Organizado em operação conjunta com a polícia civil e polícia militar conseguiram desvendar um assalto à mão armada na agência dos Correios no Bairro de Santa Rita nesta capital, ocorrido em 22/07, de onde foram levados pouco mais de setecentos reais

U.M.M.N, 30 anos, indivíduo responsável pelo assalto foi capturado no distrito de Bailique pela Polícia Militar e conduzido na noite de ontem à sede da Polícia Federal.

U.M.M.N já era detento e cumpria pena no Instituto Penitenciário da Capital – IAPEN, quando fugiu do presídio na madrugada do dia 12 de julho.

Após seu interrogatório, em que confessou o assalto ocorrido, U.M.M.N foi levado novamente ao IAPEN, agora enquadrado pelo crime de roubo, com pena de 4 a 10 anos de reclusão. (Ascom)

Menores mergulhados no crime

Nos últimos anos, a polícia revelou o envolvimento de menores em crimes que chocaram a sociedade na capital e no interior do Amapá. Um exemplo clássico é o assassinato do professor Mauro Cézar em agosto de 2009, cujo inquérito revelou o envolvimento de dois adolescentes, um de 14 e outro de 15 anos

A realidade da violência em Macapá assegura que os adolescentes, sem nada a perder ou a temer, estão indo para as ruas, armados, com o propósito de ganhar dinheiro fácil, sem medo da prisão ou da morte. Na madrugada de ontem (27), a polícia fechou o cerco contra uma quadrilha de assaltantes no bairro Perpétuo Socorro e levou oito para a prisão. De acordo com a PM, quatro deles são menores de idade. A incidência de crimes cometidos por adolescentes vem aumentando gradativamente no Amapá. Eles estão em diversos contextos ilícitos servindo, principalmente, de bode expiatório para o crime organizado.

O envolvimento de menores no crime que vitimou o diretor da escola Graziela Reis de Souza, Mauro Cézar Corrêa, em agosto de 2009, causou revolta na sociedade e mostrou a que ponto pode chegar a inconsequência destes jovens. Em setembro, a Polícia Civil apresentou o resultado do inquérito que apurou o caso e revelou a participação direta de um garoto de 14 anos e outro de 15. Mauro Cézar, 44 anos, diretor do Centro de Educação Profissional Graziela, coordenador do Projovem e ex pro reitor da Universidade Federal do Amapá (Unifap), foi executado a golpes de faca e teve o corpo jogado em um matagal na zona norte da cidade.

No último domingo (25), o Corpo de Bombeiros do Amapá foi acionado para atender a um chamado de incêndio em uma área conhecida como “Ponte do Axé”, no bairro Jesus de Nazaré. O serviço ágil da guarnição evitou que as chamas se propagassem e consumissem totalmente o imóvel, e outras residências. A Polícia Militar descobriu, após levantamentos, que o fogo teria iniciado por uma ação criminosa praticada por adolescentes do bairro. Um deles já está sob a custódia da polícia.

Na última segunda-feira (26), dois garotos que aparentavam ter idade inferior a 13 anos surpreenderam o proprietário de um estabelecimento comercial na rua Hildemar Maia, no bairro do Muca. De arma em punho, um deles anunciou o roubo, mas foi desarmado numa reação rápida da vítima. Os garotos conseguiram escapar. Funcionários acionaram a polícia para registrar o fato e apresentou a arma de fogo na seccional de flagrantes no bairro pacoval.

Crime Banal em Ferreira Gomes

No ano passado, o adolescente E.S.S, de 17 anos, chegou a Macapá escoltado por agentes do Departamento de Polícia de Ferreira Gomes, acusado de ser o principal suspeito de um crime brutal ocorrido no município na noite do dia 6 de dezembro dentro um supermercado. O menor infrator foi identificado através do circuito interno de câmeras do estabelecimento, que registrou o momento em que o próprio desferiu mais de cinco facadas na gerente da loja, Maria Luiza Franco Neves, 52 anos.

O delegado Gilberto Fernandes, que presidiu o inquérito, disse que o menor integrava a “Gangue da Pipoca”, popular pelos crimes de assalto e furto a comerciais e residências em Ferreira. A priori a polícia trabalhou com a hipótese de latrocínio (Roubo seguido de morte - artigo 157), pois a vítima era quem manipulava a renda da loja, no entanto com base em novas informações, descobriu-se que tratava de um crime de execução por motivo fútil.

Especialista em furto de veículos

Em março desde ano, um garoto de 12 anos foi flagrado dirigindo um carro roubado no Centro de Macapá. A Polícia Civil disse, na época, ter informações sobre um adulto que supostamente gerenciava as ações de um grupo de menores, mas até então ninguém foi preso. Este foi o segundo veículo roubado pelo garoto em pouco mais de um mês. D. N. F., de 12 anos, estava circulando pelas ruas da capital, Macapá, em um veículo que havia sido furtado no bairro Jesus de Nazaré.

O menor foi abordado no centro comercial por uma viatura da Polícia Militar na noite do dia 9 de março. Segundo informações da PM, o proprietário do automóvel é bombeiro e havia deixado as chaves no contato enquanto se dirigia ao interior de um estabelecimento de ensino na rua Leopoldo Machado. Em fevereiro, o mesmo garoto foi apreendido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na entrada do município de Santana dirigindo um Eco Sport furtado. A criança mal conseguia chegar aos pedais do veículo. Na ocasião, ele foi submetido à medida socioeducativa, mas voltou a reincidir. De acordo com o pai do menino, João dos Santos Frazão, 70 anos, o filho cumpriu 21 dias no CIP, fez vários exames e teve acompanhamento psicológico, mas nada disso surtiu efeito.


Violência Contra a Mulher

Juizado comemora aniversário da Lei Maria da Penha

“Reconhecidamente considerada uma das mais avançadas legislações na proteção dos direitos da mulher, pois contém em seu conteúdo não só a proteção contra a agressão física, mas também contra a violência psicológica, sexual, moral e patrimonial da mulher, a Lei nº 11.340/06, conhecida como Lei “Maria da Penha”, estará completando no dia 07 de agosto, quatro anos de atuação na defesa da dignidade dos direitos humanos da mulher. Infelizmente, a história de Maria da Penha continua ocorrendo no seio de inúmeras famílias em todo País, e somente com a conscientização de seus direitos, a mulher poderá se proteger contra a violência doméstica submetida”.

Na defesa desse interesse, criado a um ano para fazer valer o conteúdo da Lei, o Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Comarca de Macapá, juntamente com o Núcleo de Acolhimento à Família, com o auxílio de assistentes sociais e psicólogas, idealizaram o “Projeto Descobrir – Por Uma Vida Sem Violência”, que engloba alguns órgãos do Estado e do município de Macapá, dentre os quais estão a Secretaria de Políticas para a Mulher; a Delegacia da Mulher; o Centro de Atendimento a Mulher e a Família (CAMUF); o Centro de Referência de Atendimento a Mulher (CRAM); o Ministério Público, Núcleo de Pesquisa em Atividade Física e Saúde (NUPAF), além da Rede Feminina do Amapá, com o intuito de esclarecer à comunidade, quais são os direitos e as obrigações das pessoas que recorrem ao Juizado na tentativa de solucionar seus conflitos.

De acordo com o “Projeto Descobrir”, a crescente incidência de casos de violência contra a mulher tem demonstrado a importância de intervir de forma educativas, oferecendo à sociedade a oportunidade de descobrir a rede de proteção a ela destinada, além de estratégias que sensibilizem as autoridades e sensibilizem as pessoas para a alarmante realidade. Com o apoio do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), o evento definido para celebrar a data, pretende dar projeção maior ao significado da Lei Maria da Penha, suas garantias implicações.

Para o Juiz Augusto César Gomes Leite, Titular do Juizado, os índices que apontam a violência doméstica ainda são muito altos. Contudo, apesar de não se confirmar a diminuição dos abusos de violência doméstica contra a mulher, vem aumentando, significativamente, a cada dia, o número de processos no Juizado. Segundo o Magistrado, como havia uma demanda reprimida muito grande, o aumento desse número significa que as vítimas estão reagindo. Estão exigindo o atendimento e o respeito aos seus direitos humanos.

“Embora a Lei Maria da Penha esteja próximo completar 4 anos de idade, é muito importante a gente difundir, uma vez que as pessoas não estão bem esclarecidas. Os princípios que exigem a legislação para sua aplicação ainda são motivos de muitas dúvidas. Quanto mais as pessoas tomarem conhecimento da Lei, maior será nosso alcance e mais eficientes serão os resultados”, salientou o Juiz.

A programação constará de campanha de arrecadação de alimentos não perecíveis (Fórum de Macapá e TJAP), no período de 27/07 a 04/08; dia 05/08 – palestras e entrega dos alimentos arrecadados às famílias vítimas de agressões; 06/08 – café da manhã às 8h no Fórum de Macapá, e às 11h caminhada até o TJAP, prosseguindo a caminhada até a praça do forte. O encerramento da programação ocorrerá no dia 09/08 com palestra do Juiz Augusto César Gomes Leite, no Colégio Amapaense.

TAXI


SOB O MEDO DO CRIME

Além de encarar um dos trânsitos mais violentos do Brasil, os “profissionais do volante” convivem com mau humor de passageiros, estresse, despesas, clandestinidade e agora os assaltos.

Se a fé move montanhas, ela também pode evitar os assaltos. Pelo menos é assim que muitos taxistas têm encarado a vida noturna em Macapá. A cada dia, cresce o número de motoristas que utilizam terços com crucifixos, imagens ou adesivos de santos no interior dos carros. Pequenos furtos, sequestro relâmpago, roubos com lesões corporais, furto do veículo e latrocínio são os crimes que vêm aterrorizando os taxistas na cidade. Somente esta semana, três casos de assalto foram registrados, um deles com esfaqueamento. Na última terça-feira (20), dois homens e uma mulher renderam um taxista durante uma corrida no centro da cidade. Sob ameaça, ele entregou dinheiro, celular, e o taxi foi deixado em área escura no bairro Marabaixo III.

Na maioria dos assaltos, a vítima é levada para um local distante e de pouca movimentação para serem roubados e abandonados à deriva. Nos furtos e sequestros, o taxi é usado para a prática de outros assaltos, quanto o taxista é mantido no porta-malas. O ano de 2009 foi um dos mais violentos para a classe dos taxistas de Macapá. De acordo com o Sindicato dos Taxistas do Amapá (Sintaxi), a média chegou a ser de dois roubos por noite só na capital. Graças a uma parceria com a Polícia Militar, essa média diminuiu até o início de 2010. Todavia, os bandidos voltaram a aterrorizar pais de família e espalhar medo na praça.

Em novembro do ano passado, o taxista Iraelson dos Santos Costa foi morto com um tiro na cabeça no bairro Nova Esperança. O crime ocorreu durante a madrugada no final de semana. Através de uma adolescente que teria sido co-autora no latrocínio, a polícia conseguiu chegar ao criminoso conhecido como “Douglas do Iapen”. Em dezembro, outro profissional foi vítima de meliantes. Os três assaltantes eram detentos que estavam com o benefício do indulto natalino: Ozeas Morais de Deus, vulgo “Tobi”, Gilson dos Santos Martins e Eliezer dos Reis Farias, vulgo “Bola”, presos pela Polícia Militar após o crime, ocorrido às 2h da madrugada.

Em fevereiro, deu entrada no Hospital de Emergências dirigindo o próprio carro por volta de 2h20 da madrugada, o taxista Ari Gonçalves Mendes, de 43 anos. Mesmo sangrando, ele conseguiu chegar à recepção e pedir ajuda. Ari informou à polícia que um elemento pegou seu taxi no centro da cidade e pediu que o levasse até o Perpétuo Socorro, onde anunciou o assalto. Ari recebeu uma facada no pescoço ao esboçar um movimento brusco. O assaltante fugiu sem ser identificado.

No mês passado, outros dois assaltantes foram presos acusados de render um taxista no centro da cidade. Denilson Mendes Souza, de 38 anos, e Cícero Pereira de Sousa, de 22 anos, foram flagrados com a arma usada no crime. O taxista Ivanildo Oliveira Gomes, de 51 anos, foi rendido e humilhado durante uma corrida até o bairro do Trem. Em março deste ano, três homens armados com facas apanharam um táxi no centro da cidade na madrugada e renderam o taxista em assalto. Max, como é conhecido o motorista, foi levado para uma área conhecida como “Piçarreira” às proximidades do Aeroporto Internacional de Macapá, onde foi despescado. Os assaltantes levaram a renda da noite, celular, jóias, som do veículo e abandonaram a vítima no local. Na mesma semana, o taxista conhecido como Barcarena também foi abordado por assaltantes à noite. Dois adolescentes desferiram três facadas no taxista, que ficou entre a vida e a morte. A polícia conseguiu chegar aos infratores e os encaminhar ao centro de custódia para menores (Cesein).


Transporte Clandestino

Além de prejudicar aqueles que pagam devidamente seus impostos, o transporte clandestino representa um grande risco à segurança do usuário. Uma simples corrida pode se transformar em um drama para toda a vida. No ano passado, a jovem E. C., de 19 anos, que reside no bairro Cidade Nova, foi roubada por um motorista clandestino. Ela aguardava o ônibus no centro da cidade, quando se aproximou dela um carro particular de cor preta, de placas não identificadas. Na oportunidade, o motorista ofereceu transporte pelo preço de R$ 2,00 por passageiro. Segundo a jovem, dentro do carro havia mais duas mulheres além do motorista e por isso teria aceitado entrar. Depois que o motorista deixou um das mulheres, a jovem foi rendida em assalto pelo motorista e sua comparsa. Os bandidos tomaram bolsa, celular, dinheiro, documentos e jóias e abandonaram a vítima no bairro do Muca. Ela disse a polícia, que podia identificar o casal de assaltante, porém nenhum deles foi preso.

O medo

As situações criminosas que envolvem os taxistas englobam desde furtos simples, sequestro relâmpago, violentos roubos e latrocínio. Muitos carros são furtados e usados principalmente em assaltos, em seguida são abandonados. Em um crime recente que ocorreu na BR-156 às proximidades de Oiapoque, pelo menos, cinco assaltantes renderam os passageiros e motoristas de um ônibus que fazia linha para Macapá. No crime, que aconteceu no mês passado, eles utilizaram um taxi Branco com registro de furto. Doze pessoas ficaram feridas neste assalto. Como de praxe, o veículo foi abandonado em um ramal.

Ser taxista é trabalham lado a lado com o receio e a incerteza. O receio é de ter que confrontar com bandidos de alta periculosidade, e a incerteza da volta para casa com segurança. A maioria acredita que a única alternativa para escapar da violência é não sair para trabalhar à noite. O presidente do sindicato, Risonilson Barros, aposta em parceria com o poder público e com a polícia. Os assaltos ocorrem todos os dias. Porém muitos casos não são informados aos órgãos de segurança. De acordo com o sindicato, (90%) dos assaltos não são registrados. “As ocorrências só são registradas quando as vítimas sofrem alguma agressão, quando são assassinadas ou quando o bandido é preso. A partir do momento em que o taxista registra o roubo passa gerar uma estatística, que pode ajudar no trabalho da polícia”, alertou o presidente.

Uma estimativa divulgada este ano pelo Sinditaxi revelou que 70% dos taxistas deixaram de trabalhar nas noites de Macapá em função da violência. De acordo com o Sintaxi, 70% dos permissionários (donos da placa) não saem mais à noite e preferem “dar” o carro a um comissionário, àqueles que trabalham por comissão, que além das despesas domésticas, o custo a pagar pelo uso da placa e outras responsabilidades mensais, tem lhes forçado a correr os riscos da profissão.

Agressividade

A maior parte dos bandidos age com agressividade e usa armas de fogo. Geralmente, eles estão bem vestidos e acompanhados de mulher para não levantar suspeitas. Levam o taxista para locais distantes em bairros periféricos como Novo Horizonte, Congós, Infraero II, Muca e Marabaixo. Em pontos isolados, escuros sem movimentação de pessoas, eles anunciam o assalto, se reagir morre, ou no mínimo sai esfaqueado.

Colocar os taxistas no porta-malas do carro e praticar assaltos com o veículo é uma modalidade muito usada pelos bandidos. Uma das histórias mais contadas é de um assalto ocorrido há alguns anos em Macapá, onde o taxista foi colocado na mala do carro e quase morreu asfixiado. O presidente do sindicato relatou detalhes que salvaram a vida deste pai de família. “Só ele dirigia o taxi porque tinha ciúmes do carro. Até na oficina, ele não deixava o mecânico dirigir para testar. Ele mesmo testava. Nem parentes, nem a esposa dele pegava no carro. Graças a isso, ele foi salvo quando estava quase morto dentro do porta-malas. Ele foi assaltado, jogado no porta-malas, e o carro foi usado em outros crimes. Alguns colegas viram que não era ele quem estava dirigindo e acionaram a polícia, que prendeu os dois assaltantes”, conta Risonilson. Este taxista nunca mais voltou a trabalhar.

Maníaco paraense estupra afilhada de 11 anos

Foragido da penitenciária do Estado do Pará, o maníaco Marcos Antônio Cardoso, de 37 anos, foi preso em Santana, no Amapá, na noite desta quarta-feira (21) pela prática de estupro contra uma menina de 11 anos. De acordo com informações da polícia, o acusado já responde a processo por crime homicídio e tinha mandado de prisão expedido pela comarca de Ananindeua, no Pará. O estupro aconteceu na casa do infrator no bairro Novo Horizonte, zona norte da capital.

Traída pela confiança que tinha no agressor, que seria seu padrinho, A criança J. F P., de 11 anos, foi bastante violentada no interior da residência do agressor. A polícia informou que Marcos Cardoso tinha amizade com o pai e a mãe da menina. Após a consumação do estupro que ocorreu na rua Raimunda Rodrigues, no Novo Horizonte, ele fugiu em uma motocicleta para o município de Santana, mas foi preso por volta de 23h30 por policiais do Batalhão de Radiopatrulhamento (BRPM).

O pedófilo foi preso a partir de informações de sua enteada, que informou o endereço exato da casa da mãe na Avenida das Nações no bairro Hospitalidade. A menina foi deixada agonizando em uma rua no bairro Jardim Felicidade às proximidades da casa dos pais. Segundo a polícia, o criminoso demonstrou frieza no momento da prisão e se diz arrependido. Conforme relatou à polícia uma das irmãs da vítima, na semana passada Marcos havia passado a mão nas partes íntimas da criança, fato que por si só já configura crime de estupro.

A garota foi levada para o hospital da mulher onde foi submetida à cirurgia. O estado de saúde dela inspira cuidados. Ela sofreu grave hemorragia durante a conjunção carnal praticada pelo maníaco, que foi indiciado em flagrante na Delegacia de Crimes Contra a Mulher (DCCM) e seguiu para a penitenciária nesta quinta-feira (22).

Estupro de vulnerável

Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. § 1º Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave: pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos. Se da conduta resulta morte: pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.

Mais um vigilante é desarmado em assalto

Quatro assaltantes invadiram no último sábado o prédio do almoxarifado da Prefeitura Municipal de Macapá. Um deles foi morto pelo vigilante

Na última terça-feira (20), um vigilante que não teve o nome revelado foi dominado por quatro homens armados no campos da Universidade Federal do Amapá (Unifap) e teve a arma roubada. Nos últimos meses, a vigilância privada de Macapá imbuída com o dever de evitar roubos e furtos contra o patrimônio alheio agora se tornou o alvo principal das quadrilhas especializadas em assalto. A arma de fogo usada pelo vigilante é o grande atrativo para os assaltantes. A polícia acredita se tratar de ex-detentos e foragidos da penitenciária que estariam se armando para cometer outros crimes.

O último assalto aconteceu em plena luz do dia na área interna da universidade. Os bandidos armados de faca roubaram um revólver calibre 38 e fugiram em um veículo modelo Fiat Uno, que utilizava placa “fria”. A polícia chegou a realizar diligências pelo bairro Universidade, onde fica localizado o campos, mas não foi possível prender nenhum suspeito. De acordo com a PM, a quadrilha chegou pedindo informação e em seguida anunciou o roubo. No último sábado (17), um assaltante foi morto em uma tentativa de assalto com as mesmas características.

Quatro homens tentaram invadir o prédio do almoxarifado da Prefeitura Municipal de Macapá, localizado na avenida Mendonça Júnior, no bairro Santa Rita, e foram recebidos a bala pelo vigilante. Armado com faca, um deles tentou render o vigilante Adriel França Gonçalves, de 28 anos, mas foi alvejado mortalmente. O presidente do Sindicato dos Vigilantes do Amapá (Sindiviap), Roberto Carlos Mendonça, classificou a atitude do profissional como correta para a ocasião, mas alertou que não se deve reagir quando estiver sob domínio dos meliantes.

Adriel França teria suspeitado da atitude dos meliantes e decidiu se antecipar. Ele conseguiu frustrar a tentativa de assalto contra o prédio e evitar que sua arma fosse roubada. A polícia identificou o assaltante morto como Aderlan Estefani Ramos Fonseca, de 19 anos, atingido com um tiro no peito. Os três comparsas se evadiram tomando destino ignorado após o tiro. O fato ocorreu por volta de 13h30.

Presidente em exercício Roberto Mendonça afirmou, ainda, que todos os profissionais passam por um amplo curso de formação com treinamentos que incluem técnicas de sobrevivência, exercícios para uso correto de armamento, defesa pessoal e técnicas operacionais. “Os vigilantes são altamente qualificados para defender o patrimônio e a própria vida. Se houver troca de tiros e morte do bandido, o procedimento adequado é informar ao serviço de emergência, a empresa e as polícias”, declarou.

Drama do trânsito aumenta a cada morte no Amapá


A sociedade, no início deste ano, acompanhou enternecida a tragédia que se abateu sobre a família do tenente Nascimento, do Corpo de Bombeiros. O filho Jonathan morreu atropelado por um condutor bêbado no bairro do Congós

O drama vivido pela atriz Cissa Guimarães, da TV Globo, esta semana, relembrou algumas mortes no trânsito que chocaram a sociedade amapaense nos últimos anos. Assim como a atriz, que perdeu o filho Rafael, de 18 anos, atropelado na madrugada da última terça-feira (20), muitos outros pais ainda sentem na pele a mesma angústia que sucede à perda trágica. Rafael Macarenhas morreu após ser atropelado no Túnel Acústico, da Gávea, zona sul do Rio e foi velado nesta quinta-feira (21) no Memorial do Carmo, no Caju, na zona portuária do Rio. Casos como do estudante Jonathan Casanova de Melo Sacramento, de 20 anos, ocorrido em abril deste ano, na zona sul de Macapá são relembrados a cada nova tragédia.

A sociedade macapaense, no início deste ano, acompanhou enternecida a tragédia que se abateu sobre a família do tenente Nascimento, oficial do Corpo de Bombeiros do Amapá. Jonathan, filho mais novo, morreu na noite do dia 5 ao ser atropelado por um condutor alcoolizado no bairro do Congós. O velório do estudante que ocorreu na capela mortuária Santa Rita no dia 6 de Abril foi marcado pelo clima de revolta, que cresceu a partir do momento que a polícia comprovou a embriaguez do condutor que provocou o acidente.

De acordo com a polcia, o motorista do Corsa Sedan que atropelou Jonathan seguia alcoolizado no sentido Congós-Centro e perdeu a direção três vezes, provocando três acidentes consecutivos. O automóvel foi encontrado em uma lavagem na avenida 13 de setembro, no bairro Buritizal, e o infrator Ivan Brandão da Silva, de 22 anos, dormia bêbado no banco de trás. Ivan foi submetido ao teste de dosagem alcoólica, que atestou positivo (1.19 g/l de álcool no sangue, medida considerada muito elevada). Segundo a Polícia Militar, ele infringiu, pelo menos, quatro artigos do Código de Trânsito Brasileiro, além de praticar homicídio doloso.

Homicídio doloso

Causar morte ao dirigir em alta velocidade e embriagado deixou de ser considerado crime culposo, ou seja, sem intenção de ocorrer. Pelo menos foi esse o entendimento da Justiça estadual ao julgar, até agora, dois casos envolvendo mortes nas ruas da cidade de Macapá. Em decisão inédita do Tribunal de Justiça, em julgamento que ocorreu em abril de 2010, o Ministério Público comprovou que crime praticado no trânsito nas circunstâncias em que o motorista estiver alcoolizado deve ser julgado no Tribunal do Júri, por representantes da sociedade.

O caso julgado em abril foi um duplo homicídio praticado por Lucas Melo Ribeiro, 24 anos, que, ao dirigir embriagado e ultrapassar uma preferencial na avenida Nações Unidas com a rua General Rondon, atropelou o casal Benedito Jorge Soares e Fabiane Cristina de Oliveira. O primeiro teve morte instantânea e a segunda morreu a caminho do hospital. O acidente aconteceu no dia 5 de agosto de 2006, por volta das 6h da manhã. A promotoria ofereceu a denúncia qualificando-a como homicídio doloso, devendo o réu ir à Juri Popular. De acordo com o processo, o denunciado conduzia o veículo como “senhor absoluto” da pista, em ato de exibicionismo, transformando o trânsito em via de satisfação egoística, configurando o motivo torpe, repugnante, causadora de repulsa excessiva pela sociedade.

No último final de semana, Macapá registrou quatro mortes no trânsito. Uma das vítimas foi enterrada na última segunda-feira (19). Trata-se do senhor José Vicente Senna, de 53 anos, autônomo, atropelado na manhã do último domingo (18) na rua Beira-rio, na orla da cidade. Vicente Senna foi mais uma vítima da imprudência e deixou profunda dor em seus amigos e familiares. A esposa Aldalita Siqueira o acompanhava no momento do acidente e viu de perto a tragédia. Senna foi velado na casa onde morava na avenida José Trajano de Sousa, no bairro Santa Inês, na companhia da esposa. O motorista que provocou o acidente não prestou socorro às vítimas, mas foi preso pela Polícia de Trânsito algumas depois e vai responder PR homicídio culposo. Nicolau Braga Ribeiro, 29 anos, foi indiciado, mesmo tendo negado as acusações.

No início deste ano, um veículo Siena atropelou e matou garoto de 15 anos na rua Hildemar Maia, bairro do Muca, por volta de 22 horas do dia 7 de setembro de 2009. Com o impacto, a vítima foi arremessada a um distância de cerca de 15 metros. Segundo a Polícia, o condutor Fred Lobato Cruz Neto, 21 anos, estava embriagado e dirigia em alta velocidade. Fábio Barbosa da Silva morreu na hora. Em 2009, Nelcy dos Santos Dutra, de 46 anos, tentou desviar de um monte de entulhos sobre o asfalto e acabou atropelada por uma caçamba. O condutor da caçamba depois de passar por cima do corpo da ciclista, provocando esmagamento de grande parte do corpo, não parou o veículo e foi imediatamente perseguido por uma viatura da Polícia Civil, que passava pelo local.

O fato aconteceu em frente a uma delegacia no bairro do Congós. O veículo foi interceptado há aproximadamente cem metros a diante. No instante da abordagem, o Alacid Ramos Lobato, condutor da caçamba, não habilitado, tentou correr, mas foi capturado e detido no Ciosp do Congós para os procedimentos de praxe. Nelcy morava na avenida Guajarina Mendes no bairro do Congós e seguia para o trabalho naquele momento. Ela teve o corpo parcialmente dilacerado, e o crânio esmagado. Fotos dela morta foram veiculadas em primeira página de um jornal local.

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