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Macapá, Amapá
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Não basta só informar!

Me sinto envergonhado em ler textos escritos por colegas jornalistas que se referem à Pedofilia como crime. Quantas vezes você já viu isso acontecer? Acredito que o jornalista além de informar a notícia, ele deve explicá-la. Para quem não sabe, a pedofilia não é tipificada como crime no Brasil.

Caso Marchante: Documento judicial comprova que Núbia não teve prisão revogada

O documento revela que mandante de latrocínio não foi beneficiada com alvará de soltura. O pedido de revogação da prisão havia sido negado.

Núbia Sheila da Silva do Rosário, 27, acusada de planejar a morte do marido, Raimundo Mauro de Souza, em setembro deste ano, ainda está foragida. Ela teria ganhado liberdade por meio de alvará de soltura no último dia 27 de novembro e desapareceu desde então. Em um documento do Ministério Público, consta que o pedido de revogação da prisão preventiva, impetrado pelo advogado da ré, havia sido indeferido, e que, por tanto, a princípio, não havia motivos para libertá-la. Todavia, segundo a diretora do Complexo Penitenciário Feminina, subordinada à diretoria geral do Iapen, a prisão provisória de Núbia estava com 30 dias transcorridos, por tanto, não existia meios legais para mantê-la na cadeia. Diretora disse, ainda, que, segundo a Coordenadoria de Execuções Penais do cadeião, não era de conhecimento da casa nenhum decreto estendendo o período da prisão.

Depois de solta é que a polêmica começou a girar em torno do caso; surgiu então novo mandado de prisão preventiva, mas Núbia não foi mais encontrada pelos agentes de polícia especializada. Uma testemunha ligada à vítima levantou a alegação de possíveis irregularidades e facilitações dentro do presídio. A autoridade policial que representou às prisões também disse desconhecer a existência de uma ordem judicial que garantisse a ela o direito de responder ao processo em liberdade. O advogado da família avigorou a discussão, afirmando que não haveria possibilidade para tal procedimento, já que Núbia confessou o crime durante depoimento.

Quem representou pelas prisões das cinco pessoas apontadas no inquérito foi o delegado, Celso Pacheco, da Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio (DECCP). Por telefone, ele disse que não foi comunicado oficialmente sobre os parâmetros da soltura de Núbia, mas garantiu que está buscando junto ao Fórum e ao Iapen informações que possam esclarecer o fato. A coordenadora de execuções penais do Iapen não quis se pronunciar sobre o assunto. Mas o que se sabe é que a acusada saiu pela porta da frente da cadeia acompanhada de seu advogado.

Núbia Sheyla foi presa não mais que 48 horas após o episódio, sendo indiciada, cinco dias depois, como ré confessa e co-autora, por declarar que planejou o roubo, mas sem intenção de matar. Enquanto, a vítima descansa em paz depois de anos ao lado do inimigo, a referida descansa em locais onde a provavelmente a policia não terá fácil acesso. No meio dos dois lados, está a família do marchante, que ainda sente dificuldade em explicar aos filhos da vítima, o desfecho trágico de um relacionamento mergulhado em ambição e traições. A revolta é o sentimento que aflora nos corações de irmãos, amigos e parentes. “Revoltantes acontecimentos que surpreendem até a polícia”, frisou a ex-mulher.

Dias após o indiciamento de Núbia, o executor foi preso. Consta no inquérito policial que ela afirmou ter facilitado o acesso dele na casa para consumação do roubo. Motivos para mantê-la presa não acabam aí, pois além de confessar o latrocínio, ela teria contado aos dedos todas as vezes que tramou contra os bolsos do marido. Assaltos eram executados na saída do trabalho, na escola dos filhos, na porta de casa, ocasiões todas confidenciadas pela vítima com a ex-mulher, Socorro de Araújo Silva, 51.

A casa onde o marchante foi executado ganhou vida novamente com festa promovida pela acusada no mesmo dia de sua soltura. De acordo com vizinhos, que não quiseram se identificar, a bebedeira e música alta corriam soltas, regadas a substâncias ilícitas e armas de fogo. Recentemente, familiares do marchante apelaram ao Ministério Público pedindo segurança em face das constantes ameaças que vêm sofrendo.

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