Postado por Ton Costa

Fonte: TV Amapá – Repórter: Simone Guimarães – Cinegrafista: Edson Ribeiro – Editor de texto: Elton Tavares.

Manoel Leal, Valdenor Furtado e Floriano Oliveira são extrativistas, há cerca de 20 anos, no município de Breves (PA), interior do Pará. Eles chegaram ontem (19) ao município de Santana e denunciaram hoje (20) a Superintendência Regional do Trabalho e ao Ministério Público do Amapá que cerca de 10 famílias de uma ilha, Rio Aranaí, na referida localidade paraense, executam trabalho escravo.

Conforme Manoel Leal, durante vários anos, as famílias exploravam madeira e palmito, para dois irmãos, donos da área. O produto era vendido e os trabalhadores ganhavam um percentual sobre o que havia sido explorado. Um tempo depois, eles continuaram fazendo o mesmo serviço, mas sem receber nenhum valor.

De acordo com Valdenor, que vive na ilha desde que nasceu, há 64 anos, eles não recebem salários e que há cerca de um ano, sofreu um acidente de trabalho e não recebeu assistência. Segundo os trabalhadores, eles foram informados que a extração de madeira e palmito está suspensa. Os donos da ilha estão oferecendo um terreno para cada uma das 10 famílias, com metragem de 50 por 50.

-Esta oferta não atende a necessidade de quem passou a vida inteira trabalhando na área, estamos aqui representando as 10 famílias que trabalham no local e queremos Justiça, afirmou Manoel Leal.