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Macapá, Amapá
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Família é feita refém na Orla de Macapá. Assaltante é morto pela PM


O alagoano descrito como extremamente nervoso por uma das vítimas também ameaçou de morte duas crianças que estavam dormindo em um dos quarto da casa

Algumas frases não causariam impacto se não estivessem atreladas a situações com arma de fogo, fúria e descontrole de assaltantes. Para a família da empresária Rúbia Almeida Chagas, de 40 anos, a expressão: “Vou queimar vocês”, dita por um assaltante, foi o extremo de uma angustiante experiência de terror. O drama vivido por ela e mais seis pessoas que ficaram sob a mira de revólver deve reservar pesadelos para toda vida. Armado com tresoitão, o criminoso invadiu a residência que fica nos altos da “Peixaria e Pizzaria Golfinhos”, na Orla do Santa Inês, e ameaçou "matar geral". Na fuga, ele trocou tiros com a polícia e acabou morto. Uma viatura da PM atingida no pára-brisa anuncia o grau de hostilidade do bandido. Nenhum policial ficou ferido na troca de tiros.

A residência fica na rua Beira Rio, a 300 metros do Complexo do Araxá, onde havia uma viatura estacionada fazendo o que chamam de policiamento ostensivo. Segundo um policial civil, a residência já vinha sendo observada pelo assaltante desde o final da madrugada. Na frente da peixaria, Reinaldo de Oliveira Melo, de 39 anos, rendeu um rapaz de 24 anos de iniciais M. S. B, que saía para o trabalho. Com a arma apontada para o pescoço, a vítima foi coagida até o interior da casa, onde seis pessoas foram feitas reféns. O alagoano descrito como extremamente nervoso por uma das vítimas também ameaçou de morte duas crianças que estavam dormindo em um quarto da casa.

Policial Civil
O policial civil que mora na casa ao lado seguiu o assaltante até passar pela base da PM no Complexo do Araxá. O roubo foi comunicado ao tenente PM Nascimento e o sargento J. Moraes, do 1º batalhão, que comandaram a operação. O agente teria suspeitado da atitude do meliante durante os minutos que antecederam o roubo. A proprietária do imóvel Rúbia Almeida disse reconhecer o algoz e explica que num dado momento, achou oportuno empurrá-lo da sacada da casa, pois temia pela vida dos filhos. “Na primeira vez que olhei pra ele, eu o reconheci. Era entregador de mercadoria a cerca de dois anos em um comércio do bairro. Ele conhecia a rotina da gente. Pela manhã é costume colocarmos o lixo para fora e depois sairmos para trabalhar e estudar. Empurrei ele para proteger meus filhos, depois rapidamente fechamos a casa”, comenta Rúbia.

Profissão de risco
Os PM’s conseguiram frustrar a fuga, mas houve resistência, tiroteio e morte no bairro Jardim Marco Zero. Vigilante, Adelson Madureira Leite, de 30 anos, que fazia "bicos" como mototaxista, disse que o acusado acenou como se fosse um passageiro comum, mas deu voz de assalto ao perceber que a viatura já realizava acompanhamento tático da motocicleta. “Parecia um passageiro normal. Como poderia adivinhar que era um assaltante? Eu tinha acabado de sair de casa e passei pela frente do Sesc quando ele deu com a mão. Na rua Redenção do Conjunto Barcellos, ele anunciou o assalto quando percebeu que estava sendo seguido pela polícia”, relata o autônomo.

“Vai, vai, vai que é um assalto, se não vou te matar”. O relato do mototaxista ficou ainda mais surpreendente. Ele afirmou que teve o impulso de parar a moto quando viu a viatura próxima. Mesmo estando com a arma apontada para a sua cintura, ele diz que sentiu segurança ao avistar a polícia. A moto estava a caminho do bairro Zerão, e passava pelo conjunto Barcelos adjacente ao bairro jardim Marco Zero. O mototaxista declarou que ouviu mais 10 tiros disparos pela polícia em revide contra o assaltante. Um dos disparos, que ele não sabe de onde partiu, acertou o pneu dianteiro da moto.

Antecedentes criminais
Reinaldo de Oliveira Melo, de 39 anos, já havia sido preso em outras ocasiões sob a acusação de roubo (art. 157) e estupro (art. 213). A Polícia Militar o prendeu em novembro de 2009 no bairro Araxá. Ele foi apontado pela polícia como autor de vários crimes roubos e de estupro em Macapá e foi capturado a partir das imagens do circuito interno de câmeras de um estabelecimento onde teria praticado um assalto. Na época, Reinaldo foi acusado de estupro por uma adolescente de 17 anos. No último roubo, ele levou R$ 399 e um celular. Foi alvejado depois de atirar contra os policiais.

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