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Macapá, Amapá
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Assaltos em série a postos de combustível desafiam a polícia

A ação ousada de uma quadrilha desafiou a Polícia Militar na madrugada da última segunda-feira (18). No intervalo de duas horas, pelo menos, quatro postos de combustíveis foram atacados por bandidos. A ação dos criminosos teve início por volta de meia noite, quando foi registrado o primeiro roubo no bairro Buritizal. As características dos assaltantes e da moto usada por eles coincidiram em outros dois casos ocorridos na zona Norte e um no bairro Santa Rita. A motocicleta foi encontrada no quintal de uma casa e duas pessoas foram presas.

A motocicleta, modelo Titan azul, placa NEX3661, foi encontrada com o suposto proprietário, A. F. S, de 30 anos, na rua Progresso, no loteamento Amazonas. Ele afirmou à polícia que havia alugado o veículo para R. S. S, de 18 anos. Esse alegou ter emprestado para uma terceira pessoa, que não foi encontrada. Ambos foram conduzidos para a delegacia, mas negaram participação no crime e foram soltos por falta de provas.

Os suspeitos foram detidos pela equipe da VTR 259 da Polícia Militar e conduzidos para o reconhecimento na presença das vítimas, J. W. F. T., de 38 anos, W. S. C., de 19 anos, e N. L. S., de 25. Todos são frentistas dos postos assaltados, mas não reconheceram os acusados porque os assaltantes usavam capacetes no momento dos roubos. Porém a cor da moto e dos capacetes encontrados pela polícia bateu com a descrição das vítimas.

Rota dos criminosos
Por volta de meia noite, os bandidos atacaram o posto Grão de Ouro, situado na esquina da avenida Feliciano Coelho com rua Hildemar Maia, de onde levaram R$ 150, 00 e um celular. Três pessoas estavam trabalhando na ocasião. Segundo a polícia, eles agiram sempre usando capacetes para esconder a fisionomia. Minutos depois, frentistas de outro posto na avenida Padre Júlio, esquina com a rua Professor Tostes informaram que havia acabado de ocorrer uma tentativa de roubo. A Polícia foi até o local e constatou que se tratava da mesma quadrilha. Em seguida, o alvo dos assaltantes foi um posto na rua Guanabara, no bairro Pacoval, de onde roubaram a quantia de R$ 160, 00. Por volta de 2 horas da madrugada, foram atacados os frentistas de outro estabelecimento denominado “Eco Posto”, no bairro Jardim Felicidade, de onde subtraíam a quantia de R$ 200, 00.

A localização do veículo

As viaturas 3108 e 1509 do 2º Batalhão de Polícia Militar em apoio a VTR 259 do 6º Batalhão conseguiram localizar o atual proprietário da moto usada nos roubos. As equipes se deslocaram para o endereço cadastrado no sistema Getran, que seria do primeiro proprietário da motocicleta. Ele alegou que a moto havia sido vendida a um cidadão que morava no bairro Renascer. Chegando ao renascer, a equipe foi informada que a moto havia sido revendida para um terceiro que morava no Perpetuo Socorro.

Do Perpetuo socorro, as equipes se deslocaram para o loteamento Amazonas, onde encontraram o veículo no quintal de uma residência. A motocicleta e dois capacetes (um preto e um rosa) foram apresentados no Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) do novo horizonte para fossem tomadas as providências legais. No endereço onde a moto foi encontrada, uma pessoa, que dizia ser parente de um dos supostos infratores, foi detida e também apresentada na delegacia por desacato, agressão física a um policial. Infratores e vítimas foram apresentados junto ao delegado plantonista, Ericlaudio Alencar, mas acabaram sendo liberados.

Atividade de risco

Segundo informação da polícia, o ‘modus operandi’ utilizado pelos criminosos é sempre o mesmo. Eles chegam aos postos em motocicletas como se fossem abastecer. Um deles desce do veículo e aborda os frentistas, enquanto o outro aguarda o momento certo para conduzir a fuga. A ação é rápida. Em alguns casos, existe alguém que dá a cobertura em locais próximos do estabelecimento para visar caso a polícia apareça.

Trabalhar neste ramo, para alguns, se tornou uma rotina de risco. O mercado chega a movimentar R$ 70 bilhões por ano, gerando uma receita de impostos de aproximadamente R$ 35 bilhões ao País. Com isso, dezenas de milhares de pessoas são empregadas para o atendimento nos postos de combustíveis. “Ser frentista se tornou uma profissão perigosa. Ninguém está seguro nos postos de combustível de Macapá”, afirmou M. V. S, frentista, há mais de três anos. Os donos de postos pedem mais ronda policial, mas a polícia sugere que eles instalem câmeras de segurança e cofres para aumentar a sensação de segurança de seus trabalhadores.

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