No bairro São Lázaro, zona Norte de Macapá, o corpo de Juscelino de Oliveira Amaral, de 25 anos, foi encontrado na tarde de ontem (10) no quintal de uma residência. A rua Luiz Lino dos Santos teve que ser interditada para facilitar o trabalho da perícia. De acordo com a polícia, o corpo possuía vários ferimentos provocados por objeto pérfuro-cortante (possivelmente faca) na região do tórax e nas costas. A forma como o cadáver foi parar no quintal da casa ainda é um mistério para a polícia, embora haja especulações.

De acordo com testemunhas, Juscelino se envolveu em uma briga no final da tarde do último domingo (9). Fugindo do confronto, ele teria despencado do muro da residência que tem aproximadamente cinco metros de altura. Somente o resultado dos exames necroscópicos vai dizer se a causa da morte foi a queda ou os ferimentos feitos à faca.

A polícia informou que o local onde o corpo foi encontrado funciona como depósito de uma empresa de materiais de construção, situada no bairro São Lázaro. À noite o local tem o portão trancado com cadeado nos portões. Os muros possuem pedaços pontiagudos de ferro na frente, em um dos lados e nos fundos. O funcionário Lourival Rodrigues, de 32 anos, foi quem achou o cadáver que exalava forte odor devido ao estado avançado de putrefação.

O depósito fica adjacente a uma vila de quartos, conhecida como cracolândia, o único lado de muro que não possui pedaços de ferro cortantes. No ano passado, local foi alvo de operação da Delegacia de Repressão ao Tráfico (DTE), que flagrou viciados em estado deplorável de submissão às drogas. A partir da informação, a PM suspeita que a morte possa ter algum envolvimento com entorpecente. Testemunhas afirmam que a possível rixa tenha iniciado no interior desta cracolândia.

Juscelino morava com os pais, próximo à escola Estadual Ruth Bezerra, no São Lázaro. A PM levantou possíveis nomes que possam ter ligação com a morte. Há informação de um homem que está internado no Hospital de Emergência e que teria sido o algoz de Juscelino. A polícia averiguou e descobriu que ele atende pela alcunha de “Jaco” e por enquanto é o principal suspeito pelo crime.