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Macapá, Amapá
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Quadrilhas se especializam em “Saidinhas de Banco”


Esse modus operandi exige a comunicação rápida entre o “olheiro”, que está próximo ao caixa, e seus comparsas, responsáveis pela abordagem na parte externa do banco

Há alguns anos, digitar a senha no caixa eletrônico era o único momento em que o cliente deveria se preocupar dentro das agências. Agora, o risco é iminente desde o momento em que a pessoa sai de casa e maior ainda quando está retornando. Uma modalidade de roubo ficou conhecida em todo o Brasil como "Saidinha de Banco", onde os criminosos observam a movimentação de clientes dentro das agências. Por telefone, descrevem aos comparsas quem faz saques de grandes quantias e na saída, o cliente é assaltado, violentado e muitas vezes morto. Algumas cidades do Brasil já proibiram o uso de celular em agências. Delegado de polícia especializada em crimes contra o patrimônio (DCCP), Alan Moutinho, afirmou com veemência que já é hora de levantar discussões sobre mecanismos que visam acabar com essa modalidade de violência.

Alguns assaltos com este “Modus Operandi” em Macapá têm sido frustrados por vítimas que reagem ou pela polícia durante policiamento ostensivo. Porém alguns casos acabaram de forma trágica para a vítima. “É uma boa idéia proibir o uso de celular nas agências. Com certeza está na hora de começarmos a discutir esse tipo de crime em Macapá”, defendeu o delegado, observando que os cuidados devem ser tomados pelo próprio cliente ao entrar e sair das agências. “O importante é que cada um se policie e tenha mais atenção a sua volta, verificar se não está sendo seguido ou observado. Se a pessoa realiza muitos saques é bom buscar alternar o dia e horário e principalmente não divulgar que pretende sacar”, completou Moutinho.

Para o delgado, os comerciantes e empresários devem evitar ao máximo trabalhar com dinheiro e utilizar preferencialmente sistemas de débito automático. Idosos e mulheres são as principais vítimas dos bandidos, mas qualquer pessoa que mostrar desatenção ou que tenha grandes quantias em dinheiro pode ser vítima da “saidinha de banco”. “É importante olhar em volta e se possível estar acompanhado de alguém. Mas o principal é que a pessoa não chame a atenção na hora de sacar o dinheiro”, finalizou o delegado.

Mesmo que não haja estatísticas oficiais, a prática deste crime está cada vez mais comum para a população macapaense. Os delitos entram na estatística como roubo (Artigo 157 do Código de Processo Penal), e passam a ser investigados pela DCCP. Além do cuidado ao sair do banco, o cliente deve procurar as agências em horários de maior movimento, quando há grande quantidade de pessoas nas ruas. Os bandidos ficam com receio de agir. É aconselhável procurar agências em shoppings e no Centro Comercial, onde a Polícia Militar realiza trabalhos de policiamento ostensivo. Também é aconselhável fazer rotas diferentes no caminho banco-casa e procurar as agências em dias e horários alternados.

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