A Delegacia de Crimes Contra a Pessoa (Decipe) realizou ontem (15) à tarde a reconstituição da morte da enfermeira aposentada, Joaquina Luiza Canuto, de 72 anos, ocorrida no último dia 20 de janeiro no bairro Alvorada. De acordo com o delegado, Roberto Prata, a reconstituição é um trabalho da Polícia Judiciária, serve para finalizar as apurações do inquérito, que daqui a poucos dias estará nas mãos da Justiça. “A intenção é juntar mais provas que complementem a denúncia. Detalhes poderão tirar as dúvidas que ainda restam”, afirmou Prata.

Réu confesso, Ashley Rodrigues de Souza, de 24 anos, vulgo “Magrão”, teria sido aconselhado pelo seu defensor público a não colaborar com o trabalho da polícia. Por volta de 16 horas, ele chegou à casa onde matou a idosa escoltado por agentes prisionais. A princípio, o assassino não quis colaborar e pediu que a imprensa fosse retirada do local. Depois de muita conversa, e sem a presença das câmeras, ele concordou em revelar detalhes do crime. Os trabalhos contaram com cerca de 10 policiais civis, 4 peritos peritos da Polícia Técnico-científica (Politec) e três agentes penitenciários fazia a segurança do preso. A reconstituição só foi concluída após o fechamento desta edição, pelo período da noite. A mãe do réu, e o filho da vítima, professor Edson Canuto, também estiveram presentes para acompanhar os relatos.

Ashley Rodrigues está preso desde a manhã do último dia 6 de março, e vem sendo mantido o Iapen – Instituto Penitenciário do Amapá. Ele já havia confessado o crime uma semana antes em depoimento ao delegado Prata. Na ocasião, ele disse que a aposentada, Luiza Canuto, lhe assediou por dois dias que esteve realizando serviços de eletricidade na casa. Segundo ele, ela chegou a abrir algumas vezes as pernas na intenção de seduzi-lo. Luiza teria ameaçado denunciar Ashley por estupro caso ele não aceitasse o relacionamento amoroso. Este motivo o levou a decidir pelo crime.