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Macapá, Amapá
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Caso Alessandro Guerra: José Maria Rodrigues: 2º assassino a sentar no banco dos réus

Blog Direto da Redação

Sentou no banco dos réus na manhã desta terça-feira (27), mais um dos irmãos envolvidos no assassinato de Alessandro Guerra, filho da vice-prefeita de Macapá, Hellena Guerra. José Maria Rodrigues de Souza, de 44 anos, foi preso por agentes do Departamento de Repreensão ao Crime Organizado (DRCO) da Polícia Civil do Amazonas e do Núcleo de Operação de Inteligência (NOI) da Polícia Civil do Amapá. Os mandados de prisão dele e do irmão, ex-policial militar, Eduardo Rodrigues de Souza, de 48 anos, (executores do crime), foram expedidos pelo juiz de Macapá, Luiz Nazareno Borges.

O ex-PM, Eduardo Rodrigues, já havia sido julgado e condenado a 18 anos de reclusão pelo homicídio de Alessandro Guerra. No último dia 09 de setembro, ele voltou ao banco dos réus por outro assassinato. A vítima dessa vez foi o comerciante, Nilson Gonçalves, morto a tiros em 1997. Depois de 12 horas de julgamento, ele foi condenado a quase 23 anos de prisão. Segundo a Polícia Civil do Amapá, o crime foi motivado por uma dívida de 350 reais que a vítima contraiu com o irmão de Eduardo, o José Maria. No caso Alessandro Guerra, quatro pessoas tiveram participação no crime. Além dos irmãos José Maria, Eduardo e Mauro Rodrigues, o policial militar, Raimundo Fagundes, o “Camundo”, também foi acusado. Raimundo se suicidou misteriosamente durante as investigações.

Investigações

Alessandro tinha apenas dezesseis anos quando foi morto pelos “irmãos Rodrigues”. O crime aconteceu no dia 09 de fevereiro de 1997 em uma localidade no Distrito da Fazendinha. Durante as investigações, a polícia chegou a prender vários suspeitos, mas não conseguiu concluir o inquérito e indiciá-los. Dias depois, durante uma barreira de Trânsito, a polícia apreendeu, por irregularidades na documentação, o veículo de Mauro Sérgio Rodrigues de Souza. E através de uma denúncia anônima, investigadores descobriram que no veículo dele havia importante pista, que posteriormente levaria à prisão dos outros dois acusados, José Maria e Eduardo. Peças roubadas do carro de Alessandro foram encontradas no interior desse veículo, que estava apreendido no pátio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). A partir daí o delegado Airton Aguiar, da Delegacia de Homicídios, pediu a prisão preventiva do proprietário Mauro.

Julgamento II

Mauro Rodrigues, diante do juiz e dos jurados, negou participação na morte de Alessandro Guerra. As declarações foram de encontro ao que ele havia afirmado em depoimento à polícia e ao juiz Francisco Oliveira durante a instrução do processo. Nessas ocasiões, ele confessou ter participado do crime, mas alegou durante julgamento que fez as declarações, sob pressão, e mal orientado pelo seu ex-advogado. Josimar de Souza afirmou que momentos antes do julgamento, que no dia do crime seu cliente estava apenas querendo se divertir e não tinha conhecimento do que iria acontecer naquela noite e que nada pôde fazer para evitar o assassinato, embora o tivesse presenciado.

A fuga

Mauro Sérgio conseguiu fugir no dia 30 de junho de 2000, por volta das 18 horas, da residência dele no bairro Jardim Felicidade II. Escoltado apenas por um guarda de presídio sem arma e sem algema, Mauro foi visitar um parente que estaria doente e aproveitou para escapar. Na época o Setor de Vigilância e Disciplina do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) afirmou que o detento aproveitou que o guarda ficou do lado de fora da casa e fugiu pelos fundos.

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