Publicada em A Gazeta/21.01.2010

Policiais militares, juntamente com o Conselho Tutelar da Zona Norte, realizaram ontem (20), a prisão em flagrante do policial cível Antônio Ronaldo Moraes Barreto por prática de crime de pedofilia. Tanto a polícia como o Conselho Tutelar acompanharam o encontro de Antônio Ronaldo com uma menor de 13 anos, e a entrada do pedófilo com a vítima no Motel Calígula, no bairro Jardim Felicidade.FlagranteO caso chegou ao conhecimento das autoridades policiais por meio da família da menor. No dia anterior ao flagrante, Ronaldo marcou através de um programa de bate-papo (MSN) na internet um encontro com a menor e uma amiga dela no Shopping Macapá.

O fato chegou ao conhecimento dos pais que resolveram marcar um novo encontro com o policial usando o endereço na internet de uma das meninas por quem ele havia se interessado. A família comunicou o caso ao conselho tutelar e a policia que armou o flagrante. Ao chegar ao motel, o acusado, que dirigia um Honda Civic, ainda tentou sair do estabelecimento, mas, tanto a polícia, como o conselho tutelar o abordaram logo em seguida. Sexo por presentesSegundo o que a menor revelou aos pais, os dois se conheciam há mais de um mês e o policial prometia em troca dos encontros sexuais, presentes como celulares e computadores, além de passeios de moto e no veículo de sua propriedade, um Honda Civic.

A família comunicou o caso ao Ministério Público, a Polícia Federal promete procurar a CPI da Pedofilia da Assembleia Legislativa para denunciar o crime.Sofrimento da famíliaEmocionado o sindicalista José Ronaldo, pai da vítima, disse que não aceitava o que estava acontecendo com a família dele naquele momento. “Peço aos pais que acompanhem melhor seus filhos. Vivo para sustentar minha família e aparece um monstro desses para fazer esse tipo de coisa. Quero justiça e vou lutar por isso”, desabafou.

Estupro e ato libidinosoNa Delegacia de Crimes contra a Mulher (DCCM), chorando muito e amparada pela mãe, a menor fez o relato das conversas com o policial pela internet. O caso está com a titular da DCCM, delegada Josymaria Coelho, que ficou de encaminhar ontem mesmo o acusado para o Instituto de Administração Penitenciária do Estado (Iapen). De acordo com a delegada, o policial responderá por estupro e ato libidinoso. “Pela nova lei necessariamente não precisa consumar a conjunção carnal para caracterizar o estupro e ato libidinoso. Houve uma extensão nesse delito. Como foi flagrante vamos encaminhá-lo a penitenciária”, esclarece a delegada.