Amapá mobiliza militares para ajuda humanitária no Haiti

O corpo de bombeiros realizou uma pré-seleção de militares da corporação para atuar em ajuda humanitária e missão de resgate no país devastado em caso de necessidade

Ontem (19), o Conselho de Segurança da ONU anunciou a aprovação do envio de mais 3.500 homens das forças de paz para ajudar nos serviços de resgate no Haiti, país que foi devastado por um terremoto no último dia 12. As declarações prestadas ontem por um oficial da Defesa Civil, aqui no Amapá, confirmavam o envio de uma equipe de 10 homens do Corpo de Bombeiros para Parto Príncipe ainda nesta semana. Em contrapartida, as afirmações não agradaram o alto escalão da corporação, que prefere abafar o assunto.

De acordo com o coronel Duarte, o Corpo de Bombeiros fez apenas um processo de pré-seleção de militares que estejam preparados física e psicologicamente para atuar em ajuda humanitária e missão de resgate em caso de necessidade. A requisição pode vir a qualquer momento da Liga Nacional dos Bombeiros, que deve levar em consideração as circunstâncias desastrosas e a necessidade urgente, ou não, de novas equipes de apoio àquela região. “Por hora, dos homens que se dispuseram a colaborar, dez deles especializados em busca e salvamento foram selecionados e estão de prontidão à espera de um start”, afirmou o coronel.

De acordo com ele, o Corpo de Bombeiros do Amapá depende apenas de uma resolução da Liga Nacional de Bombeiros, que autorize a viagem dos amapaenses para o Haiti. “Ao que tudo indica, não haverá necessidade e nossos homens não serão enviados. A situação é meio incerta”, presumiu Duarte.

Até o fechamento desta edição, o número de brasileiros mortos havia subido para 19 em consequência do terremoto. Além de 16 militares membros da missão de paz da Organização das Nações Unidas, também morreram a médica Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, e o diplomata Luiz Carlos da Costa. Outro militar continua desaparecido. De acordo com ONU, a missão para a Estabilização do Haiti (Minustah) consistirá de um componente militar de até 8.940 militares de todos os escalões e um contingente de 3.711 policiais.