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Macapá, Amapá
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Iapen: Monitoramento por câmeras não evita fuga de presos

Nove câmeras instaladas na área externa aos pavilhões não serviram para inibir as fugas. Só em novembro nove presos escaparam.

O diretor do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), Coronel Walcyr Alberto Costa Santos, divulgou, em agosto de 2009, um novo sistema de monitoramento do presídio través da internet. Com a instalação de nove câmeras na área externa dos pavilhões, Walcyr garantiu que seria possível diminuir o número de fugas. Ele apresentou o novo sistema como um reforço na segurança daquela casa penal, e afirmou que as câmeras já haviam sido instaladas. Porém, a estatística mostra a realidade bem diferente do que previa a diretoria, em discurso feito à imprensa. No mês de novembro, manteve-se a média de fuga dos meses anteriores com nove registros.
A Polícia Federal deflagrou, em março, a operação “9 mm”, que prendeu nove pessoas acusadas de facilitar as fugas e, ainda, fornecer armamento aos foragidos, com os quais, realizaram ‘crimes de peso’ nos Estados do Maranhão e Pará, segundo investigação da PF. Com a operação, também, acreditava-se que a segurança do instituto fosse passar por reformulações que garantissem o fim das fugas. Após a operação, a PF não descartou a possibilidade de que outros esquemas fraudulentos funcionem dentro do presídio, sobretudo, ligados à entrada de armas e drogas. A Operação 9 mm constatou que alguns policiais militares que trabalhavam no presídio eram os facilitadores, que davam folgas para a retirada de presos mediante pagamento de $uborno. Depois da evasão dos presos, eles ainda vendiam armas aprendidas em operações de rotina aos foragidos. Há indícios de que as armas tenham sido usadas em ações criminosas fora do Estado. Foi notícia, há dois meses, que o sistema penal amapaense passaria a contar com mais 11 câmeras fixas e monitoradas 24 horas. Elas teriam capacidade de zoon de quilômetros de distância., informou o próprio diretor, Coronel Walcyr.
Sistema de monitoramento
“Através dele seria possível observar a parte externa da penitenciária e acompanhar qualquer movimentação suspeita de pessoas e veículos. O sistema deverá facilitar na identificação de presos em caso de novos conflitos e evitar fugas”, previa o diretor. Essa é mais uma medida adotada pela direção na tentativa de coibir novas turbulências entre facções rivais.
Segundo o coronel Walcyr, mais 11 câmeras seriam instaladas, dentro dos pavilhões. Porém o projeto só seria possível após a reforma na estrutura física e na segurança do prédio. Grande parte do equipamento foi instalada na área onde os presos costumam tomar banho de sol.

Segundo o diretor, um setor de segurança ficaria encarregado de observar a movimentação e comportamento dos internos. A direção pode ter acesso às imagens do circuito interno de qualquer lugar dentro ou fora da área do presídio, precisando apenas de uma conexão com a internet e a permissão necessária. "A medida veio para que os presos saibam que estão sendo vigiados constantemente", frisou Walcyr.

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