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Macapá, Amapá
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Medida de segurança: Polícia mantém ocupação no bairro do Muca


Apesar da ousadia da polícia, não houve confrontos armados. Apenas três pessoas foram presas. De acordo com o comando, há três dias não existe tráfico no local

Uma audaciosa operação deflagrada neste sábado (27) pelo comando geral da Polícia Militar neutralizou o comércio de entorpecentes no bairro do Muca. A ocupação dos policiais provocou a retirada de vários bandidos de alta periculosidade e chefes do tráfico no “Copala”. Segundo a PM, uma quadrilha composta por, pelo menos, 10 bandidos vinha aterrorizando o bairro antes desta medida extrema de segurança. Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e Companhia de Radiopatrulha estão desde a madrugada de sábado dando prosseguimento à operação. De acordo com o comandante do Bope, Major Rodney, há três dias não existe tráfico de drogas na rua do Copala. Não há data certa para o fim da ocupação.

Apesar da ousadia da polícia, não houve confrontos armados com traficantes. Apenas três pessoas foram presas nos três primeiros dias. Major Rodney informou que a operação tem o propósito de tirar todas as espécies de bandidos de circulação, inibir o tráfico de drogas e evitar homicídios. A determinação foi dada pelo comando geral da PM em razão do alto índice de mortes entre traficantes no ano passado. “Desde 2009, vários homicídios entre bandidos vêm ocorrendo. Para garantir que pessoas de bem não sejam vítimas dessa criminalidade, a Polícia Militar resolveu ocupar a área até a situação se tranquilizar”, informou Rodney.

Segundo o comandante, o 1º batalhão assumirá o policiamento rotineiro assim que a situação estiver totalmente sob controle. O primeiro passo da operação foi realizado com identificação e levantamento da ficha de todas as pessoas que integravam a quadrilha de Junior Calango, bandido morto há duas semanas pela Rotam (Ronda Tática Motorizada). O serviço Reservado da PM descobriu que todos os elementos já responderam ou ainda respondem por crimes como assalto, roubo e homicídio. De acordo com o major, no início da ocupação todos se evadiram da região.

Junior Calango, quando chegou para comandar o Copala, mandou matar alguns traficantes e formou a própria quadrilha. No início da atuação do Bope, predominava a lei do silêncio. A comunidade não quis falar com medo de represália dos traficantes. “No decorrer da operação, moradores perceberam que a polícia realmente ficaria no bairro, e começaram a conversar. A gente espera que a cada dia, a comunidade tome mais confiança e comece a denunciar os criminosos”, Rodney.

Segundo informações policiais, o tráfico de drogas no Colapa cresceu ao longo do tempo graças à grande procura pela droga, principalmente, por pessoas de classe média. “Quem vai comprar a droga não vai de bicicleta ou a pé, mas vai de carro e costuma parar na beira da rua, geralmente, durante a noite. Já fizemos várias abordagens nesses veículos e algumas vezes flagramos pessoas com dinheiro nas mãos, que não sabem como explicar aquela situação”, disse o major, ressaltando que os boqueiros também são vitimas do tráfico, pois na maioria das vezes são pessoas humildes que vivem em condições subumanas.

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