A Polícia suspeita de um homem conhecido como “Cara de Gato”, que já está sendo caçado sob acusação de ser o executor desse homicídio.

A onda de violência e crimes hediondos no bairro de Muca está longe de ser um problema do passado. Evidências revelam que a maior parte das mortes tem ligação com o tráfico de drogas na região. “Quando não é a polícia que mata, é o traficante acertando as contas”, disse um morador, que não quis se identificar. Na última quarta-feira (20), mais uma pessoa foi executada a tiros. A Polícia Militar acredita que ele foi vítima de vingança perpetrada por traficantes.

Além do comércio escancarado de substância entorpecente, os tiroteios entre facções rivais pelo comando das bocas e as trocas de tiro envolvendo policiais e bandidos são constantes no bairro. A última vítima foi o Eliel do Nascimento Pantoja, conhecido como “Leco”. Ele cumpria prisão domiciliar desde o início do ano e foi morto com cinco tiros em uma rua escura próxima da Escola Estadual Lauro Chaves. Ele caminhava com a esposa por volta de 22 horas quando foi surpreendido pelo assassino.

Eliel já foi preso em companhia de traficantes do bairro, ocasião em que foi autuado e posteriormente julgado e condenado por porte ilegal de armas de fogo e roubo à mão armada (artigos 14 e 157). Por esse motivo, a polícia acha que ele tinha envolvimento com o tráfico. Apesar de ter sido levado às pressas, duas horas depois de dar entrada no hospital, os médicos anunciaram a parada cardiorrespiratória.

Por volta de 22 horas de quarta, a polícia foi acionada através do Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciodes), já com a informação de que teria ocorrido um homicídio no Muca. No local, a guarnição entrou em contanto com o irmão da vítima, conhecido como “Babal”, que repassou informações aos policiais sobre a identidade do atirador.

A Polícia suspeita de um indivíduo conhecido como “Cara de Gato”, que já está sendo caçado sob acusação de ser o executor desse homicídio. Segundo a polícia, ele agiu em conluio com um indivíduo conhecido como “Tico”, também foragido. De acordo com o oficial da PM, Sargento Alencar, ambos têm passagem pelo Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) por chefiar pontos de venda de droga bairro do Muca. Até o final da tarde de ontem, a Polícia ainda não tinha pistas sobre o paradeiro dos acusados.