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Macapá, Amapá
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NOVA CPMF: DIFÍCIL DE CRIAR; FÁCIL DE AUMENTAR

por Paulo G. M. de Moura

Conforme se poderia esperar de alguém que se vangloria de inchar a máquina pública com se isso nos ajudasse a sair da crise, Lula prepara a criação de dois novos impostos, aproveitando-se da queda de arrecadação resultante do desaquecimento da economia. A nova CPMF, batizada de CSS, e o imposto de livro, deveriam, conforme a retórica fiscal, financiar o combate à gripe AH1N1, e a criação de um fundo de incentivo à leitura. Lula aproveita-se do impacto da crise sobre os cofres das prefeituras e governos estaduais para transferir o ônus da medida impopular. Talvez o ano eleitoral nos salve do assalto oficial, mas, dado o alinhamento da classe política com Lula, e o interesse corporativo dos políticos nos cofres públicos, não será surpresa se o novo assalto do governo ao nosso bolso for aprovado. A esperança de que essas medidas não passem está na mobilização da opinião pública. Em 2005 o Brasil assistiu emergir um movimento nacional contra a derrama fiscal que ganhou evidência com a reação social à MP 232. Aquele movimento, no entanto, já vinha se esboçando de forma desarticulada em vários pontos do país. Sua base social se compunha de entidades representativas do meio empresarial e de segmentos da classe média, essa última em geral representada por entidades associativas de profissionais liberais. Empresários e profissionais liberais têm em comum o fato de cultivarem relativa independência do Estado, não obstante arcarem com o grosso dos impostos que sustentam a máquina pública, sem, no entanto, usufruírem os benefícios correspondentes.

Dr. Paulo G. M. de Moura - Consultoria em Comunicação & Análise Política
www.professorpaulomoura.com.br

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