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Macapá, Amapá
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Macapá: A intolerância constrange e humilha os cadeirantes

Em 2011, 55 ônibus adaptados estarão circulando em Macapá. O vice-presidente da Adfap,

Carlos Lima

O transporte público sempre foi o “vilão número 1” de pessoas com deficiência física. As melhorias só chegaram a partir da nova gestão municipal. A cidade de Macapá passou a contar com uma frota de 145 ônibus que circulam efetivamente por todos os bairros. Desse número, pelo menos, 30 veículos são novos e adaptados com elevador para cadeirantes. Mas quem pensa que as dificuldades terminam por aí, está enganado. “Não depende apenas do poder público”, disse Fernando Pereira Oliveira, fundador da associação que atende portadores de deficiência física em Macapá.

Fernando explicou que as dificuldades e, sobretudo, o constrangimento, ainda estão presentes na vida dos cadeirantes. Quando a situação requer a utilização do transporte coletivo, o desrespeito e a humilhação são ainda maiores. O despreparo de cobradores e a intolerância de motoristas são fatores evidenciados no testemunho do vice-presidente e fundador da associação (Adfap). Ele afirma que as empresas de ônibus com veículos adaptados não se preocuparam em qualificar o funcionário para operar o elevador. Além disso, a demora em pôr um cadeirante a abordo do veículo tira muita gente do sério.

Para Fernando Oliveira, a intolerância existe, no caso dos motoristas, por conta da obrigação de cumprir horários. As cenas exibidas, recentemente, em “Viver a Vida”, novela da TV Globo, não se restringem a uma história de ficção, ou à realidade de uma grande metrópole. O cadeirante ressalta que as dificuldades enfrentadas por eles são inúmeras e estão por toda parte. Não basta à doença, a trauma pós-acidente e uma série de outras adversidades do dia-dia. Mais difícil que superar a dor de estar paralítico é viajar de ônibus em Macapá, assim como tentar acessar locais público que não possuem rampas.

A luta dos deficientes por garantia de direitos no transporte perdura há bastante tempo. Fernando Oliveira diz que acompanha este processo desde o início, e afirma que muito ainda tem que ser feito. “Contar com veículos adaptados é um sonho realizado. Só temos a agradecer ao prefeito Roberto Góes pelo empenho em fazer com que todos tenham seus direitos respeitados na cidade de Macapá. O problema é que não houve capacitação para o funcionário que iria operar o elevador. Isso acabou trazendo outras dificuldades. O motorista diz que está com defeito o elevador. O cobrador fala que a porta central não está abrindo, quando na verdade, muito não sabem operar a máquina”, declarou o cadeirante, aconselhando todos os deficientes físicos a insistir quando perceber que não há boa vontade alheia.

O espaço reservado à cadeira de rodas no interior do coletivo é outra dificuldade. Fernando explica que embora exista apenas um local para se trafegar com segurança, o motorista não pode transportar somente um cadeirante de cada vez. “Quando nós pegamos um taxi, a cadeira vai no porta-malas e nós sentados no banco do passageiro. Este mesmo processo dá para ser feito dentro do ônibus. Muitos motorista dizem que a norma é andar com um de cada vez, mas não é verdade”, disse.

2 comentários

fernando oliveira cadeirante disse...

convesando com um motorista ele me informou q pra melhora o atendimento ao cadeirante.e preciso q seja aumentado o tempo para realização de cada viagem nos onibus q tem elevador

fernando oliveira cadeirante disse...

convesando com um motorista ele me informou q pra melhora o atendimento ao cadeirante.e preciso q seja aumentado o tempo para realização de cada viagem nos onibus q tem elevador

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