Piratas do Asfalto: Crescem os casos de assalto a ônibus na capital
Existem casos de vítimas de assaltos no interior de coletivos, que recorreram à justiça e foram indenizadas pela empresa
Com a administração do prefeito, Roberto Góes, o transporte coletivo em Macapá passou por importantes melhorias em diversos aspectos, desde a acessibilidade até a repaginação das paradas de ônibus em toda cidade. Contudo, um grave problema ainda preocupa o usuário. A vulnerabilidade do transporte tem chamado bastante a atenção de bandidos pela ausência do principal equipamento de segurança nestes casos. Assaltos vêm ocorrendo, sobretudo, em ônibus que fazem a linha Macapá-Santana e àqueles que circulam dentro da cidade de Macapá, mas que estão desprovidos de câmeras de vídeo. Segundo o diretor de transportes da Empresa Municipal de Transportes Urbanos (EMTU), Jair Andrade, não existe Lei estadual que obrigue as empresas a instalar câmeras nos ônibus. “Algumas colocam por segurança do próprio patrimônio”, afirmou o diretor.
Última ação criminosa
Na semana passada, o assalto ocorreu a um carro da empresa expresso Marco Zero, que fazia trajeto pelo bairro Cuba de Asfalto. Na última terça-feira (12), mais um ônibus foi saqueado por homens armados no km 9 da rodovia Duca Serra por volta das 20h. O coletivo fazia a linha Macapá-Santana. Aproximadamente 15 passageiros viveram momentos de terror nas mãos dos bandidos, que fugiram impunemente. Eles usaram uma técnica comum. O carro saiu de Macapá com os dois meliantes a bordo. Às proximidades da linha E do km 9 da rodovia Duca Serra (trecho com baixa iluminação), eles anunciaram o assalto, obrigando o motorista a parar o veículo no acostamento. Os 15 passageiros, que tinham como destino o município vizinho Santana, além do cobrador, foram roubados. De acordo com a polícia, ninguém ficou ferido durante a ação dos criminosos. Passageiros reclamaram da péssima iluminação da rodovia.
Segundo testemunhas, os meliantes esperaram o veículo chegar a um ponto escuro da pista para consumar o roubo. Sob a mira de revólver, todas as pessoas foram obrigadas a entregar seus respectivos pertences (jóias, dinheiro (cerca de R$ 2 mil) e aparelhos eletro/eletrônicos). A polícia acha que os dois delinquentes moram no bairro Marabaixo, uma vez que fugiram a pé por um matagal naquele perímetro. Alguns policiais fizeram buscas no mato à procura de suspeitos, mas não tiveram êxito.
A polícia foi acionada pelo motorista de outro veículo que passava pela rodovia. Cerca de 10 minutos depois, duas viaturas do 2º batalhão se encontravam no local. A PM fez um boletim de ocorrência e registrou o fato na delegacia para os devidos procedimentos que o caso requer. Até o fechamento da matéria, a polícia não tinha pista dos meliantes que agiram tranquila e impunemente.
Os Piratas do Asfalto
Bandidos que assaltam ônibus já estão sendo chamados de “Piratas do Asfalto”. Eles agem sorrateiramente, entram nos coletivos e aguardam o momento certo de dar o bote. Trafegar de Macapá para Santana ou bairros isolados da capital se tornou um verdadeiro perigo para quem precisa se deslocar todos os dias. Em horário noturno a insegurança aumenta atrelada à falta de fiscalização. Geralmente, operações em rodovias ocorrem em pontos fixos localizados distante um do outro.
Bandidos que assaltam ônibus já estão sendo chamados de “Piratas do Asfalto”. Eles agem sorrateiramente, entram nos coletivos e aguardam o momento certo de dar o bote. Trafegar de Macapá para Santana ou bairros isolados da capital se tornou um verdadeiro perigo para quem precisa se deslocar todos os dias. Em horário noturno a insegurança aumenta atrelada à falta de fiscalização. Geralmente, operações em rodovias ocorrem em pontos fixos localizados distante um do outro.
Os relatos de assaltos tem sido constantes nos últimos meses, e as vítimas algumas vezes não querem prestar ocorrência policial por acreditar que o caso é difícil de elucidar, assim como recuperar os objetos roubados. “A impressão que se tem é que muitas empresas de ônibus se preocupam apenas com os prejuízos financeiros que por sinal são mínimos, na maioria dos casos. Não parecem preocupar-se com a segurança, nem com a integridade física dos passageiros”, declarou a estudante, Maria Cristina. Em Macapá ainda há empresas que não utilizam câmeras de segurança, fator que chama ainda mais a atenção dos bandidos. O que pouca gente não sabe é que as vítimas de assalto no interior de coletivos podem recorrer à justiça e serem indenizadas.
Desprovida de segurança
Na semana passada, dois jovens armados com revólver calibre 38 e faca assaltaram um ônibus de placa JUL 7004 da empresa, expresso Marco Zero, no bairro Cuba de Asfalto. Eles subiram no coletivo e foram até o Centro da cidade. Mas o roubo só foi anunciado no momento em que o ônibus retornava ao bairro Cuba de Asfalto próximo a uma escola estadual. Foram rendidos o motorista, a cobradora e cerca de cinco passageiros. Aproximadamente, 300 reais foram subtraídos do cobrador, assim como dinheiro, jóias e celulares dos passageiros. Ninguém saiu ferido. Após a prática do delito, os dois obrigaram o motorista a parar o veículo às proximidades de uma área de ponte por onde se evadiram, levando todo o produto do roubo. Segundo uma testemunha, os bandidos são menores de idade e de pele negra. A empresa, expresso Marco Zero, opera em Macapá há aproximadamente um mês. De acordo com um cobrador, até o fechamento desta matéria, nenhum dos veículos havia sido equipado com câmeras de segurança. “É uma afronta ao cidadão macapaense”, comentou a senhora Maria de Nazaré, usuária.
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