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Macapá, Amapá
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Pai de família morre ao tentar furtar cabos de alta tensão

Pai de cinco filhos e desempregado. Francisco Almeida Silva, 40 anos, morreu eletrocutado quando tentava furtar cabos de cobre da subestação de energia elétrica do estádio Zerão. O corpo dele foi encontrado ontem pela manhã já em estado de decomposição dentro de uma caixa de concreto por onde passam fios de alta tensão. De acordo com Técnicos da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), Francisco Almeida recebeu uma descarga de 13.800 volts ao tentar cortar os cabos com uma serra. O corpo dele ficou totalmente carbonizado.

Um homem de prenome Eduardo ao sentar na beirada da caixa de concreto sentiu o cheiro forte, viu o cadáver e chamou a polícia. Uma equipe da Polícia Militar e outra da Polícia Civil rapidamente chegaram ao local e logo constataram que se trava de um furto. Policiais sustentam a tese de que Francisco não agia sozinho. Segundo eles, a tampa que cobre o caixa de concreto pesa aproximadamente 200 quilos, sendo necessário, pelo menos, três pessoas para removê-la.

Um morador que vive em torno do estádio Zerão conta que houve uma queda de energia por volta de 2 horas da madrugada de domingo. Suspeita-se que esse tenha sido o horário da morte. Dentro da subestação de energia todos os cabos já haviam sido retirados. Segundo um técnico da Companhia de Eletricidade, os fios seriam revendidos pelo preço de R$ 7,00, o quilo.

Francisco Almeida, segundo a esposa Kátia, era ex-funcionário da empresa de transporte público Cidade de Macapá, localizada no bairro do Congós. Funcionários de lá, afirmam que a vítima começou a trabalhar como lavador, depois como mecânico até chegar ao posto de motorista. Na empresa, ele era conhecido como Ronaldinho. Para a família era Negão. Ele havia saído de casa por volta de 9h30 da manhã de domingo (20). Um vizinho de prenome Sebastião disse ter tido contato com ele por volta de 10 horas do mesmo dia. “Ele dizia estar indo fazer um serviço de encanação e pediu pra que eu ficasse com a bicicleta dele, depois não voltou mais”, relatou.

Francisco Negão deixou a esposa e mais cinco filhos de baixa idade. Uma cunhada informou que por várias vezes ele recebeu convites para trabalhar como motorista de caminhão, mas por motivos desconhecidos acabava recusando. Para o furto, Negão levou uma sacola com várias chaves, alicates e uma vara feita com tubos de PVC. No entanto, pelo que se pôde apurar “ele não possuía nenhum conhecimento sobre energia elétrica”. É o que afirma o técnico de eletricidade. Com a descarga, ele teve morte instantânea. Seus restos mortais foram retirados somente por volta de 13h30 da tarde pelo Corpo de Bombeiros.

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