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MPF processa Record e Gazeta por ofensas a religiões africanas

Folha Online

O Ministério Público Federal em São paulo entrou com uma ação na Justiça nesta quinta-feira (5) contra a Record e a Gazeta, acusando as emissoras de exibirem conteúdo que ofende as religiões de origem africana. As duas emissoras exibem programas e cultos produzidos pela Igreja Universal do Reino de Deus.
A procuradora Adriana da Silva Fernandes argumentou que a Record e a Gazeta transmitem programas religiosos e cultos que associam expressões como "encosto", "demônios", "espíritos imundos" e "feitiçaria" ao candomblé e à umbanda, quando intercala essas palavras com o termo "macumba".
O órgão exige que a Record pague uma indenização de R$ 13,6 milhões e a Gazeta, de R$ 2,4 milhões por danos morais coletivos. O valor corresponde a 1% do faturamento das emissoras e, caso seja pago, será revertido para o Fundo de Defesa dos Direitos Difusos.
Caso as emissoras não suspendam a programação religiosa com as supostas ofensas, o MPF ainda exige que elas paguem multa diária de R$ 10 mil.
Reação
Procurada pela Folha Online, a Record disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que ainda não foi notificada oficialmente sobre a ação e que as acusações ainda serão analisadas pelo departamento jurídico da emissora.
A Gazeta informou em nota que também não foi notificada e que, por isso, ainda não pode comentar a ação. A emissora ainda afirma que a sua programação produzida pela própria emissora não é discriminatória.
A ação do MPF argumenta que, mesmo quando os programas são produzidos por empresas independentes, as emissoras têm responsabilidade pelo que é veiculado.
Em abril de 2008, o Ministério das Comunicações já havia aplicado multa de R$ 1.012,32 para as duas emissoras por ofensas às religiões afro. A Promotoria, no entanto, considerou que o pagamento não foi suficiente para acabar com as supostas discriminações.

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