Posted by Carol Borne under

Não entendo quem não gosta de ler e se orgulha disso. Sou da opinião de que quem não se interessa pelo fascinante mundo dos livros, não desenvolve a imaginação, o pensamento, a criatividade, o emocional a inteligência, só pra começar.
Ler é como viajar sem tirar a bunda da cadeira porque é a mente que faz as mais mirabolantes jornadas. É ela que conhece outras gentes, outras culturas, outros países, mares, selvas, desertos ou planetas. Tripulando esta engenhoca sensorial, a imaginação prova novos sabores, sente os aromas, desperta sentimentos adormecidos e descobre outros, completamente desconhecidos.Novos horizontes se abrem junto com as páginas de um bom livro, no enredo emocionante de uma boa história. Os olhos transformam as pequenas letras em imagens mentais, como um filme exclusivo.
Então é justamente por isso que não consigo entender alguém que enche a boca pra falar que ler é um saco! Como assim? Um saco é manter uma conversa minimamente inteligível com uma criatura dessas.
Claro, descartando a dislexia, problemas neurológicos, o analfabetismo ou até mesmo a falta de estímulo para formar novos leitores, não vejo razão para que um ser humano que tenha domínio em juntar letrinhas-palavras-frases-parágrafos e transformar em ’sentido’, abomine livrarias ou bibliotecas! Ok, ok, estamos no Brasil e blábláblá… mas, pelamordedeus!
Certa feita, estava eu em uma sala de aula, na faculdade de jornalismo (sim, é isso mesmo e eu não bebi), quando a pergunta foi feita:
- Quem lê jornal?
Meia dúzia de mãos levantaram, numa sala em que havia, no mínimo, 30 pessoas. PLOFT!Me caiu Gorbachov, me caiu Barishnikov, me caiu o Kremlin inteiro (como diria Laurinha) junto com meu queixo e meu ‘derrière’.
Raciocinem aqueles que fazem sinapses: pode uma entidade que, supostamente saiba ‘acoierá’ as letrinha, visto que se encontra universitário de JORNALISMO, não ler jornais? Livros, então, nem com um rifle apontado pra cabeça!Toda a vez que eu me sentir magneticamente sugada para dentro de uma livraria como a Cultura, por exemplo, e só sair de lá depois de me endividar até as minhas próximas doze gerações, ao invés de lamentar a erosão financeira, vou beijar o sacrossanto chão do lugar e agradecer à minha família que me transformou numa livro-dependente!
É só fazer as contas: de novembro de 2007 até ontem, eu li exatamente 17 (dezessete) livros e reli outros dois por puro prazer!
Agora dá licença porque tenho que começar o de número 20!Até outra hora!