Politec AP confirma paternidade criminal no Maranhão
O fato teve repercussão internacional e foi comparado com o caso de Josef Fritzl, maníaco da Áustria que manteve a filha Elisabeth aprisionada no porão da casa durante 24 anos e teve filhos com ela
A Polícia Técnico Científica (Politec) do Estado do Amapá, apresentou nesta quinta-feira, 8, laudo positivo do exame de DNA, sobre o caso de José Agostinho Bispo Pereira, do município de Pinheiro no Maranhão. Acusado de abusar sexualmente de suas filhas, 11 amostras foram avaliadas e comprovadas pela Politec que o maranhense tem 8 filhos- netos, sendo 2 com sua filha Maria Sandra e 6 com Sandra Maria.
Na região norte do Brasil, apenas Amapá, Pará e Amazonas têm laboratório de DNA. Para elucidar este caso, a Polícia do Maranhão pediu apoio à Politec do Amapá. Segundo o perito criminal, Pablo Francez, levou em torno de uma semana para concluir o caso e mais uns dias para realizar laudos técnicos. “A resposta oficial para a polícia de Maranhão foi enviada ontem (quarta-feira, 6/7) por correio. Como o Maranhão não tem laboratório de DNA, junto a este caso, peritos daquele Estado trouxeram mais 5 casos: 3 de paternidade criminal, 1 de cadáver desconhecido e 1 caso de local de crime.
O Governo do Estado viabilizou alguns equipamentos e reformou o laboratório de DNA para melhor desempenho dos profissionais ao prestar serviço à sociedade. De acordo com a diretora da Politec, Eliete Borges com a parceria da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), o Governo do Estado investe na estrutura da Polícia Técnico científica, em equipamentos e capacitações profissionais. “Com a reforma do laboratório de DNA, temos mais suporte para prestar serviço à comunidade e há outros Estados, em situações importantes como esta”, completa.
O laboratório de DNA inaugurado no final de 2007 é responsável por casos de violência sexual, paternidade criminal (quando o pai estupra a filha e a engravida), local de crime e investigação de cadáver. “O primeiro caso desvendado pelo laboratório de DNA da Politec foi de estupro ao início de 2008”, lembra o perito Pablo Francez. Crisler Samara
Postar um comentário