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Macapá, Amapá
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Homens armados assaltam agência do Banco Popular no Amapá

Três homens foram rastreados e presos, mas não foram indiciados para surpresa dos agentes e do delegado que dirigiu as investigações. Polícia Civil agora vai investigar o caso

Por Carlos Lima- do jornal A Gazeta

A prisão de três homens suspeitos de assaltar uma agência do banco popular em Macapá nesta quinta-feira por volta de 17h20 foi resultado de uma operação conjunta entre Polícia Civil e Polícia Militar. A Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), sob comando do delegado, Alan Moutinho, começou a rastrear a quadrilha minutos após o roubo e com apoio da Companhia de Radiopatrulha (CRPM) conseguiu prender três dos envolvidos. Contudo, o caso foi parar nas mãos de uma delegada no Ciosp no Novo Horizonte e virou apenas um inquérito policial. Os acusados foram liberados.

O caso será investigado pela Delegacia de Furtos e Roubos (DCCP), mas o procedimento adotado pela delegada Elza Nogueira, no Ciosp do Novo Horizonte, de não indiciar os acusados pelo crime de roubo e formação de quadrilha, contraria a opinião pública e gera polêmica entre policiais civis e militares. A decisão surpreende inclusive o delegado que dirigiu as investigações. Alan Moutinho não quis questionar a análise e o entendimento da delegada Elza a cerca do caso, mas afirmou que se sentiu surpreso ao saber que os suspeitos haviam sido soltos.

Os três aparecem nas imagens do circuito de câmeras de um supermercado que fica em frente ao banco. Eles estavam dando cobertura aos demais comparsas do lado de fora da agência, conforme destacou o delegado. O trio também foi reconhecido por funcionários do estabelecimento bancário, inicialmente através de fotos do banco de dados da Polícia Civil. Em seguida à prisão, eles foram levados à presença das vítimas e foram novamente reconhecidos.

Segundo o delegado Alan Moutinho, da DCCP, um dos veículos usados por dois dos assaltantes possuía as placas frias. “Os assaltantes chegaram em motos, mas fugiram em carros”, explica o delegado. “Um Pálio cor de vinho e uma Saveiro verde davam cobertura no assalto. Uma das placas (NEX 9199), anotada por populares, não consta no sistema do Detran”, disse.
Segundo a polícia (cita em B.O apresentado ao comando da PM), os assaltantes entraram nas dependências da agência às 17h10 ameaçando dois funcionários com revólveres calibre 38. Três homens ficaram no lado de fora em dois veículos estrategicamente posicionados. Cerca de meia hora após a ocorrência, agentes da DCCP descobriram o local exato onde um dos carros havia deixado dois dos assaltantes.

Foi solicitado apoio de uma guarnição da CRPM, e uma casa que fica na rua Goiás, no bairro Pacoval, foi invadida. Dois foram presos. Conforme ratificou o delegado Alan Moutinho, estes homens foram reconhecidos através de fotos por funcionários da agência bancária e também aparecem nas gravações. A Polícia suspeita ainda que uma quinta pessoa tenha participado da ação. O outro homem a ser detido responde pela alcunha de “Mochila” e foi preso durante a noite no bairro Infraero I. A Polícia chegou até ele depois de mostrar às vítimas fotos de pessoas que já tinham passagem pela delegacia. Desta forma, ele foi apontado como integrante da quadrilha.

Na ação, os bandidos deixaram funcionários e clientes nervosos em razão de ameaças. Um notebook e aproximadamente R$ 15 mil reais foram roubados. A fuga foi minuciosamente planejada. Na frente da agência, dois veículos com placas falsas aguardavam de prontidão. O dinheiro roubado e as armas usadas pela quadrilha conseguiram desaparecer junto com os dois meliantes que escaparam em um Fiat Pálio. Até ontem, nada havia sido recuperado.

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