A 7ª DP é o local de custódia de presos que sofreram com algum tipo de ameaça à vida dentro do presídio, geralmente são homens acusados de estupro e homicídios com requintes de crueldade. Os internos encarcerados nesta delegacia estão lá legalmente por prisão em flagrante ou ordem judicial competente. Muito se questiona sobre a segurança e as condições de higiene das carceragens do Estado. Dentre outros fatores, a inadequabilidade das celas e pavilhões é o que mais inquieta os presos. A falta de higiene e o desrespeito aos direitos humanos do detento também são motivos de questionamentos. Diante das condições insalubres de funcionamento do Iapen e de outras delegacias da capital, a tendência é que todos os internos acabem saindo da lama por vontade própria o mais rápido possível.

No caso da 7ª DP, a responsabilidade administrativa do policial civil, pela qual deveria responder em caso de fuga, é quase sempre ignorada e fica por isso mesmo. Cabe à Polícia Militar prendê-los novamente. Ontem (16), a Polícia Militar confirmou mais duas fugas de presos do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). Um dos presos estava sendo custodiado na 7ª DP no bairro Novo Horizonte: Rosivaldo da Silva Guedes, preso pelo crime de estupro em setembro deste ano. O outro é o Carlos Rangel Padilha de Azevedo, o "Rabicó", que escapou do Iapen. Adriano Jardim Barbosa tentou fugir, mas foi recapturado durante as diligências. O estuprador Rosivaldo Guedes, como de praxe, foi recapturado pela Polícia Militar, mas fugiu do Ciosp, quando já estava sob custódia da Polícia Civil.